terça-feira, 20 de janeiro de 2015

CONTINUANDO MEU TESTAMENTO



CONTINUANDO MEU TESTAMENTO

Como parte do meu patrimônio, também tenho dois pés de roseira branca e uma personagem Boneca de Mel. E também tem acesso por direito a uma fração remunerada dos meus pertences a mulher Boneca de muito mais carne que osso, cuja qual e única que durante a vida inteira consegui pelo menos um êxito sexual. Embora, o nosso acasalamento não inteiramente consolidado e também com minhas indecisões, suspeito ter sido castrado por Boneca. Isso, não é nenhuma pilhéria minha, pois não sou homem de piadas. Sei que meu riso solitário irrita muitas pessoas, mas não sou pejorativo com ninguém. Embora todos resmunguem, mas também tenho raiva algumas vezes, saem fumaça preta da cabeça, mas o ódio é superável pelo menos para mim.
Com minhas indecisões, lembro certa vez Boneca ter comentado algo de que eu “ainda iria me arrepender.” Também, minha modesta Feira certa vez, comentou sem mesmo  ver o meu cenário montado comparou uma fútil exuberante qualquer, algo então de que “isso é que é: feira”. Sem nenhuma veneração pela simplicidade da Feira de minha autoria.
O nosso pé de roseira, tem um plantado do lado esquerdo da nossa casa e outro plantado na calçada do nosso lar. Havia também pensado certa vez também em plantar na calçada lateral, mas nosso pai não permitiu. E agora que eu poderia, refleti que não planto  mais na lateral, porque fica reservado para eventual exposição dos outdoors.
No nosso lar, ainda tenho uma foto preto e branco, fotografado por uma solicitação cordial do jornal Dois Pontos, em 1992. Mas, não saiu na matéria porque quando solicitei a possibilidade de ver as fotos, me foi portanto permitido e concedido a foto que então não saiu na matéria da primeira divulgação veiculada através da mídia.
As roseiras anteriores eram vermelhas, mas os pés foram cortados por nosso pai em acordo comum atendendo aos apelos da nossa mãe de tanto reclamar das folhas secas. Aconteceu, portanto que as roseiras vermelhas foram cortadas contra minha vontade. Mas, as brancas ficaram como preservação do tombamento do nosso lar como vinculo de patrimônio cultural e que sejam então as flores brancas uma apaziguada e abençoada harmonia. Todas as folhas, secam e se espalham pelo chão, o vento leva tudo é natural. Mas o tempo permanece como testemunhado nossa presença em qualquer lugar, pergunta para o vento e também as ondas que incansáveis palavras para nossa História cada qual contar...

20/01/2015
Martins Sampaio de Souza (Martinho)

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