segunda-feira, 26 de agosto de 2013

MINHA PAIXÃO RURAL, URBANA E LITORÂNEA



MINHA PAIXÃO RURAL, URBANA E LITORÂNEA

Nordestino e Sertanejo, de família modesta, havia a casa de alpendre no Sitio onde moravam meus avós paternos e alguns parentes da redondeza e também haviam outros sítios mais distantes onde ia com menos freqüência visitar os parentes maternos.
Não conheci meu avô materno e sinto saudades da Vila Popular onde havia dezenas de casas autenticas construídas pelo governo onde morava minha avó materna, próximo onde residíamos na cidade de Pau dos Ferros.
Lembro quando ainda criança, havia o pavilhão onde havia uma banca de revistas e uma praça antiga que o progresso deixou extinta.
Estuda eu, o curso primário no Circulo Operário, meu pai trabalhava aos sábados numa feira, onde vendia cereais e transportava os caixotes e armação de lona, onde despejava os sacos de milho, arroz, feijão, farinha, etc...
Havia uma carroça, puxada por dois bois: um marrom e o outro branco, que transportava os acessórios da feira e na semana, durante a madrugada íamos pro sitio, durante a semana, onde eu apreciava o banho de açude, frutas, pássaros, ovinos e demais coisas do campo.
Meu pai durante a semana, trabalhava na agricultura e durante a semana eu ficava com minhas duas irmãs e um irmão e minhas outras duas irmãs e irmão maiores estudavam em Natal.
Eu colecionava muitas figuras de Santo que ganhava de presente e também comprava muitas vezes com os centavos que levava para comprar a merenda na hora do recreio. Brincava também de igreja e sempre ia ao patronato onde comprava as freiras as figuras de santo.
Por volta do final dos anos sessenta pro inicio dos anos setenta meu pai possuía um jeep verde mar e viajava pelos municípios da redondeza para comprar rapaduras e legumes.
Na escola eu nunca fui aluno bem sucedido, exceto bem comportado, zombado algumas vezes e medroso. Mas tenho uma memória didática do que foi lecionado no primário de forma vaga e tenho conhecimento autodidata, embora não consiga lembrar de forma exata os assuntos para cursar a área tecnológica, durante meus dezessete anos quando conclui o nível médio e poderia ter cursado matemática ou química se não fosse o mundo de sonhos da juventude que ainda hoje mantenho e me alucina as vezes como ilusão diante da realidade. Poderia eu portanto hoje com meus quase cinqüenta anos, ter uns cinco a sete diplomas de curso superior, mesmos com dificuldades para compreender a didática da língua portuguesa, apesar da apreciação pela comunicação e a historia da humanidade, se houvesse eu ter tido uma dedicação acadêmica.
Apesar da minha situação vazia, me sinto realizado com o que construí e lamento apenas não sobrevier todo meu trabalho, mas consigo com as palavras contar minha história, que concluímos se não é o que levamos da vida pelo menos as boas atitudes, talvez não sejam em vão diante das bênçãos de Deus.
Durante o ano de 1974, minha mãe passava a semana no sitio com meu pai e eu também, onde possuíamos uma casa com a frente rodeada de arvores, próxima a estrada, e todos os dias na semana ia a Pau dos Ferros estudar a sexta série e voltava, durante o final da tarde. Algumas vezes eu dormia na casa de parentes e no final de semana, as sexta-feira ficávamos na cidade.
 Durante o ano de 1975, com treze anos de idade, vim com meus pais morar em Natal, onde já desde criança vinha passear na casa de parentes. Moramos alguns meses no conjunto Lagoa Nova e durante o segundo semestre viemos morar no conjunto Candelária, onde fomos uns dos pioneiros no bairro. Meu pai auxiliou com mão de obra na reforma da nossa casa, em que fora ampliada gradativamente, e nos fundos da nossa residência construiu uma mercearia onde comecei a trabalhar em 1977, e fixei como sede de uma Hemeroteca e Feira Cultural, entre outras atividades da época da juventude. Antes de começar a atividade comercial em Natal, meu pai auxiliava como mão de obra prestando serviços de pedreiro, com o mestre que ergueu a reforma da construção da nossa casa e foram prestando serviço para as pessoas da vizinhança.
Lamento minha situação de dependência de família para manter ativo o que sobreviveu dos meus sonhos e me sentir ridículo como aposentado em comentários populares por pessoas vazias que vivem com fanfarrice entre outras situações de difamações da vida alheia.

Martins Sampaio de Souza. (Martinho). Natal, 09 de Junho de 2011. 19:38 Horas.

São Zero Horas e trinta minutos, fui dormi logo depois de ouvir no radio a Voz do Brasil, e acordei ainda a pouco a lembrar de modo lúdico, mas verídico, apesar de hilariante, para quem tome conhecimento dessas palavras que conto quando começamos a comercialização na mercearia com produtos industrializados de mercearia. Pois bem, meu pai comercializava cigarros e apesar dele ter conhecimentos aritméticos para fazer contas manualmente e tirar a prova aritmética, além de brevemente fazer conta simples mentalmente, apreciava uma leitura nos jornais tradicionais de modo impresso e também ainda lúcido tem alguns conhecimentos de historia política contemporânea, mais do que eu relacionada a atualidade brasileira. Então, mesmo de forma rude em nossa origem sertaneja e o conhecimento de algum breve curso primário de quando ele era moço, é considerado como analfabeto na badalação civilizada da popularidade. Pois bem, apesar dele, o meu pai saber ler, mas sem um conhecimento ortográfico das palavras nas embalagens dos produtos de mercearia, lembro que quando procuravam por cigarros Hollywood, ele sem conhecimento popular de inglês, simplesmente não sabia identificar porque procurava no setor de cigarros a grafia escrita pela letra “R” da pronúncia Hollywood.
Isso tudo, não é debochando do meu modesto pai, mas citando as nossas gafes que eu também tenho as minhas naturalmente e que são mais intensas, porque exponho sobre meu dia a dia. Mas, no entanto, para lembrar de forma humorada aos amigos que esclarecidamente e ameno lembrar nossa mercearia que durante um tempo se transformou num popular botequim e havia os comentários sobre desempenhos do esporte popular como o futebol e a fórmula um que eu apreciava muito quando jovem. Pois algumas vezes, eu colocava a TV para acompanhar alguma modalidade esportiva ou mesmo em alguns comentários populares sobre os acontecimentos esportivos, meu pai participava em algumas dessas badalações, citando a equipe Ferrari de formula um em que ele se referia a equipe ‘’ferrage’’ , quando queria participar do assunto. E no futebol, o gol de pênalti ele entendia e expressava de modo inocente falando  como gol de “pênis”.
Apesar de deixar nessas palavras, citando gafes de meu pai, minha intenção não é debochar a imagem dele, mas a intenção é que sobreviva o esforço como patriarca em caminhar com lucidez e esforço auxiliando apesar do modo simples com esforço em amparar nossa família.

Martinho. 01:30 minutos. Natal, 10 de Junho de 2011.




 

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