sábado, 20 de julho de 2024

SÓ TENHA UMA MEIA DÚZIA DE AMIGOS SE MUITO TIVER

 

SÓ TENHA UMA MEIA DÚZIA DE AMIGOS SE MUITO TIVER

 

Quando tudo era farto, embora graças a Deus, ainda haja abundância, apenas estou enxergando a verdade melhor, embora com o passar dos anos nossa visão não esteja tão saudável e precisamos utilizar óculos, mas vamos abrindo mais os olhos para entender com a benção de Deus a trajetória que nos traz alegria, sofrimento, solidariedade, angústia, felicidade num momento em cada situação.

Espero que esse assunto desse modo de expressar não seja ultraje aos amigos do Facebook, onde tem “amigos” que a gente sequer conheça. E os que a gente conhece raramente se comunicam pelo Facebook, mas o primordial que gosto são o compartilhamento que popularizam verdades e mentiras quando veneramos um assunto.

Graças a Deus sempre tive tudo que quis quando depende de mim mesmo, exceto uma mera companheira que mantínhamos uma grande amizade e o fato de ilusão amorosa que eu tinha nos distanciou, quando ela adquiriu um companheiro, mas não tenho mágoas, ela encontrou um grande amor que lamentavelmente de modo trágico perdeu o companheiro que lamento não tido conhecido, espero que ela esteja feliz com outro companheiro, não sei, esse ano de 2024 fará vinte anos que não nos vemos, fui desatencioso com ela durante a Missa de Sétimo Dia de minha saudosa irmã Maria Lúcia, eu não estava bem, mas a dor que existe é apenas para reflexão.

Quando era jovem não dizia não, a ninguém, tinha um elevado acervo didático de livros do nível médio, ferramentas, assessórios esportivos, mas haviam muitos “amigos” para tomar emprestado e eu tentado buscar, reaver: long play, fita k7, ferramentas, livros, bola, bicicleta, eu doava minhas obras, raquetes e bola de frescobol, canetas castell, pirógrafo, etc...

Eu tinha que me humilhar muitas vezes para ser entregue, tinha um sujeito que me tomou um pirógrafo “emprestado”, vivia ganhando dinheiro com ele , nunca me devolveu, até que falei para meu pai que falou com o pai dele e só me devolveu os fragmentos. Não prestava mais. O bandido do irmão havia me tomado “emprestado”, entreguei numas duas caixas os altifalantes para um “teste” no carro da megera da mãe e nunca devolveu. Chamava minhas amigas de “marreteiras”, mas eles eram que eram os verdadeiros enrrolões. E como desaforo ainda dizia que “eu morria de inveja dele”, povinho mau caráter, ainda bem que estão bem longe de mim agora e deixei de ser trouxa. Uma vez emprestei uma fita k7 com repertório de Belchior que nem minha era, mas tomei a liberdade de emprestar e o salafrário não queria me devolver, tive que ir um dia de domingo na casa dele de carona com o pai para me devolver e eu honrar a minha dignidade.

Essa semana fui no Carrefour comprar uns biscoitos estava em torno de seiscentos reais de dinheiro na carteira e dois cartões de crédito com limite suficiente para compras básicas e fui abordado por uma senhorinha, jovem e que carregava uma criança no carrinho do supermercado, percebi depois, ela havia me pedido para comprar uma bandeja de ovos e eu arduamente disse que não. Enquanto eu aguardava minha vez no caixa a percebi por volta em vão de outras pessoas, fiquei observando apenas, o que não justifica minha atitude mesquinha.

De agora em diante, eu podendo não nego mais nada a nenhum mendigo.

Apesar de cometer algumas medíocricidades que cometo no cotidiano, Deus tem sido generoso comigo, talvez mais do que eu mereça, pois estou com minha CNH vencida há três anos, também combustível está muito caro, UBER é luxo, apenas esporadicamente, também não lamento, apenas estou comentando quando caminho para assuntos burocráticos e meus fardos me deixam exaustos e as pessoas na rua me ajudam com imensa gratidão, enquanto eu não ajudei a jovem senhorinha do supermercado.

 

Martins Sampaio – Natal, 15 e 16 de junho de 2024.

 

 

 

 

 

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