quarta-feira, 12 de outubro de 2016

TEMPESTADES DE AGOSTO



TEMPESTADES DE AGOSTO

Foi aos vinte anos de idade, durante o mês de Agosto de 1982, que fui levado a vários médicos para tratamentos de saúde, por descontroles emocionais.
E em outras épocas também. A mais recente tempestade que aconteceu recentemente, neste atual ano de 2010, meu lúcido Pai, fez o aniversário de 88 anos de idade de modo simples, sem nenhuma comemoração, exceto reunião de alguns familiares.
Ainda, durante o mês de Agosto, não recordo o dia, que aconteceu de eu ficar no Espaço Cultural e ter pedido ao meu pai sempre disposto, para ir a uma farmácia, pagar um boleto meu de uma das distribuidoras de revistas, da minha Hemeroteca.
O telefone tocou, e fui até a sala para atender. Perguntaram se era a residência de Sr. Manoel, questionando se eu era parente. Suspeitando se era algum Tele marketing, para ser breve eu perguntei: Porque, aconteceu alguma coisa? – Então me disseram: “É que aconteceu um pequeno acidente com ele, solicitando a presença  de alguém da família, mas, antecipou afirmando de que ele estava bem , quando perguntei mais algum detalhe. Corri, portanto subindo os degraus da escada para avisar a minha irmã primogênita que presta assistência mais do que eu, devido as condições, apesar de se ausentar muito de casa e graças a Deus, com a presença dela, avisei pra gente ir até o lugar e solicitei a Santana (Micarla), para ficar no Espaço cultural em que eu havia colocado parcialmente alguns displays, e quando cheguei próximo do portão, um Senhor que vendia gás de cozinha também veio avisar.
Quando saíamos da garagem, veio um motoqueiro também avisar para não demorarmos. E de frente ao colégio, ao ver a multidão, fiquei na dúvida, se era algo mais grave que poderiam ter ocultado. Minha irmã estacionou o veículo, num local e corri depressa pra verificar o ocorrido.
Meu Pai, estava caído sobre o chão, lúcido na frente de uma moto que talvez tenha colidido nele e só me preocupei com a saúde de meu Pai , com alguns arranhões nas pernas e nos braços e queixava de dores na região abdominal. Me preocupei se era alguma hemorragia interna. Sugeriram para não tocar, para evitar alguma possível atitude incorreta de assistência nossa avisando alguém da  multidão de que a SAMU, já haviam solicitado e ficamos aguardando.
Em tempo breve, a SAMU chegou ao atendimento, e o motorista e a Doutora colocaram meu Pai na maca. Estacionaram a ambulância em um local liberando o trânsito do local. Sem entender questionei e  os atendentes disseram que era pros primeiros socorros. A médica atenuou minha preocupação com a região abdominal, coração, pulmão, fígado. E disse que havia verificado a pressão e noutros procedimentos, amenizou minha preocupação com  eventualmente por uma possível gravidade, não havia sido diagnosticada. Minha irmã retornou até nossa casa para se aprontar enquanto eu segui sentado num assento dentro da ambulância acompanhando a solicitação da médica e com meu pai na maca, fomos ao hospital. Perguntei a médica se ela conhecia o ortopedista primo nosso e ela afirmou positivo e no hospital foi meu primo quem atendeu, enquanto eu fazia a parte de cadastro de meu Pai no hospital, com uma recepcionista de urgências. Simultaneamente me disseram que meu pai já estava sendo atendido pelo Ortopedista e  fiquei aguardando o atendimento. Meu irmão rude quanto eu estava lá, com meu sobrinho. Pouco depois minhas irmãs chegaram com uma sobrinha minha e dois, dos três bisnetos de meu Pai.
Voltei para casa com minha sobrinha e os filhos dela enquanto minhas irmãs permaneceram no hospital e eu fiquei aguardando notícias. Minha sobrinha ainda estava aqui em casa, quando o telefone tocou e era do hospital, solicitando falar comigo e me disseram de que meu pai estava precisando de um acompanhante e falei de que minhas irmãs estavam no hospital em minha substituição. Sugeri minha sobrinha falar e dar os telefones celular de minhas irmãs para contato em minha ausência.
Uma das minhas irmãs ligou depois dizendo notícias, de que estava sendo medicado e aguardariam os exames de ultrasonografia, para saber se poderia ser liberado o meu Pai.
Por volta das 13 horas, finalmente chegaram em casa com meu Pai e afirmando que os exames deram tudo bem.
Meu Pai continuou com o Lazer de dominó e permanecia durante a manhã vendo televisão e durante a tarde no Espaço Cultural. E por precaução não queria vê-lo saindo sozinho na rua. Ele não faz travessa correta e de modo descuidado poderia se precipitar, eu já havia antecipadamente alertado.
No dia 21 de Setembro, cedinho, enquanto eu estava na esquina daqui de casa, com o portão aberto e olhando para a rua em que aguardava o ônibus passar descendo, para percorrer o itinerário eu sempre depois que via, o ônibus passar seguia com as duas sacolas de revistas, para a rua e aguardava o ônibus na parada após o retorno da via. Ouvi uns passos lentos atrás de mim, mas pensei ser alguém pra me pregar um susto ou mesmo alguém que caminhasse. De repente, surgiu na minha frente um assaltante, com uma arma escondida e falou para ficar quieto e perguntou o que eu estava olhando. Falei de que aguardava o ônibus. Surgiu um outro assaltante quando falaram para ficar quieto, ameaçando e perguntaram pela chave da porta para entrarmos em casa. Falei que estava apenas encostada. Um apontou a arma na minha cabeça e questionou por que eu ficava olhando para a face dele e fez alguns comentários. Os celular deles tocavam mas eles apenas atendiam em silêncio. Passaram as mãos sobre os meus bolsos, mas não tiraram nada dos meus bolsos e perguntaram se eu estava sozinho. Eu disse de que estava com meus idosos Pais. 
Mandaram eu chamar eles no quarto, e um ficou com uma arma apontada enquanto o outro rapidamente olhava alguns objetos. Quando eu estava no quarto com meus pais e reféns de um assaltante, enquanto  percebi que havia também um outro assaltante, fuçando a casa.  O assaltante que estava no quarto com a gente saiu  e não lembro o que eles comentaram. Sem saber se os assaltantes ainda estavam em nossa casa permaneci no quarto enquanto meu pai foi o primeiro a sair, e eu preocupado se eles ainda estivessem e fazerem mais maldade na gente.
O computador estava na sala com apenas alguns fios desconectados e os objetos da minha papelada que estavam sobre a mesa do computador retirados e misturados com outras papeladas minha sobre duas mesas que estavam na sala. No quarto que eu dormia, percebi que eles roubaram uma televisão que não era conectada a cabo e as vezes eu assistia o Tele jornal da TVU ou via raramente outro canal sobre esportes quando a da sala que tem uma imagem melhor estava com alguém assistindo. Roubaram também as duas sacolas com as revistas que eu ia fazer devolução. No outro dia a tarde procurei o radio e percebi que havia também sido roubado por eles. A televisão da sala ficou e algum tempo depois quando precisei do pen drive que  estava sobre a mesa do computador e tinha nos arquivos  alguns versos e trabalhos em fotos e também pesquisas de assuntos recorridos na internet.  Percebi porque minha sobrinha havia sugerido para ela colocar um Artigo de Lei de Direitos Autorais que veio num Registro que havia requerido e eu tinha recebido com a observação da respectiva Lei. Que eu havia pedido portanto, para ela pesquisar na internet porque eu não dispunha de um Código de Direitos Autorais de modo tradicional. E assim, salvaria no meu pen drive para transferir pro meu computador.
Ainda lembro que antes disso tudo acontecer eu tinha desativado a Hemeroteca por motivos de descontroles emocionais. E depois disso passei uns dias depressivo.
Quando fui me recuperando meu Pai ficou com sintomas de dor de cabeça e perdendo a lucidez e com a benção de Deus,  e o possível pelos médicos e eficiência de minhas duas irmãs mais velhas conseguiram detectar numa tumorgrafia da cabeça de meu Pai, em conseqüência ainda do atropelamento que apresentou um coágulo em que foi feito uma drenagem bem sucedida durante as vésperas do primeiro turno das eleições. Na UTI quando fui visitar ele, temi alguma emoção e apenas observei na vidraça,  pois eu temia me ocultarem algo mais pessimista.
No Domingo a tarde  meu Pai foi  para o apartamento e na segunda-feira voltou lúcido para casa. E graças a Deus, continua com apreciação por programas de televisão que eu ouço apenas o áudio, por acaso e durante a tarde vai jogar dominó quando aparece companhia.
Durante o dia, quando posso, permaneço neste período estiado com o Espaço Cultural aberto quando posso, pois não molha as revistas dos displays com as revistas.  Me preocupa apenas, se haver entrega a domicilio para fazer que só deixo ele para eu sair se ele estiver acompanhado de quem eu conheça para companhia durante minha ausência por um breve momento.
Por motivos de teimosia recusando meu acompanhamento já voltou a sair sozinho para algum exame medico ou mesmo alguma consulta. E eu não posso fazer nada sobre esse assunto. Ele diz que é apenas coisa que acontece e pode ser com qualquer pessoa. Mas o idoso eu acho mais vulnerável.
Recentemente, neste mês de Novembro fiz 49 anos de idade superando a idade de 48 anos de idade da minha póstuma irmã.
Alguns dias depois recebi duas contas, em meu nome que recusei não ter nenhum vínculo comigo , mas o carteiro sugeriu eu ficar e qualquer  coisa o devolvesse.
Abri portanto, e recebi dois débitos. Um de celular sem eu nunca ter me interessado ou possuído celular e outro de internet, também sem eu ter internet, feitos por desconhecidos.  Minha sobrinha ligou para a operadora do celular dela quando comentei
E deu o numero do telefone fixo daqui de casa para entrarem em contato comigo durante cinco dias úteis.
Meu irmão soube através de mexericos e ligou para mim fazer B.O.  numa Delegacia e foi a alternativa.
A última tempestade até o momento foi ontem ter permanecido com as portas do Espaço Cultural fechado para eu resolver outros assuntos pessoais, tirar umas cópias xérox e eu ter entregado revistas e água em domicilio.
Só que fui no fusca para a copiadora aqui mesmo no bairro, apenas para manter o fusca ativo e não causar problemas na bateria ou mesmo utilizar de modo esporádico.
Fui retornar, com o pisca alerta ligado, depois de obter as cópias pela mesma rua congestionada e uma Senhora entrava  num veículo da loja de frente para também sair. Avancei e esperei alguém permitir eu fazer a manobra de macha-ré para consciente fazer. Mas quando a dita Senhora entrou no carro e a lanterna da macha-ré do veículo dela acendeu parei o fusca e buzinei, enquanto eu aguardava alguém ceder espaço para eu voltar. A  dita senhora continuou a macha-ré  no veículo dela até colidir com o fusca. Então eu desci e ela depois. Pegou a porcaria de um celular mas fiquei em silêncio. Perguntou algo assim e agora meu senhor, o senhor bateu na traseira do meu carro novo. Não estava vendo que eu estava saindo.  Eu disse sim, mas tinha buzinado e parado o fusca enquanto alguém pudesse deixar eu fazer o balão. Ela disse tanto lugar para o Senhor fazer o balão, e o  senhor bater no meu carro novo, algo assim. Ela perguntou e agora? Eu disse ah! Eu não tenho condições de pagar, trabalho num Espaço cultural e transporto água mineral numa carrocinha. Ela disse: - vou ligar pro meu marido. Depois ela disse ele está trabalhando.
E  agora o meu carro novo a franquia é mil e tantos reais de seguro. Um puxa-saco perguntou para ela se ela queria que chamasse a perícia. Ela disse que não, ele disse que não pode pagar. Alguém disse não amassou nada senhora, essa mancha sai no polimento. Ela disse e agora eu tenho que passar no posto algo assim. Resolveu me liberar de modo ameno. Ainda falou de que queria sair dali. Eu disse que não podia, pois  o pára-choque do fusca estava preso entre o pneu e sob o paralamas do veículo dela.
O pessoal da multidão fez um esforço e se ofereceram em tirar o  fusca com as mãos, suspendendo o fusca. Quando pude fazer a manobra depois de liberarem, estacionei próximo frente a loja e fui até ela e ainda agradeci pois evito discutir.
Acrescento ainda, que conclui ambos de nós estávamos errado, apesar de eu com o pisca alerta ligado, mas em posição diagonal e eu não podia ceder em marcha ré, sem alguém no volante dos veículos que passavam me permitissem e  também, ela por ter feito marcha ré, sem aguardar eu poder dar espaço e apenas, por minha posição na rua e veículo mais modesto, fosse o único culpado. 

(Martins Sampaio, (Martinho) Natal, 23 de Novembro de 2010. 21:28 horas)


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