sexta-feira, 27 de março de 2015

POU BUM



POU BUM

Morávamos no interior
Tínhamos uma casa na cidade
E outra no sítio,
Pois como sempre fomos pobres
Jamais nossa área rural
Ousamos chamá-la de fazenda
Quando criança levava meus HQ , os gibis
Minha leitura tradicional foram os Disney
Lia muito com doze anos de idade
As estórias do campo com o personagem Urtigão
Posteriormente conheci o personagem matuto do Maurício de Sousa
das estórias do Chico Bento roubando goiabas do sítio do nhô Lau
ao vê-lo tanto enfurecido com o Chico Bento,
falei pro Chico Bento que quando criança no nosso sítio
não roubava goiabas porque possuíamos um pé lá no nosso sítio
mas, de malvadeza queria então pegar os passarinhos
contei pro Chico Bento que se ainda tivéssemos o sítio
ele poderia pegar goiabas lá e não roubar mais as goiabas do nhô Lau
mas, eu ia falar com o Urtigão e pedir permissão
para o Chico pegar goiabas então no sítio do Urtigão
e ele o Urtigão, então concordou e o Chico Bento  agora não mais vai roubar as goiabas do nhô Lau
O João Honesto ficou sabendo, pois cansado de apanhar quando ia roubar as galinhas do Zé Grandão
Pensou então que poderia roubar assim as galinhas do sítio do Urtigão
Mas foi logo surpreendido com um estourado Pôu de pólvoras da espingarda do Urtigão
Acertando um bum , bem no traseiro do bum bum  do Zé Honesto e  que foi-se aos gritos colocar a cauda no lago
Que tanta fumaça saia
E gritava aí, uí, aí, uí...

(Martins Sampaio de Souza)

terça-feira, 24 de março de 2015

FERIADO



O único dia feriado do nosso Espaço Cultural, é a sexta-feira santa, a sexta feira da paixão de Cristo...

domingo, 22 de março de 2015

COM UMA PERCEPÇÃO SAZONADA, NÃO VÁ NESSA, NÃO! DOIS



COM UMA PERCEPÇÃO SAZONADA, NÃO VÁ NESSA, NÃO!

A mulé feia trai, porque dá bandeira e a mulé bonita trai, porque fica na tocaia aguardando. Respectivamente, uma olha para outros homens e a outra, espera outros homens olharem para ela.
E o homi cai como um pato pois tal qual um patife.
© Martinho, bomba 2000, Edição 4 - Natal, 1990.
/Martinho, 2015.

sábado, 21 de março de 2015

COM UMA PERCEPÇÃO SAZONADA, NÃO VÁ NESSA, NÃO!



COM UMA PERCEPÇÃO SAZONADA, NÃO VÁ NESSA, NÃO!

A mulher feia trai, porque dá bandeira e a mulher bonita trai, porque fica na tocaia aguardando. Respectivamente, uma olha para outros homens e a outra, espera outros homens olharem para ela.
© Martinho, bomba 2000, Edição 4 - Natal, 1990.

O INVENTÁRIO DO ACERVO QUE RESTA DE TODA MINHA DEDICAÇÃO - Parte I



O INVENTÁRIO DO ACERVO QUE RESTA DE TODA MINHA DEDICAÇÃO

Parte I

Para então, portanto, que não aconteça o que cita a história:  Thesaurum in
sepulcro ponit qui senem heredem facit”  * “Coloca o próprio patrimônio numa
sepultura quem faz de um velho seu herdeiro.”
           
            O escandaloso, poltrão do meu irmão mais velho que sendo o primeiro membro da nossa família a se preocupar com desavenças e desentendimentos por causa de “heranças”, sem nem saber naturalmente quem se vai primeiro, portanto se são os mais jovens ou os mais idosos, nessa incerteza que é o nosso futuro de qualquer um, então incentivou o nosso pai, a colocar a escritura do lar de pertence de toda nossa família, em nome de todos. Naturalmente, não havia nenhuma discórdia transparente de egoísmo de qualquer um ou de nenhum querer apenas pra si mesmo sem direito de acesso por direito dos sete membros, descendentes do matrimônio de: Manoel Jerônimo de Souza e Joana Sampaio Pinto.
            E então, sugeriu ao nosso pai, então a colocar a escritura do lar da nossa família democraticamente como pertence, de todos os sete membros da nossa família que estava a escritura em nome da nossa irmã: Raimunda Nonata de Souza, desde a compra através de inscrição pioneira desde a época do conjunto habitacional BNH.
            Posteriormente e primeiramente, após ele ter tomado conhecimento, através dos mexericos do meu escanxa-sobrinho Gabriel, bisneto de nosso pai, que inocentemente dedurou, bisbilhotou para ele algo que eu havia comentado algum assunto dos absurdos ridículos dele, denominando-o de buchudo e ele ficou em silêncio ao lado da megera da esposa que se diz em ser a tal e amedrontando o Gabriel, ao tomarem conhecimento de minhas atitudes com ásperas palavras, a ouvi comentando algo ao se dizer “ser braba, que era valente, pois era natural de Caicó/RN”.
             E num certo dia, o escandaloso do poltrão, após ter tomado conhecimento de nossa mãe com a teimosia natural de idosos sem ninguém o tempo inteiro acompanhando durante tempo integral, e havia portanto, tropeçado no congestionamento dos meus pertences, ele em repúdio e em retaliação conta mim, chegou arrebentando tudo, aos gritos e berros,  e  ainda se dizendo: “ainda bem que a Héllida, não veio” ,que é minha modesta  sobrinha graduada na UFRN em Direito e havia suspendido por motivos de trabalho ou  se concluído o curso de Ciências Contábeis também na UFRN, mas eu apenas tolerante ironizando e falando  pra ele: tá certo dotor , tá certo dotor e ele todo se sentindo o tal dando pontapés, arrebentando alguns pertences meus me disse então: “não me chame de Doutor não, que eu não sou Doutor, não.” Mas, eu estava chamando apenas o irracional  poltrão de dotor com uma sincera ironia.
            Ele já há algum tempo, havia trazido umas sucatas de equipamentos de máquinas de tirar cópias xerox e colocado num local do acesso da antiga mercearia.  Porém, após o nosso pai ter se ausentado e “pendurado as chuteiras”, como comerciário com o agravamento de saúde da nossa mãe com saúde acometida de Alzheimer e então, ele o nosso pai, deixou a antiga mercearia sob meu acesso, onde já desde adolescente eu não apenas fundei auxiliando nosso pai, como também anexei meus sonhos  de empreendedorismo antes de jornaleiro com vínculos de tarefas, labor e atividades anteriores de minha dedicação amador, em hobbies e lazer de: Publicidade, Arte Educação,  Esportes e Cultura/Entretenimentos, com desempenho sem equipamento profissional, nem finalidade lucrativa.
            E que segundo as más línguas, me difamam contando que o nosso pai se ausentou por motivos de minha culpa, pois ele o nosso pai antes no convívio com os cachaceiros era um “ambiente alegre”, mas a verdade não é bem essa, haviam alguns esnobes, arrogantes,  os hostis e falsos  que incentivavam discórdias, puxa-sacos, mas também  haviam os de caráter , ética e sensatez, isso é natural em todo lugar, como uma mistura do “joio” e do “trigo”. Mas, o motivo do nosso pai ter se ausentado foi exatamente, para ficar ao lado da nossa mãe, com debilitações de saúde e companheira do abençoado matrimônio, celebrado desde: 31 de outubro de 1946.
            E eu que já havia repudiado o vandalismo dele, o poltrão quando durante uma certa vez, após eu ter me ausentado um breve instante e ter deixado uma parte do cenário do projeto da Feira Cultural de minha Autoria, desmontada provisoriamente no meio da garagem, enquanto eu me dividia entre uma tarefa e outra e coincidiu dele ter chegado no nosso lar para visitar os nossos pais e encontrado a garagem congestionada, quando cheguei percebi a parte anexa da Feira toda arrebentada como patrimônio de acervo  e fiz um pequeno conserto e repudiando a brutalidade dele como tendo muito me  prejudicado mais  com danos de prejuízo maior do que mesmo os bandidos que me coagiram com armas e invadiram o nosso lar no dia 21 de setembro de 2010.
            E após a ausência do nosso pai como se retirado de vez da antiga mercearia eu então comecei a me organizar mais, terceirizei e remunerei para demolir um balcão de alvenaria para tornar mais acessível o espaço para fazer minhas modificações, descongestionando e com maior desempenho sendo mais favorável para manter cada pertence em respectivos lugares também mais ao alcance de breve localização de acesso.
            E então, após eu ter rompido meu relacionamento harmonioso por laço de família, com o escandaloso, o poltrão e que entre os acúmulos de meus pertences, me organizando para colocar ao acesso mais amplo de espaço, quando eu assim havia retirado as sucatas de xerox dele, do poltrão que chegou enfurecido e me ameaçou que “iria brigar comigo, mas seria na justiça”, na frente do nosso pai e eu sem temor algum, fiquei em silêncio, mas o nosso pai fez o apelo a ele, algo para não me “colocar na justiça, não mexer comigo, deixar Martinho em paz com ele, o nosso pai” . E ele ficou também, em silêncio, recuou, mas resmunga todas às vezes quando chega, no nosso lar e já começa a berrar aos gritos logo do portão, todas às vezes quando chega, no lar da nossa família, porque ele pensa certamente que é o tal, o “rei da cocada preta” ou então, algum galo do terreiro.
            Mas, eu evidentemente e deixo bem esclarecido a todos que eu não temo em nada essa tal “justiça dos homens”. E também, eu não quero nada só pra si mesmo ou seja, nada apenas para mim mesmo. Mas, quero apenas todos os meus pertences instrutivos e didáticos com também todo acervo que resta de minha Autoria e projetos do desempenho do meu cronológico e histórico cotidiano, consolidado e edificado com estrutura, mantido pela minha própria individualidade no sentido do meu sonho pessoal que é a dedicação da tarefa do labor de qualquer pessoa que pretende ser útil ao acesso popular, social e público.
            E portanto, só quero por direito apenas o que me pertence como adquirido pelo  desempenho do meu próprio esforço que são meu acervo instrutivo e o que seja de minha Autoria que ainda me resta.
            O modesto VW fusca do nosso pai que colocou espontaneamente em meu nome, mas eu pretendo seja para o acesso, é por direito de toda nossa família e que eu não troco nem mesmo por uma: Ítalo Ferrari se me fosse oportuno ou algum outro alemão como luxuoso veículo BMW. Como também minha fração correspondente a sétima parte do lar da nossa família eu não pretendo discordar com ninguém e revogar meu primeiro testamento, escrito em: 29/07/2007  declarado e com firma reconhecida,  datado em: 30/04/2009; mas revogo tudo escrito para um tombamento histórico pelas autarquia que mantenho harmonioso vínculo do nosso Brasil.
            E que por o nosso modesto fusca está ficando sem eu poder guardá-lo na nossa garagem, por falta de espaço, pois está a garagem ocupada com alguns pertences meus, enquanto me organizo e me divido entre uma tarefa e outra sozinho porque não posso contar com ninguém da nossa família para colaboração, pois muito raramente, nem também  posso remunerar auxiliares. Então, logo me apareceu dois sujeitos especuladores, interpretando como se o modesto fusca estivesse estacionado há dias em frente do nosso lar, e pensaram errado que estivesse disposto para ser vendido ou abandonado e sugerindo a mim proposta em comentários de interessados em comprá-lo. Mas, fui breve ao citar que é por falta de espaço; os altos preços dos combustíveis, dificuldades para estacionar; e o elevado consumo de combustível do modesto fusca é a única desvantagem, comparando com os automóveis modernos. Mas, mesmo assim, utilizo esporadicamente para me locomover pelo bairro algumas vezes, ou quando vou a outros diversos em lugares mais distantes, pois se ficar o tempo inteiro sem usá-lo, o prejuízo naturalmente é bem maior para mim que não pretendo desfazê-lo como pertence em nenhuma hipótese voluntária.
            O que eu não vou permitir jamais, enquanto eu puder como também,  pretendo deixar escrito com as palavras do meu modesto vocabulário, mesmo consciente sem uma retórica eficiente do nosso idioma da Língua Portuguesa, mas numa incessável luta do meu cotidiano. Portanto, deixo citado que não pretendo, nem permitirei qualquer especulador, mercenário querer comprar por uma barganha qualquer, ludibriar os irracionais da nossa família, querer impor que seja então o nosso lar, onde pretendo sediar a sede do nosso Espaço Cultural, como empreendedorismo para o acesso de todos os sete membros da nossa família.
             E afirmo que discordo, pode ser quem for, ou seja, isso não é xenofobia, nem preconceito racial de etnia, nem racismo de minha parte, pois não estou difamando ninguém, nem sendo pejorativo,  nem desrespeitando, apenas ao denominar portanto que pode ser até o negro Barack Obama, Presidente dos United States of America (U.S.A.), ou mesmo o Rei da Inglaterra, a megera do  escandaloso e poltrão do meu irmão que se diz ser  a tal “valente, braba porque é natural  de Caicó/RN” e ela pode ser até do Oriente Médio ou se qualquer Magistrado(a) decidir numa Sentença burocrática para que o lar da nossa família seja portanto vendido, então eu dou minha fração correspondente a sétima parte do lar, eu dou portanto de esmola para o Doutor ou Doutora que julgar a Sentença e se por acaso decidir que seja vendido o nosso lar, eu dou a minha parte então de esmola pro tal Magistrado. E isso não é nenhum desacato a autoridade, nem imposição minha, em querer preservar um patrimônio familiar para o acesso útil para a benevolência de todos, como um tombamento para manter o nosso Espaço Cultural.

13/02/2015
Martins Sampaio de Souza (Martinho)