OS NOSSSOS PERTENCES DE
ACERVO QUANDO VÃO EMBORA
Primeiramente vão-se os nossos
brinquedos, mas não lamentamos tanto quanto os acervos instrutivos quando nos
recordamos, contando nossa cronologia, saudoso e nostálgico com a memória, lembrando
para procurar palavras, escrever as páginas da história que acreditamos não ser
em vão.
Após as leituras dos Contos de
Fadas, sucederam as Histórias em Quadrinhos, HQ e eram na maioria o acervo de
Gibi dos Disney, entre alguns HB Hanna-Barbera, entre outros, como mais um
entretenimento de férias, durante o final de 1973 mais exatamente, pois minha
mãe havia comentado a preocupação com minha distração se talvez pudesse
comprometer meu desempenho escolar quando as aulas recomeçarem no ano seguinte.
Um bom inverno estava para começar,
e fomos para o sítio. Havia comprado um copinho de alumínio para tomar o leite
cedinho, com espuma, tirado no curral, ao lado e de frente a nossa modesta
casa, com numerosas árvores onde os pássaros cantavam saudando a natureza e pousavam
nas sombras arborizadas onde também brincávamos quando criança.
Fui primeiramente com minha saudosa irmã que fez uma limpeza
na modesta casa empoeirada, com o piso apenas de tijolo sem cimento, após
varrer toda poeira, arremessava gotas de água, para aprimorar a faxina,
enquanto eu deitado numa rede, me distraía incansavelmente com as revistas
Disney que tinha levado para minhas leituras.
O nosso sertão em tempos de bom inverno havia fartura, pois
ainda tinha vegetação nativa que logo qualquer primeira chuva, quando íamos
verificar o recanto rural, logo se via o mata-pasto alto, repentinamente brotando
alto, nos verdes, pela abençoada natureza, ainda sem qualquer maior devastação,
nem depredação, sem degradação ambiental que comprometesse o florescer da mata
silvestre, mantendo a esperança da nossa cultura nordestina, sonhando com os
pés no chão o homem do campo, o pequeno agricultor, saudável com o sagrado suor
era harmonioso com toda benção de Deus.
Os adultos, durante o final de semana se reuniam em volta de
uma mesa e jogavam cartas de baralho com apostas, inspirando nosso faz de conta
que logo também queríamos brincar também com apostas, de polícia e bêbado, pois
não tínhamos noção de que os malfeitores eram os verdadeiros vilões, bandidos
como os das histórias em quadrinhos dos Disney, o Mancha Negra, O João Bafo de
Onça, os Irmãos Metralha, a dupla do Ted Tampinha e o Kid Mônius, O Professor
Gavião, O Doutor Estigma entre outros fora da lei.
Era tudo como numa paródia, pois se nas comemorações festivas
da padroeira , chegavam os parques com carrossel, escorrego, roda gigante, balões de gás e os adultos jogavam o “laça-laça” que era uma argola arremessada cujo
alvo era acertar uma premiação que era um maço de cigarro ou algum outro objeto.
E então, também brincávamos de faz de conta, onde nosso
lala-laça eram argolas de arame para acertar caixa de fosforo embrulhada com
embalagem vazia de maço de cigarros, castanhas, etc...
E foi então, quando eu com doze anos de idade no ano seguinte
de 1974, fui na conversa de um moço com mais idade que me incentivou a jogar
cartas de baralho e a gente apostar
revistas em quadrinhos, assim motivando lucro fácil, mas foi então que entrei
pelo cano, pois perdia consecutivas partidas, até mesmo apenas ao pegar as
cartas traçadas, mas logo o adversário com minha primeira jogada já era mais
uma somadas derrota, entre outras vezes em que ele já sortudo, trazia o jogo
batido e minha coleção de quadrinhos foi logo subtraída com melancólica proporcional
ao lamentável desmotivação em desestimular ser impossível recuperar. E então
desistir de jogar e o adversário que talvez tenha me ludibriado, pois ele resolveu
sair pulando a janela do nosso lar, com
o imenso volume das revistas que eu havia perdido durante a nossa aposta no
jogo de baralho.
Com meu descontentamento, resolvi, portanto, só ficar com a
coleção dos pôsteres dos desenhos que vinham como suplemento integrante de
alguns HQ e o restante das minhas revistas em quadrinhos, fui com meu amigo
Elder, filho da Dona Bia e de Seu Lima, vender nossas revistas como usadas próximo
do Cine Lourimar, onde ficava a banca de revistas da minha época e também onde se
reuniam todos os interesses pelas publicações, próximos a porta do cinema da
nossa terra natal Pau dos Ferros.
E nunca mais tive nenhum estímulo
para colecionar revistas em quadrinhos, pois se talvez ainda possuísse fosse
mantida com o pouco acervo que sobrou dos meus tantos livros e revistas de
automóveis quando na adolescência pensava em ser projetista de design de
automóveis, motivando pensar numa graduação tecnológica que numa reflexão sem nenhuma
orientação para cursar comunicação, arbitrariamente, optei alegórico com as fantasiosas
aulas de literatura, que reanimavam o meu sonho desde a infância quando haviam
as composições das dissertações escolares sobre temas sugerido pela professora
para escrever como as estórias das leituras nos livros como tanto eu sonhava
deixar também escrito o meu nome como um literato.
Quantos sonhos, e com imensa veneração pelo que seja arcaico
e tradicional, pensando em readquiri os livros que eu possuía e estão fora do
mercado das livrarias. E a única solução mais acessível tem sido obtida através
de compras em sebos pela INTERNET e ainda através de informações em meros
diálogos, adquirindo cópias do que não esteja disponível ao acesso de comprar
para uma recomposição de acervo didático e instrutivo.
Mas, a minha primeira coleção de livros didáticos, ainda tenho,
embora com as páginas desfolhadas, algumas talvez incompletas, porém ainda
possuo. E é uma coleção que adquiri ainda quando eu estudava a 6ª série, no Ginásio
Estadual Quatro de Setembro, quando um representante em visitas as salas de
aula, nos entregou umas figurinhas com vultos históricos para quem vendesse
todos os cromos educativos, portanto ganharia uma coleção de livros num formato
de bolso, em três volumes de uma disciplina de opção pessoal de livre e
espontânea escolha.
Mas, eu criança ainda, pedi o dinheiro em casa, paguei todos
os cromos e não vendi nenhum e ganhei, portanto, a coleção de livros que
escolhi sendo então, a coleção: “ENCICLOPÉDIA DE MATEMÁTICA MODERNA; Volumes I,
II, III. Roberto A. Kunioshi – Editora
Rideel Ltda”.
E somando novas motivações úteis no cotidiano, vou me
empenhando em novas tarefas como recompor e ampliar acervo com vínculo de
educação, cultura em toda minha dedicação construtiva e consolidada com
estrutura edificada com as bênçãos de Deus.
29/01/2015
Martins Sampaio de Souza (Martinho)
Quando ainda jovem eu havia começado a catalogar numas folhas
de papel timbrado, impresso por estêncil eletrônico minha logomarca, e começado
uma organização do rol com o acervo dos meus livros e revistas, ainda na época datilografados
numa máquina de escrever, muito antes de ser jornaleiro, ainda desde a minha adolescência
e da juventude quando folheava meros assuntos do vestibular, mesmo sem tanta
dedicação, mas por inteira veneração em tudo que seja instrutivo, independente
de ser uma exigência didática, mas favorecendo o crescimento nas tantas lições
que na vida somamos a nossas experiências sendo construtivo de muitas formas,
colaborando e superando o que naturalmente nos conscientizamos refletindo ser
necessário aprimorar e com um esclarecimento sendo racional em expor toda
dedicação acreditando portanto nada sido em vão, apresentando através do
resultado uma benevolência social, independente dos erros, pois evidente, sendo
tudo como um rascunho de um amplo conteúdo consolidado e suficiente para nos
erguer e enfrentar sem temor, durante
cada passo do nosso cotidiano.
Toda escassez do sertão é um fenômeno natural que se houvesse
preservado e sido racional a colonização na mata nativa certamente não
resultaria numa seca desenfreada, pois se houvesse mantido zelo pelas terras
agrárias com equilíbrio, qualquer chuva logo florescia sobre a estiada
arborização que mesmo seca sobrevivendo com suas raízes absorvendo umidade do
solo e transbordava, florescendo e animando o sertanejo.
Mas, a especulação e exploração desenfreada é tudo uma consequência
de nunca ter sido aplicado o mero conhecimento cientifico das ciências química,
física, exata matemática, botânica, ecologia; estudos sociais da história, da
geografia e da comunicação com demais recursos humanos, para manter a estrutura
do solo consolidada para o cultivo constante quando as primeiras chuvas
trouxessem as esperanças da invernada, porque mesmo o pouco que se tivesse
seria suficiente para o êxito rural e sobrevivência do homem do campo na terra
natal consciente na manutenção de recorrer as cidades, metrópoles, apenas com
fundamental objetivo de obter com o desenvolvimento industrial, técnicas de
cultivo, ampliar conhecimento instrutivo de um modo amplo da situação urbana
das grandes cidades e consciente dos problemas sociais para atender os
compromissos de educação, desempenho das tarefas de cada membro, sendo todos
contribuintes de uma harmoniosa função independente de que seja um mero serviço
qualquer, mas tudo é uma soma dos esforços humanos da manutenção que a natureza determina a cada respectivo ser
do nosso habitat.
30/01/2015
Martins Sampaio de Souza (Martinho)
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