segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

CORDIAL LEMBRANÇA DE UM PROFESSOR



CORDIAL LEMBRANÇA DE UM PROFESSOR

Quando estudava o primeiro ano cientifico no colégio Atheneu, fui aluno de Física do professor Washinton e embora não sendo eu estudioso, nem um estudante aplicado, mas fui aprovado para o segundo ano.
Uma certa vez, durante os intervalos, não lembro se foi eu conversando algum assunto que não lembro qual, com algum professor meu do segundo ano, que parece que o professor Washinton comentou na minha presença pro professor com quem eu conversava  algo que como disse já não lembro mais  e disse me apontantando algo pro outro professor  de  que eu era “malandro”. 
Na conclusão do nível médio, em 1979; voltei então a ser aluno do professor Washinton, na disciplina de matemática. Na época cursava o 3º ano cientifico, turma B no turno matutino e no turno vespertino fazia o cursinho no colégio Hipocrátes, para fazer o vestibular que na época, era no inicio do ano e fiz portanto meu primeiro vestibular, em janeiro de 1980.
Pois bem. Mas, acontece que eu não estava sendo tão aplicado nos assuntos do terceiro ano do colégio, nem mesmo da área que eu pretendia que era a tecnológica. E não era só falta de educação, mas também, muita cara de pau era comum para  alguns dos jovens estudantes como eu na época, talvez por falta de vergonha ou mesmo de “puxões de orelha” querer colar nas provas do colégio.
E então, eu sem a mínima ética, então me levantei da minha carteira e fui espionar a prova de um colega, lembro o nome que era o Fausto. Aí então, presenciando a cena de minha atitude tacanha, ai o professor Washinton veio até eu e me falou de modo sensato, que eu não precisava mais entregar a prova que ele estava aplicando. Não tive outro argumento e meu silêncio foi nobre e eficiente para eu com minha reflexão, temendo ser reprovado, jurei nos meus pensamentos, refletindo e prometendo a mim mesmo, que iria estudar o suficiente para tirar duas notas dez nas outras duas provas que iriam ser feitas respectivamente, nos dois últimos bimestres do respectivo ano de 1979.
Resumindo, fui aplicado nas aulas seguinte e aprendi com o professor que lecionou na época em sala de aula o assunto do Conjunto dos Números Complexos, não sendo o métodos do vestibular que não simplificava os radicais, etc... mas, através de um método, que aplicávamos conhecimentos fundamentais de números decimais e era permitido pelo professor utilizar uma calculadora em sala de aula e também consulta de diversos ângulos trigonométricos numa tábua de logaritmos, até mesmo no dia da aplicação da prova referente ao terceiro bimestre. Mas, tinha o objetivo de simplificar contas e cálculos demasiados, mas também alguns colegas não tinham os necessários conhecimentos fundamentais para fazer as contas decimais. O professor Washinton evidente certamente, devia ter conhecimento da ineficiência de alguns estudantes e sensatamente, jamais quis punir algum colega por isso, porque até mesmo ele talvez sido feito alguma revisão sobre o assunto. Já era em vão naquelas alturas ele lecionar os assuntos fundamentais.
E quando foi aplicada a prova referente ao terceiro bimestre, mesmo sendo permitido a utilização da calculadora durante a prova, fiz todos os cálculos algébricos e aritméticos com os números decimais manualmente feitas e posteriormente o resultado conferido com o da calculadora,  e o professor corrigia a prova no exato momento após recebê-la e entregava o resultado a cada momento , que nós os alunos concluíamos a prova e que obtive nota 10 na prova, que foi rigorosamente uma diferente e única respectiva prova para cada aluno e lembro que quando tomei a ponta do pelotão entre os maiores desempenho da turma que eram liderados por uma loira e não tão esbelto, a colega de turma Edna foi outra que também obteve nota 10  e  entre um dos melhores alunos,  o colega nosso, um sul-mato-grossense de Campo Grande, o Eliezer que só não obteve nota dez porque errou um sinal, mas tinha também amplo conhecimento didático do assunto, é natural um esporádico erro e então ele beirou uma nota próxima de dez. Tinha naturalmente capacidade, mas foi apenas um esporádico erro, pois também tinha amplo conhecimento do assunto e mérito de aluno de êxito.
A última prova do ano, referente ao quarto bimestre que ia ser feita excepcionalmente num dia de sábado,  um pouco debilitado com uma dor de barriga quase não ia pro colégio  mas  e que por um eventual atraso do professor, quando eu já estava no colégio, não resisti as dores, desisti de aguardar pelo motivo de ter me acontecido uma intensa dor de barriga e quando fui no toalete do colégio foi em vão, pois acabei defecando minha calça toda e sai embora do colégio e indo pegar o transporte público do ônibus com um intenso fedor de fezes.
E durante a semana quando procurei o cordial professor Washiston, solicitando quando eu poderia fazer a minha prova, ele simplesmente, me perguntou qual a nota eu estava precisando para ser aprovado por média, que ele me daria sem necessariamente aplicar a prova referente ao quarto bimestre e então afirmei que seria a nota seis e portanto obtendo assim minha aprovação por média na disciplina.
Lembro que a última vez, que casualmente encontrei com o meu ex-professor Washinton, foi quando eu ainda era jovem e vinha do sertão minha terra natal, Pau dos Ferros quando havia ido passar o período carnavalesco no sítio dos meus avós  (inicio de 1981, me parece ter sido), e quando desci do ônibus numa breve parada  para descida dos passageiros numa lanchonete, então o professor washiston me cumprimentou, não sei de onde ele vinha no mesmo ônibus, porém nos saudamos brevemente, mas fiquei um pouco envergonhado com minhas espinhas no rosto e não conversei muito, fui então logo pra dentro do ônibus.

Martins Sampaio de Souza







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