quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

TANTO SE...



TANTO SE...

Se eu fosse Presidente da República acabaria com a loteria
Se eu fosse Papa todo padre e freira teriam que se casar
Se eu tivesse graduação só serviria para cadeia especial
Se eu me casasse só cantaria de galo no alvorecer
Se eu fosse artista não viveria de arte
Mas, primeiro sonhei em ser escritor,
Depois ser projetista de automóveis,
E posteriormente pretendi ser publicitário
Também marceneiro
E ainda jornaleiro
Há tempos tenho pensado em ser professor
De matemática, química, comunicação, xadrezista, canoísta,
Produtor cultural, camponês agricultor, pecuarista
Num pedaço de chão fazer o meu céu
Porém migrado do sertão minha terra natal
Na nossa metrópole regional com anexo ao lar um boteco
Eis o nosso Espaço Cultural mesmo que o diabo não queira
A bênção de Deus é maior,
Pois, embora mesmo todo meu acervo desfalcado
Pelo tempo sem zelo e ludibriado por alguns cobiçadores
Ainda resta algumas obras
E outras na esperança, apenas em continuar
No dia seguinte o sonho do que ainda pretendo construir
E quem ao chegar e pisar o chão com o primeiro passo
Ser saudado e cordial bem vindo
Pois a dor nos traz maior crescimento
E de lamento apenas comento as perdas
No mais em reflexão naturalmente
É tudo uma aprendizagem
Com harmonia para viver em plenitude
Acreditando que na natureza
É tudo uma dádiva abundante por Deus
Para benevolência de todos que acreditam
Em ser úteis dividindo meras tarefas do cotidiano
No suor do ônus do labor iluminado pelo sol celestial
E apaziguado com o brilho das estrelas
Que durante o sono são todas as nossas obras
Com amor no claro luar o mar indo e vindo
Como todos os nossos dias
Mesmo que eu nada sei
Em muito que ainda também aprender.

25/02/2015 – 23:31 horas
Martins Sampaio de Souza (Martinho)


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