CONTINUANDO
MEU TESTAMENTO
Como parte
do meu patrimônio, também tenho dois pés de roseira branca e uma personagem Boneca
de Mel. E também tem acesso por direito a uma fração remunerada dos meus
pertences a mulher Boneca de muito mais carne que osso, cuja qual e única que
durante a vida inteira consegui pelo menos um êxito sexual. Embora, o nosso acasalamento
não inteiramente consolidado e também com minhas indecisões, suspeito ter sido
castrado por Boneca. Isso, não é nenhuma pilhéria minha, pois não sou homem de
piadas. Sei que meu riso solitário irrita muitas pessoas, mas não sou
pejorativo com ninguém. Embora todos resmunguem, mas também tenho raiva algumas
vezes, saem fumaça preta da cabeça, mas o ódio é superável pelo menos para mim.
Com minhas indecisões,
lembro certa vez Boneca ter comentado algo de que eu “ainda iria me
arrepender.” Também, minha modesta Feira certa vez, comentou sem mesmo ver o meu cenário montado comparou uma fútil exuberante
qualquer, algo então de que “isso é que é: feira”. Sem nenhuma veneração pela
simplicidade da Feira de minha autoria.
O nosso pé
de roseira, tem um plantado do lado esquerdo da nossa casa e outro plantado na
calçada do nosso lar. Havia também pensado certa vez também em plantar na
calçada lateral, mas nosso pai não permitiu. E agora que eu poderia, refleti
que não planto mais na lateral, porque
fica reservado para eventual exposição dos outdoors.
No nosso
lar, ainda tenho uma foto preto e branco, fotografado por uma solicitação
cordial do jornal Dois Pontos, em 1992. Mas, não saiu na matéria porque quando
solicitei a possibilidade de ver as fotos, me foi portanto permitido e
concedido a foto que então não saiu na matéria da primeira divulgação veiculada
através da mídia.
As roseiras
anteriores eram vermelhas, mas os pés foram cortados por nosso pai em acordo
comum atendendo aos apelos da nossa mãe de tanto reclamar das folhas secas.
Aconteceu, portanto que as roseiras vermelhas foram cortadas contra minha
vontade. Mas, as brancas ficaram como preservação do tombamento do nosso lar
como vinculo de patrimônio cultural e que sejam então as flores brancas uma
apaziguada e abençoada harmonia. Todas as folhas, secam e se espalham pelo
chão, o vento leva tudo é natural. Mas o tempo permanece como testemunhado
nossa presença em qualquer lugar, pergunta para o vento e também as ondas que
incansáveis palavras para nossa História cada qual contar...
20/01/2015
Martins Sampaio de Souza (Martinho)
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