sexta-feira, 31 de maio de 2019

AS ILUSÕES LEVARAM MINHAS CHAMAS


AS ILUSÕES LEVARAM MINHAS CHAMAS

Não tive em meus braços
Nenhuma ilusão que tanto fez meu coração delirar
E deixei fora do alcance de minhas mãos
A dedicação em ser um engenheiro
Também perdi meus projetos, sonhos
Conquistas, triunfos e glórias
E de repente escureceu
O brilho dos meus olhos
E o meu animo de seguir acreditando
Na beleza que tão passageira
Levara todos os meus encantos

Martins Sampaio -16/04/2016

terça-feira, 28 de maio de 2019

José Cid - A Cabana Junto À Praia.

L'Ultimo Romântico - Sérgio Endrigo

L'Ultimo Romântico - Sérgio Endrigo

L'Ultimo Romântico - Sérgio Endrigo

L'Ultimo Romântico - Sérgio Endrigo

Tributo a Mané Garrincha - Balada Nº 7 - Moacyr Franco

40 POESIAS ENTRE VERSOS DE DOR E SONHOS DE HARMONIA Martins Sampaio (Martinho)


40 POESIAS ENTRE VERSOS DE DOR E SONHOS DE HARMONIA
Martins Sampaio (Martinho)

ÍNDICE


Alternativa....................................03
Avaliar........................................04
A beleza.......................................06
Ainda existe bondade...........................07
As flores que regamos..........................08
A lua em órbita para os românticos e loucos ...10
Algum tempo na solidão.........................11
Beijo..........................................13
Bocas para falar, sorrir e beijar..............14
Ciranda dos mitos..............................16
Conheça........................................18
Destruições entre mares e céus.................19
Escultura do amor..............................22
Estações.......................................24
Esse frio não pode ficar.......................26
Final feliz....................................28
Flores do dia-a-dia............................30
Levado pelo vento e a maré.....................31
Lembrando a juventude..........................33
Meus dias e minhas noites......................35
Nas noites frias, escuras sem luar.............37
Nosso caminho..................................39
Nossos passos..................................40
Os espinhos em defesa das flores...............42
O mundo........................................43
Ouvindo o silêncio.............................46
O que penso da nobreza.........................47
Para iluminar as noites de solidão.............50
Para onde a gente vai?.........................51
Para seguir o que resta........................53
Pedaço de uma história.........................54
Pescador olhando as ondas......................55
Pitada de maldade..............................57
Pouco sei dizer................................58
Presença divina................................60
Procurando você................................61
Quando nós apaixonados.........................62
Tempo vadio para sol e lua.....................63
Trabalho e harmonia............................65
Você me deixou sozinho.........................67


  
ÍNDICE









































ALTERNATIVA

Com a solidão e a melancolia
A melhor alternativa
Seria um dia ter uma instituição
E dessa tristeza
Manter o sorriso de alguém

Aprecio a cultura
Acreditando ser sensatez
E não vasto conhecimento
Sem beneficio algum

Talvez com minhas ilusões
Eu encontre a solução
E tudo isso não seja
Apenas um sonho

(Martinho)






AVALIAR

Somos mutantes
E às vezes,
Nunca deixamos
Alguém satisfeito
Com nosso pouco
De bem e mal

Não é difícil
Avaliar,
Mas a gente

Não compreende

Ao redor dos problemas

Com isso,
Vamos indo
Aborrecidos
Porque, só
Querem a nossa melhor parte

E o quê fazer?
Ainda insisto
Em continuar
Sem optar as sombras.
(Martinho)



























A BELEZA

a beleza do corpo é efêmera,
a vida é uma aprendizagem do dia-a-dia
os  aborrecimentos são as circunstâncias
que certos ou não os motivos, é mais racional tolerar
os nossos erros são naturais da aprendizagem
esclarecer os motivos, talvez
é uma necessidade humana
a compreensão alheia dos erros dos outros,
é um assunto para uma longa ou breve história
de quem queira justificativa
a realidade do mundo ,
é uma razão de ser assim misto
a verdadeira beleza,
é o que vem do nosso saudável interior

(Martinho. Natal, 26 de Setembro de 2006)







AINDA EXISTE BONDADE

Com descontentamento procuro por meu sorriso perdido
Vejo como é imensa a alegria nas crianças brincando
todo mundo sem preconceitos
Feias e bonitas, negras, pardas e loiras elas são as mesmas
Como um coração radiante das bênçãos divinas
De mãos dadas numa ciranda em que tudo é verdadeiro e harmonioso
Não existe mentira nem solidão
Tudo são flores e brilho mesmo com dias cinzas
Elas são as mesmas com imensa alegria
E a dor quando aparece logo vai embora.

(Martins Sampaio)









AS FLORES QUE REGAMOS

me sinto as vezes, um objeto
manipulado pelas pessoas
e a família diante da minha dependência
sem ter minha própria casa
estou me sentindo frágil
nessa realidade em que meu sonho parece distante
cada passo construtivo para correr atrás do meu sonho parece
que não posso partilhar com as pessoas porque as divergências humanas
são incompreensíveis quando expomos a própria direção  com métodos
acreditando não espinhar quem possa sentir o perfume
e harmonia das flores que regamos no dia-a-dia
fica difícil as palavras e o silêncio procura a luz
para nesse momento sombrio que vou caminhando triste
quando adormecer possa esquecer a dor da angustia
suando no coração pela voz da razão

e que a perfeição da natureza preserve

também a minha integridade
e os meus erros sejam pela simplicidade
do meu pequeno ser que compõe
um subconjunto na dimensão do imenso habitat.

(Martinho)
Março/2005.



























A LUA EM ÓRBITA PARA OS ROMÂNTICOS E LOUCOS


Você tem a sua
E a minha vida inteira,
Em seus braços ou longe,
Para entender essa minha loucura, (sempre surpresa)!

Ejaculo todo meu sangue,
Por amor a você!
E despejarei antes do meu fim,
Se abençoada a paternidade,
Também todo meu suor,
Pelos nossos filhos...

Testemunho meu amor e a loucura,
Em todas as fases da lua!

                                     (Martinho)
Escrito, em 1989, em São Paulo, S.P.






ALGUM TEMPO NA SOLIDÃO

lentamente, procuro por alguém
para viver a dois
sem pressa alguma
quando também encontrar
o lugar para os passos do dia-a-dia

alguns anos já se passaram,
mas parece que a juventude
ainda existe quando acredito
que outros dias virão e encontrarei
todas essa  coisas ainda

porque o tempo é longo, claro
apesar do espaço ser curto
por enquanto estou só,
mas com Deus no coração
e isso me faz feliz

porque encontrarei companhia
e meu lugar no tempo certo
mesmo que se passem mil anos

a vida é assim
algumas coisas são mais difíceis,
mas se tornam mais seguras

as vezes, a pressa por outras coisas,
é apenas para ser responsável nas tarefas
ouvindo o coração no nosso silêncio
seguindo a própria direção
algum tempo na solidão

                                               (Martinho)



























BEIJO

O beijo
Que emudece os lábios
Não cala o coração
É uma resposta surda
Mergulhada em sorrisos
Concreto no olhar
De duas faces

(Martinho)









BOCAS PARA FALAR, SORRIR E BEIJAR

Não é ser comilão,
Mas usava mais a boca
Para comer do que para falar
Então, a pensar
Que vale à pena tentar dizer,
Conversar sobre a alegria que existe
Quando esqueço as angústias
Porque não vale à pena gritar
Da nossa dor porque outras bocas mordem
E devoram a gente
Em vez de beijar
Mas insisto em dizer
Que boca é para sorrir
Porque existem palavras
Para também animar
E com palavras elucido
Que não confunda ser guloso
Quando disse ser mais comilão
Com a boca do que para falar
Mas, também às vezes ficar em silêncio
E acreditar que nosso esforço não é em vão
É porque estou certo

De que não serei ouvido nem mesmo em versos

Porque se fossem música
Talvez apenas dançassem
Mas se tudo está bem
Há tanta harmonia
Que tenha voz para cantar
E alguém ouça
E entenda o que tenho a dizer
Em bocas para falar, sorrir e beijar

                                                    (Martinho)

























CIRANDA DOS MITOS

Toda história começou de repente
Ninguém mesmo sabe dizer quando entrou na roda
Como começou a dançar na glória
Dos seus sorrisos e beijos
Que fascinam a cidade sem mágica
Da ira dos raios de Zeus
Quando muitas nuvens passaram com bravura
Pela tempestade sobre as ondas
Para as correntes de Netuno
Perdidas na neblina sobre nossos poros
Toda umidade dos mares que navegamos
Pelo amor divino que não soubesses
Nas batidas do coração a desfazerem
O silêncio da solidão
E nessa surpresa que leva a presença
Desse espanto procurando pelos sonhos
Nos brados a poetizar esse amor
Nesse pânico
Na lua pelo caos clareada sobre lights
Para nessa noite se ver dançar
Sob as esferas do universo

                                       (Martinho)



















CONHEÇA

Diz que sim ou simplesmente


Sorria


Se discorda
Então me olha e nega
Não fica longe
Seja breve comigo
Esse instante
É todo nosso tempo
Nenhuma palavra me diga
Nem questiona sobre nós
Pois somos amados
Não há conversa,
O quê importa?
Você sabe
Quando unimos os lábios
É impossível sob o mesmo teto
Uma paixão com dúvidas
Como um alguém numa aventura

                                      (Martinho)



























DESTRUIÇÕES ENTRE MARES E CÉUS

Por que você quer a caça,
Outro dia a pesca
Está sempre matando?

No céu, um pássaro deixou de cantar

Na margem do rio

A última onda trouxe boiando essa destruição

Quê faz sobre um rio
Se o sangue derramou suas últimas gotas?
Não navegue com este rosto triste

Molhado por suas lágrimas
Feitas por atentados
Poderia se conseguir disso uma causa para morrer

E quer hoje o amor
Outro dia a paz virá
Estão sempre sonhando?

O outro dia pode ter sido ontem
Quando a chance estava em suas mãos
Mas, você preferiu segurar a espada

Quando a chama estava aberta a fumaça
E o fogo enfrentaria
Todas as suas fontes

Ela chorou por você
Mas você fingiu isto ser mesmo o fim
Mas, não esperava que fosse o adeus

Então morrendo você aprendeu
Que deveria ter deixado um amor
Quando acreditou que voltaria com uma desculpa.

                                                      (Martinho)




























ESCULTURA DO AMOR

De quem não tem o que fazer, e portanto, das más línguas,  com tantas notícias alheias;  e quando eu, ainda jovem e intenso apaixonado, então  da imensidão do meu sonho, futilmente, me disseram, que: de quem tanto, eu amava, era portanto: “baixinha e gorda”.
Outros pejorativos, dizem por aí, que alguém, dentro no meu coração, tem portanto, a: “pança grande”.
E ainda mais, de:alguns vocabulários mais desbocados, ouço então, dizer que: “tem o bucho grande”.
Enquanto eu, não me lembro nunca, apontar  ser um tipo de tal pessoa, como sendo a escultura do amor no coração de alguém.

11 de junho de 2012. Martinho.































ESTAÇÕES

É verão!
Finalmente, o sol apareceu
Posso sorrir
O quê importa estar só?
Não há frio e todas as portas se abrem
O mar se sacode em ritmo
N’areia com muita gente em festa
Com todo tempo a favor
E
Se alguém ficar no coração
Depois que tudo for embora
E baixar aquele temporal
Mais tarde contaria:
Gostava de mar...
Era o começo, alguém ouviria
E gostaria
Pouco importaria a situação
Ela enfim, também acabará

São as estações


Isso muda, é bom saber.

                                        (Martinho)































ESSE FRIO NÃO PODE FICAR

Abra a janela e deixa o sol entrar
Esse frio não pode ficar
Não temos mais, o nosso calor, para combatê-lo
Só podemos pensar, em mudar isso
E saber, como tudo ficou atrás
E apanhar, se valer à pena continuar
Ou você pensaria em cair fora
Se juntos, houve esse momento, em que precisamos parar
É possível acreditar que houve um erro
Mas são questões e se pensarmos em mudar
Elas não mais haverão, juntos ou não
Mudarão da mesma forma como é preciso
Nós precisamos mudar e encontrar a verdade
Não acreditar que tudo tenha sido ilusão,
Tudo o que durou, tornaria uma dúvida
E seria difícil mudar isso.

                                              (Martinho)




























FINAL FELIZ

Da lama, muitos porcos vão dançar
Escorregar na casca da banana
E vão querer segurar o seu galho
Para não quedar, oh macacos

Vai ter muita pimenta, cogumelos
Pra sapecar sabão e a espuma
Bolhar na neve
Papai Noel vai dar saco pra todo mundo dar

Essa resposta, não será difícil
A ironia não será formal
Estarão falando sério na gíria

Quando o pião laçando no seu cordel
O cavalo que a lua puxou para lá cavalgar
E ser a mãe das estrelas
Do céu a cada uma do mar
E as perdidas n’areia, as ondas irão aconchegar

Varrendo o lixo voarão na vassoura
Mágica, mágica

Que ninguém lembrou no faz de conta

A criança o sonho da cantiga
Embalando as noites com as janelas abertas

                                                                      (Martinho)





























FLORES DO DIA-A-DIA

Sou peão,
Faço versos.
Vivo quase boêmio solitário
Porque faço as coisas
No compasso do coração

Todo dia quando nasce o sol
Faço as mesmas coisas

O corpo cansado
Minha cabeça colhe flores
Nas conclusões do dia-a-dia
Vou assim com as palavras
Para harmonizar o sonho
De ser feliz

                                        (Martinho)





LEVADO PELO VENTO E A MARÉ

com tantos hobbies
me afirmo mais como amador
e profissional medíocre
sem conseguir coordenar
todas as tarefas

com as palavras
tento contar minha história
e o sonho em levar comigo
no coração a luta da vida
que me tornou jornaleiro
no fascínio pela palavra escrita
do que ficou como marceneiro nos hobbies,
apenas alguns projetos de páginas de revistas
e a experiência para produzir outdoors
e uma feira artesanal para apresentar
como publicitário na juventude

de enxadrista razoável tempos atrás
sequer restou minhas partidas anotadas
dos esportes a remo,
a boa lembrança
de enfrentar ventos e marés

não sendo eu estudioso
me restou a noção escolar
em meras lições autodidatas

do que restou do meu acervo
pretendo deixar em boas mãos
e no meu fim, levar comigo apenas minha história no coração
de dias difíceis para construir
a harmonia que é fácil
feito com o coração
inconstante em dias tanto atarefado
outras vezes ao ócio.

(Martinho)












LEMBRANDO A JUVENTUDE

Recordo saudoso a juventude
Jogos recreativos de xadrez
Raquetes de frescobol pela rua
E nas praias
Remadas nos rios e litorais
Com toda beleza do mar
E no sertão pelo sítio com banhos de açude
No lar muitos hobbies
Construindo com marcenaria
Dando aulas pros colegas de colégio
Sonhando encontrar alguém pra sempre
Ah!  Isso há quanto tempo
No sítio o milharal, frutas, passarinhos e vacas
Leite morno no curral
Ah quanto tempo isso se passou...
Carroça com bois na madrugada
Ah quanto tempo isso não tenho mais...
A passarada na vegetação nativa
Arborizando sombras onde brincávamos
No São João, São Pedro fogueiras
Ganhando medalha nas competições escolares
Nos muros do quintal carneiro e galinhas
Nas tardes ouvindo repertórios no radio
Ah! Quanto tempo se passou, ah! Quanto tempo não tenho mais
Meu harmonioso lazer!
(Martins Sampaio)


























MEUS DIAS E MINHAS NOITES

Quando saio toda manhã cedinho
Vejo a cidade crescer
Outdoors colorindo o verão
Aprendi também a apreciar a chuva
Naturalmente como acontece o dia e a noite
Logo volto com o que fazer
É o meu dia que começa
Gosto do que faço
Sinto muito às vezes
Não encontrar harmonia
Mas, é o nosso mundo...
Fico triste ao meu silêncio
E sigo o caminho
Sem saber se vou encontrar   
As coisas que meu coração procura
E véma noite com o vazio
E o cansaço esperando por outro dia
Vou dormir logo cedo
Sozinho em direção ao futuro
Que pode mudar o meu pouco espaço
Nos meus dias e minhas noites.

                                                    (Martinho)











































NAS NOITES FRIAS, ESCURAS SEM LUAR


Me dá uma notícia
Ouça no vento
O amor que está em nós
Nunca será preciso mais nada
Você sabe o amor em volta
Responda um sorriso
Olha e dê seus passos
O silêncio ouvirá o coração
Para resolver o quê fazer
Nas noites frias, escuras sem luar
E se algo der errado
Segurar o que sobrar e ficar de pé
O vento soprará toda poeira
Quando andar e escutar o silêncio

                                               (Martinho)



















NOSSO CAMINHO

Dinheiro, o necessário para sobreviver, e não para mostrar fortuna.
Amizade, para companhia, não para perder a ética.
Solidão , para reflexão e não por falta de amor ao próximo.
Errar, porque a vida é a escola do dia-a-dia,
E superar nossos limites, é ser sensato ao nosso raciocínio.
Acreditar, para construir um caminho, seguindo a eficiência,
Que vamos aprendendo na conclusão dos nossos defeitos,
Quando percebemos a conscientização, para a presença de Deus,
Em nossos passos, na direção onde o futuro vem através de nossos rastros...
E perceber ser relativo uma situação, quando observar uma circunstância.
Discordar, por agir diferente e concordar, porque também somos iguais,
Não apenas, para favorecimento próprio, mas pela satisfação de útil para a natureza.
(Martinho. Natal, 12 de março de 2009.)




















NOSSOS PASSOS

os passos do presente
são uma conseqüência pro futuro
ficando a lembrança
as vezes perdida nos rastros do passado
e na saudade a vontade de reviver
a ausência de um sorriso
onde no coração
resta as palavras para contar
o dia-a-dia dos nossos passos
em longas páginas ao silêncio
em busca da percepção
do suor, lágrimas e sorrisos
deixados na poeira
do que um dia aconteceu.

(Martinho)


































OS ESPINHOS EM DEFESA DAS FLORES

Não tenho muita instrução

. Mas, vou defender com minhas palavras o meu espaço.
Não tenho freqüência de cursos de especializações.
Meu conhecimento foi meus estudos autodidatas.
E mesmo que me falhe a memória para por em prática
para ter êxito de aprovação, vou usar tudo como experiência.
É minha visão do mundo
e defender meus objetivos,
é acreditar na potencialidade da sensatez humana,
apesar do sofrimento que existe na realidade do mundo.
Às vezes vem a melancolia
e fico ao silêncio sem entender
porque todas as minhas tentativas parecem ser em vão,
diante das pessoas que tentam aos gritos superar a razão.
E tudo o mais, são os espinhos em defesa das flores.

(Martinho. Natal 16 de Janeiro de 2005)










O MUNDO

A vida é doce,
É de balas e chocolates
As nuvens são lindas
Lãs de algodão doce

A língua é uma onda
A carregar a chuva
Que é a baba da manada

As calçadas são cocadas
As luzes pirulitos
O sorvete um maracá
O chiclete atola toda essa gente

O luar é um forno
E o orvalho uma poça de mel

As estrelas são abelhas
As flores ninhos
Os pássaros canto
Os amantes pirilampos

As pedras são pipocas
As montanhas montes de açúcar
O vento o odor do fogão
O rio, o pipi da noite
O coração um raio
Sobre as mamadeiras
O sol, as chamas da vida

A terra é uma torta de maçã
Confeitada pela neve
Pro aniversário do dragão

O mar uma garapa
O céu um monte de sabores
O arco-íris pelo cômodo
Não ser o excesso
O terror de quem possui

As jóias são doirados

Dentes de gambá
As lâmpadas cochinhas de galinha
Os lábios brindes
Se os abraços não forem
Nessa vida de amor
Que é assim

O canhão é uma peteca
Espetada pelos espinhos das flores...
Os cogumelos despertam o poente
Aquecendo nas águas frias da manhã

                                                        (Martinho)




















OUVINDO O SILÊNCIO

Há horas vazias
A gente não tem papo
Nosso silêncio incomoda
As vezes uma companhia
É uma monotonia
Nos acham aborrecidos
E finalmente nossa mudez
Estoura o saco
E tudo fica mal
É duro suportar
Porque a gente se alucina

Essas horas loucas,
É bom pra se ficar só.

                                       (Martinho)



















O QUE PENSO DA NOBREZA

não é orgulho
mas  é só  satisfação
sentir ter peito ou disposição
para saber trabalhar
com: os braços,
a cuca e o coração;
enquanto tanta gente
usa a cuca ou os seus braços
para machucar outras pessoas

e é só o trabalho
que  me leva a sonhar
essa vida que alguns
levam por aí em folia  à-toa
sem sentir o suor e a lágrima
que depois me faz sorrir sem ironia
do que vejo no caminho
rumo ao futuro
em que acredito sincero
também existir alguém
que me faça feliz...

e quando páro para pensar
só em mim mesmo
tem gente que me perturba
me acha negligente ainda
porque não estou
o tempo inteiro  à  disposição das pessoas

porque será que essas pessoas
só condenam as atitudes alheias
a própria verdade sub-entendida

quem ver isso egoismo
eu sinto muito
não poder dividir com ninguém
porque ele é a solidão
de quem sonha demais
o que penso da nobreza

e um beijo e um abraço
para quem ficou
sem me entender
o meu lirismo

e a gente é quase parece
aquilo que pensa ser.

                                      (Martinho)



















PARA ILUMINAR AS NOITES DE SOLIDÃO

Vou roubar do céu a lua
Para iluminar minhas noites de solidão
E trazer você para perto de mim
E navegar a praia em meus barcos
Depois devolverei ao céu a lua
Quando amanhecer e o sol iluminar
O sorriso para esconder a dor
Que um dia senti sozinho
E ser então a estrela do meu coração
Para os sonhos não serem em vão
Esquecer as lágrimas e suar
Construindo um lar no rumo com as glórias.


(Martins Sampaio)











PARA ONDE A GENTE VAI?

quando criança, sonhei primeiro em ser escritor;
na adolescência, sonhei ser projetista de design de automóveis,
colecionei revistas sobre automóveis
durante um tempo,
não lia sobre o assunto de mecânica,
apenas observava o desenvolvimento do desenho dos veículos,
ainda pensando sobre ser projetista de carros,
optei vestibular para Engenharia Mecânica, sem dedicação integral
tinha na época um acervo de livros didáticos que eu apreciava
mas, na ambigüidade sobre o futuro,
uma breve idéia de literatura,
trouxe de volta o sonho de infância, em ser escritor
e deixando a escolaridade para trás
 conclui, talvez não ter tanto talento por desinformação,
mas, me sinto bem, expressando meu lirismo
que vai contando em páginas minha história
de sonhos, euforias e melancolias

(Martinho. Madrugada de 01 de Maio de 2006)




























PARA SEGUIR O QUE RESTA

quando  a união, paixão termina
nenhum de nós sai perdendo
de qualquer forma, valeu à pena
a gente ter se visto, à toa pela vida
e no final, se acaba ganhando
com o que concluímos para si mesmo
o  que aconteceu depois das paredes
será coberto na poeira
se a gente mudou, as coisas continuam
e fica a opção para seguir o que resta
enquanto não tem outra pessoa interessante,
posso até ser feliz sozinho
mas a dois, em boa companhia
essa felicidade é dobrada
porque no coração ainda cabe alguém
para seguir o que resta

                                   (Martinho)








PEDAÇO DE UMA HISTÓRIA

Faça do amor, um pedaço da história
De uma vida para o dia de hoje
E deixe o resto
Para uma geração

Agora é nosso o começo
Quanto ao fim, nada sei.

                                    (Martinho)















PESCADOR OLHANDO AS ONDAS

Sei bem agora dessas ondas
Porque rolam nesse mar
Enquanto a gente procura segurar uma mão

Não é difícil saber
Dessas ondas do mar
Elas são longas histórias

Dos peixes do pescador
Que vem do rio
Navegando sobre seu óleo

Não é uma bela passagem
Quando a gente mergulha
O espelho das águas esconde algum sonho

Sob a quebra das ondas na praia
Seu segredo é de quem navega
E ver a beleza pelo horizonte

Perdida entre o céu e o mar
Quando pescador olha seu tempo
E peixe não morde íscas

Porque nessa demora, só há um sonho

Do pescador que quer uma mão
Solitário e perdido, olhando as ondas

                                                           (Martinho)



























PITADA DE MALDADE

Tem gente boa demais,
por aqui  e em toda parte,
             que sempre quando pode,            
bota uma pimentinha a mais
no tempero
do cardápio do pão que o diabo amassa.

(Martinho)


















POUCO SEI DIZER

Sem ter muito
O que eu dizer
Pareço vazio
Para quem faça perguntas
Sobre a forma
Como sigo

Pouco sei dizer
Quando tento no meu silêncio
As respostas
Do meu coração

Coisas assim

Pouco interessam

Só serve pra gente mesmo

Resta sorrir
Para amenizar a dor
Que acontecer

(Martinho)



























PRESENÇA DIVINA

Felicidade é presença de Deus
Dentro do coração
Refletido no olhar
Em harmonia com a natureza
Numa bênção de plenitude.
Em uma flor do canteiro
Que brota fruto e semente
Germinando o chão com esplendor.
É sol, luar e chuva pra regar o chão
Onde passamos
Em que tudo é verdadeiro
brilhando como estrela.


(Martins Sampaio)









PROCURANDO VOCÊ

eu corria sem esperar
porque te sonhava
agora eu ando
e continuo
apenas procurando você (alguém)
pelos brilhos do sol
ou nos claros da lua
pelos quatro cantos do mundo
nos escuros da solidão.

                       (Martinho)













QUANDO NÓS APAIXONADOS

Eu sozinho,
Não posso jurar amor
Elas se foram
Garanto das paixões que tive
Na presença o coração
Saltando do peito
Sorrisos e em nós
Um palpite de que seriamos felizes.

                                                    (Martinho)



















TEMPO VADIO PARA SOL E LUA

Estrelas, luar, nuvens
Guardadas para noites de verão
Encantos, esconderijos de amantes

Faróis, jangadas, ventos, mares
Longo reino silencioso
De peixes, sereias e sonhos

Ondas, pescas, iscas, chuvas
Tempestades, bóias, naufrágios
Tristezas, desaparecimentos, adeus

Sol, areia, gente no bronze
Drinks, banhos, sorrisos, nados
Muito do que pintar da graça

Tempo vadio para sol e lua
Com felicidade, calma e pânico
Pelas mansas e bravas ondas

Saudades, histórias, emoções
Tudo a volta dos rasos verdes-mares
Com muitas mãos enlaçadas

Navegantes com cânticos
Sobre correntes sem fim
Sem ilhas, sem solidão, amados

Âncoras livres pelas direções
Já sem faróis, areias, multidões
Dispondo tempo vadio num sonho

Do que ficou pelo céu
Com nuvens, estrelas, luar e sol
Sobre areias e correntes de águas

                                                    (Martinho)










TRABALHO E HARMONIA

Apoiado sempre no meu trabalho,
que graças a Deus,
me dá estrutura no peito para segurar o coração
que me faz  fazer as coisas com satisfação, dedicação e esforço.
Para evitar aborrecimentos e seguindo sozinho, não por opção,
mas, por falta de pessoas certas como boa parceria
para um trabalho conjunto.
Tô assim firme apenas com a nobreza do trabalho,
onde posso ter retorno com a realização
do meu objetivo concretizado.

Dessa forma, apresento em conexão,
meus hobbies e lazer, em produções e propaganda,
executados de forma como amador,
em busca de me firmar
sobrevivendo com um trabalho autônomo.
Subdividindo em Marcas e Patentes, os meus argumentos
e que bendito seja,
essa loucura atribuída e que adotei.

(Martinho. Natal, 1990)





























VOCÊ ME DEIXOU SOZINHO

Fico sozinho,
Às vezes
Por necessidade própria
Para decisões pessoais...

Fico sozinho,
Às vezes
Para me esquivar
De pessoas intoleráveis...

Fico sozinho,
Às vezes
Porque não tenho boa-companhia
E fico então, por falta de boa opção

Esta reincidência da solidão
Não é tão mal
Porque meu coração tem espaço
Minha consciência reflete no silêncio

Como estou bem comigo mesmo

Sobre o vazio que possa parecer essa solidão

Durante esse tempo que continua
Com a presença de querer amar
E compreender as coisas

Por esses motivos
Estou sempre circulando
Pelo meu minúsculo e insignificante espaço.

                                            (Martinho)




Sobre o autor,     
por ele mesmo:

Sou: Martins Sampaio de Souza, Pseudônimo de Martinho, derivado do santo do dia em que nasci, Sertanejo, pau-ferrense, nascido em: 11 de novembro de 1961. Iniciei os estudos no jardim de infância do patronato Alfredo Fernandes, Autodidata, pensava na adolescência ser projetista de automóveis, sendo suplente do curso de engenharia mecânica na UFRN , em 1980 e 1981, após uma mal sucedida prova de língua portuguesa e redação nos vestibulares, em 1980 e 1981.
Caixa de texto: Fotografia: Diário de Natal, 1993

Mas, largando uma bem sucedida pretensão em tecnologia, para me dedicar ao sonho de infância em um dia ser escritor. Pretensão desde a época quando cursava o primário, atual ensino fundamental na escola Circulo Operário, em Pau dos Ferros. Com a escolaridade básica repetindo o 4º ano primário excepcionalmente, em 1972 em duas escolas Circulo Operário e Grupo Escolar Tarcísio Maia, Tendo concluído os dois primeiros anos do curso ginasial, no Ginásio Estadual 4 de Setembro e concluído o restante entre 1975 e 1979, o antigo curso cientifico, nível médio  no Colégio Estadual do Atheneu Norte-riograndense.
E sido medalha de bronze nos JERN’s Jogos Escolares do Rio Grande do Norte, em 1978 na modalidade de xadrez. Também desportista na pratica de remo, em 1980 e 1981, respectivamente no Sport Clube de Natal e Centro Náutico Potengi e praticante de canoagem no litoral potiguar.

Hobbysta em marcenaria, fiber glass, eletrônica, entre 1983 e 1984, e amador em publicidade com anúncios gráficos e outdoors e jornaleiro de 1991 a 2016. Empreendedor autônomo de 1977 até o momento atual com uma síntese histórica do cotidiano sem fins lucrativos.