UMA VEZ
QUANDO APRESENTEI A FÁBULA QUE ESCREVI AO PROFESOR
Quando eu havia escrito a fábula, A alegria do diabo,
pensando em me dedicar apenas, em ser escritor, depois de não pretender mais
cursar uma graduação tecnológica, na opção por engenharia mecânica, aí então no
ano seguinte, em 1981; apresentei a fábula, ao professor de
Português/Literatura, daí portanto, aconteceu que uma vez, ele fez um
comentário indireto, algo num assunto, ao falar sobre inferno do modo mitológico, como eu havia escrito, e
pronunciou em ênfase a palavra: labaredas, exatamente como eu havia
escrito na fábula de minha autoria, quando então ele exemplificou, as caldeiras
de engenho nas moagens da cana-de-açúcar, como eu via no sertão quando criança,
exatamente, numa comparação metafórica,
com os tormentos infernais no sentido mitológico.
E em muitos blá... blá...
, não lembro se foi, durante esta certa vez, em que ele também havia
apontado com o dedo diretamente sobre escritores se referindo a mim, pra turma
inteira, ocasião em que fiquei encabulado, envergonhado e me sentindo
simplório, me comparando com os demais jovens da minha idade na época.
Depois disso, tranquei a matrícula do cursinho e não
freqüentei mais. Mas, não omito a vez, quando uma aula de literatura terminou,
aí eu o chamei, então com ele sozinho e silenciosamente e sensatamente, apenas
disse eu ao tal professor: você tá muito
bem informado sobre o inferno. Foi uma situação comediante, que para mim, daí
portanto, querer expressar algumas palavras, sem intenção de ser pejorativo,
mas a situação cômica, mesmo tendo eu na época, ficado encabulado e ter largado
as aulas do cursinho.
Martin(s) (ho). 19 de setembro de
2012.
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