quinta-feira, 20 de setembro de 2018

DUAS AMIGAS QUE ME MOTIVARAM TENTAR O SUICIDO UMA VEZ


DUAS AMIGAS QUE ME MOTIVARAM TENTAR O SUICIDIO UMA VEZ

Na turma do cursinho do Dinâmico intensivo matutino, turma do segundo semestre de 1980, localizado na época na Rua Felipe Camarão, na Cidade Alta, havia uma colega muito linda, cabelos lisos escuros, olhos verdes e com uma franja que lembrava muito a Lady Diana. A diferença era que a Lady Diana, tinha os cabelos loiros e a nossa colega, castanhos. Era muito bonita e simpática. Foi aprovada no curso de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), enquanto eu fiquei na suplência do curso de Engenharia Mecânica.
Ela é da cidade de Várzea, era muito amiga de uma loirinha, a Rosângela.  Durante as tardes do ano de 1981, eu ia todos os dias pro centro da cidade, eu havia aprendido bem literatura e língua portuguesa em sala de aula, com o nosso saudoso professor José Vieira, natural da cidade de Itaporanga, na Paraíba. Mas, fiz uma péssima redação no vestibular, foi minha pior nota.
A literatura barroca e Millôr Fernandes me fascinaram em optar por assuntos comediantes, apesar da minha seriedade.  Mas, fiquei hilariante demasiado a ponto de haver repudio. O nome dela, é Severina. O sobrenome eu não sei.
Pois bem. Eu havia escrito alguns primeiros versos e duas fábulas. Uma inspirada num papagaio que havia no alpendre do sitio dos meus avós paternos e uma outra fábula, na época intitulada de: O descontentamento desesperado do diabo pelo temperamento bom. E só alguns anos depois, foi que aprimorei essa fábula com o titulo: A Alegria do Diabo.
Recordo, que no momento quando eu estava escrevendo a fábula, A Alegria do Diabo, no momento da inspiração fui desatencioso com os amigos engenheiro elétrico e enxadrista da Federação Norteriograndense de xadrez: Máximo Valério Soares de Macedo, e na época estudante do Curso de Direito na UFRN: João Batista Ferreira Rabelo Neto, a quem como discípulo, devo o mérito de ter me lecionado a arte enxadrista, no ano de 1978. Minha irmã Cássia bateu muito na porta do quarto, chamou-me pela janela, a luz acesa, mas involuntariamente com tamanha inspiração não os atendi. Eu não sabia suspender uma inspiração no principio foi esse o motivo, mas por uma nobre causa.
Durante as tardes quando a gente se via, Eu e Severina, apenas como bons amigos, eu me sentia bem ao lado dela, pois contava muito o meu sonho em tornar-me escritor, publicar através da indústria gráfica, o meu primeiro livro, alcançar o êxito e encantar uma companheira como cavalheiro e manter um lar.
Apesar dela ter um namorado, nenhum de nós dois deixavam de sermos nobres amigos. Porém ocorreu um dia, um grande mal entendido. Quando fomos apanhar o ônibus cada qual pra o respectivo lar, optamos em tomar o mesmo ônibus, então o via Alecrim, que na época, vinha pela Avenida: Bernardo Vieira e servia para ela. Eu não sabia onde morava. Apenas tinha o número do telefone dela entre os nossos contatos.
Nessa época, as pessoas quando chegavam o ônibus, corriam todos desesperados para serem logo os primeiros e viajarem sentados, bem acomodados, etc... etc... etc... e então quando veio o nosso ônibus, ela entrou logo com a multidão e enquanto eu aguardava todos entrarem sem tanta disputa por lugar, etc... etc... e quando fomos pagar as passagens, ela procurou então a carteira dela na bolsa e havia sido batido a carteira talvez no exato momento em que ela entrou logo com a  multidão. Eu então, abri a minha carteira de couro cru, moda na época, e ela, ao vê-la toda desorganizada como até hoje ainda é, minha carteira cheia de papéis, etc... etc... etc... mas ela resolveu descer e então eu solidariamente desci também.
Encontramos também com Rosangela, ela disse ter visto o tal namorado e fomos todos, ela lamentou muito e comentou de um modo tão de ódio, que pensei ela suspeitar que tivesse sido eu quem havia batido a tal carteira dela, pois ela dizia algo: “como havia sido tola”, “a gente ver assim, uns santos, mas são um demônio por dentro”, e eu que havia mostrado as fábulas, comecei então a pensar que ela pensava sido eu o bandido que havia cometido o delito. Fiquei muito desapontado com o tamanho mau que ela desejava.  E a pensar em ser eu o suspeito, me afastei dela depois desse tal dia.
Na rua em que ainda moro, havia duas amigas, bonitas. Eu era apaixonado por Aldaíris desde 1977 que tinha um namorado. Só que eu nunca contava pra ninguém. Mas, uma vez, durante o ano de 1979, o meu amigo Roberto Andrade, insistiu tanto em saber porque eu era solitário, então confessei: era apaixonado pela esbelte Aldaíris, que tem a irmã, a tonta da Rose Núbia. Mas, Roberto não guardou nosso segredo e contou para Esther namorada dele na época e esposa que nos conhecemos desde adolescência e Roberto a gente se conhece desde o sertão, quando o pai dele foi Capitão da Polícia Militar da Cidade de Pau dos Ferros, por volta do ano de 1972 mais ou menos 1971, etc... etc...  etc...Reencontramos também no colégio Atheneu, mas nunca fomos colegas de mesma turma de sala de aula. Quem foi colega de mesma sala de aula, foi a Márcia, irmã do Roberto, durante o ano de 1975 na 7ª Série.
E logo Roberto me trouxe um dia, uma boa notícia que o namoro entre Aldaíris e um tal de “mano” que cursava engenharia química posteriormente mudou para geologia noutro vestibular, etc... etc... Roberto havia contado pra mim que quando Aldaíris soube, havia comentado: “eu não tinha músculos” mas logo com o rompimento entre o namoro dela e o tal Mano, então convidei para passearmos, eu havia aprendido a dirigir, cheio de barbeiragem ainda, havia um chevette branco de minha irmã Raimunda que estava ausente, no Rio de Janeiro, fazendo um curso e eu aprendendo a dirigir no carro dela, uma vez quando um cachaceiro observava eu entrar na garagem, fiquei perturbado com bisbilhotice e arrebentei uma porta do chevette e a lateral e derrubei o  muro. Perdi totalmente o estímulo do preparo pro primeiro vestibular com o contentamento de carro pra dirigir.
Meu cordial e grande amigo, dos tempos do Atheneu que nunca fomos colegas de turma, mas nos conhecemos desde 1977 quando eu, que não era um aluno exemplar, não havia comprado o livro de química, exigido pela professora Enói,  dos autores: Antonio Lembo e Antonio Sardella volume um, toda vez ia tomá-lo dele, o amigo Emmanuel, o dele emprestado.  Minha turma era 1º H, o único primeiro ano no térreo entre os outros que eram no pavimento acima do colégio Atheneu. Então, no inicio de 1980 fui incentivado por Emmanuel Gouveia a praticar remo pra ter êxito e conseguir uma namorada, a primeira.
Mas, a tonta da Rose ficou com uma imensa frequência noturna em nosso lar numa grande estima com minha saudosa irmã Maria Lúcia, que logo comecei a me interessar pela Rose e esquecer a Aldaíris que veneravam homens “bonitos”, eu não contava nada das poucas amigas de colégio e Rose não era nem minha namorada, mas tentava inutilmente, me enciumar com um tal galanteador alto, musculoso um tal George, pois eu era tímido e ao me ver entre tantos amigos, a tonta com notícias fúteis de feminismo, pois o homem era pra correr atrás de mulher, ser talvez manobrado e demonstrava ter ciúmes de mim com homens e não com mulheres, insinuava “você que é assim com os homens” etc... etc... etc... desconfiada e eu com o sonho em ser escritor, parecia não ter nenhum  interesse por mulheres.
Suspeitando haver uma conspiração contra mim, liderada por Rose que uma vez ouvi durante a noite em “mandar dar umas lições”, na época entre 1982 de mandar estranhos me seguirem, soltarem pilherias, então durante uma vez, a noite ela veio e chamando por minha saudosa irmã, gritando futilmente: “venha depressa, senão se rouba”. Eu havia retornado de uma empresa pioneira de informática na época e que nada eu havia aprendido, ninguém havia me ensinado nada, eu era o único que não entendia nada do curso de operador de programas de computador, ainda sofri bulliyng e não fui mais. A tal empresa era a sistema,  onde o  escandaloso do meu irmão Eloi trabalhava e me colocou no estágio.
Foi a gota d’água, no meu pessimismo, senti-me sozinho, abandonado sem ninguém, achando que tudo iria o mundo inteiro desabar sobre minha cabeça, eu tinha vinte anos, iria fazer 21 em novembro ainda, era 1982. Havia as suspeita de Severina que tinha me desapontado pensando que eu havia cometido delito contra ela. Etc,,, etc,,, etc,,, meu medo de me fazerem algum mau foi maior que minha fé porque eu ainda era jovem. Foi difícil não suportei a dor imensa da minha descrença num momento de demonstração a Deus, senti-me sozinho e abandonado tentei uma única vez o suicídio, mesmo sem querer a morte e é uma agonia tão imensa que não desejo nem pro meu pior inimigo que se suicide.
Coloquei meus dedos segurando um friso as duas pontas numas tomada elétrica e sofri um choque imenso, mas escapei. Lembro que minha língua enrolou, eu havia visto uma luz movimentei todo o meu corpo, tudo isso debaixo de uma cama no meu quarto. Milagrosamente escapei, depois parece que fui ao banheiro e parece que aconteceu deu ter com esse descontrole emocional, fugi de casa durante um sábado à tarde, via a televisão ligada, mas nada significava mais e caminhei na rodovia até Parnamirim sozinho, perto de uma linha de trem resolvi retornar e fiz o percurso embora a pé, mas como se fosse um auto veiculo pela giratória na época e o retorno.
Todos saíram a minha procura durante tal noite de um sábado, lembro bem, pois na TV, passava o Programa do Chacrinha,  deveria ter sido, talvez após uma sexta-feira 13 de agosto, eu vi tal data nas margens de jornais e  próximo ao Campus Universitário, quando eu retornava, então desceram do automóvel do chevette branco minhas irmãs Cássia e Raimunda e Gaudefran, meu primo cheio de álcool durante o final de semana. Me jogaram no carro e me trouxeram até nosso lar, havia uma multidão, mas não me deixaram entrar. Saíram comigo pra alguns lugares, talvez espiritas, foram numa funerária, isso parece balela , mas aconteceu sim, não foi delírio.
Só me trouxeram altas horas da noite, Rose estava ainda em nossa casa e Ivanilda, mãe de Cláudia Patrícia, uma cordial amiga cinco anos mais jovem que eu, a Cristina Lúcia, que era um ano mais velha que eu e a Cristiane Elizabeth e que alojava a gente na casa de praia delas durante os veraneios.  Tenho uma foto com Cristina e eu,  recordando o veraneio durante as comemorações do natal no exato fim do ano de 1979, em Barra de Maxaranguape. Respectivo ano que nos conhecemos.
Comecei desde essa época: 1982, meus primeiros tratamentos psique, no hospital dos pescadores no bairro das Rocas, com um tal Doutor Marcelo da Previdência Social.  Rompi minha amizade então com a tonta da Rose Núbia, também.
E já estive internado três vezes, mas não sou nenhum insano. Apenas tenho descontroles emocionais, desde essa época.

Martins Sampaio de Souza (Martinho), Natal, 19/09/2018;19:21 horas. E 03:40 horas de 20/09/2018.




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