MINHA PAIXÃO RURAL,
URBANA E LITORÂNEA
Nordestino e Sertanejo, de família modesta, havia a casa de
alpendre no Sitio onde moravam meus avós paternos e alguns parentes da
redondeza e também haviam outros sítios mais distantes onde ia com menos
freqüência visitar os parentes maternos.
Não conheci meu avô materno e sinto saudades da Vila Popular
onde havia dezenas de casas autenticas construídas pelo governo onde morava
minha avó materna, próximo onde residíamos na cidade de Pau dos Ferros.
Lembro quando ainda criança, havia o pavilhão onde havia uma
banca de revistas e uma praça antiga que o progresso deixou extinta.
Estuda eu, o curso primário no Circulo Operário, meu pai
trabalhava aos sábados numa feira, onde vendia cereais e transportava os
caixotes e armação de lona, onde despejava os sacos de milho, arroz, feijão,
farinha, etc...
Havia uma carroça, puxada por dois bois: um marrom e o outro
branco, que transportava os acessórios da feira e na semana, durante a
madrugada íamos pro sitio, durante a semana, onde eu apreciava o banho de
açude, frutas, pássaros, ovinos e demais coisas do campo.
Meu pai durante a semana, trabalhava na agricultura e durante
a semana eu ficava com minhas duas irmãs e um irmão e minhas outras duas irmãs e
irmão maiores estudavam em Natal.
Eu colecionava muitas figuras de Santo que ganhava de
presente e também comprava muitas vezes com os centavos que levava para comprar
a merenda na hora do recreio. Brincava também de igreja e sempre ia ao
patronato onde comprava as freiras as figuras de santo.
Por volta do final dos anos sessenta pro inicio dos anos
setenta meu pai possuía um jeep verde mar e viajava pelos municípios da
redondeza para comprar rapaduras e legumes.
Na escola eu nunca fui aluno bem sucedido, exceto bem
comportado, zombado algumas vezes e medroso. Mas tenho uma memória didática do
que foi lecionado no primário de forma vaga e tenho conhecimento autodidata,
embora não consiga lembrar de forma exata os assuntos para cursar a área
tecnológica, durante meus dezessete anos quando conclui o nível médio e poderia
ter cursado matemática ou química se não fosse o mundo de sonhos da juventude
que ainda hoje mantenho e me alucina as vezes como ilusão diante da realidade.
Poderia eu portanto hoje com meus quase cinqüenta anos, ter uns cinco a sete
diplomas de curso superior, mesmos com dificuldades para compreender a didática
da língua portuguesa, apesar da apreciação pela comunicação e a historia da
humanidade, se houvesse eu ter tido uma dedicação acadêmica.
Apesar da minha situação vazia, me sinto realizado com o que
construí e lamento apenas não sobrevier todo meu trabalho, mas consigo com as
palavras contar minha história, que concluímos se não é o que levamos da vida
pelo menos as boas atitudes, talvez não sejam em vão diante das bênçãos de
Deus.
Durante o ano de 1974, minha mãe passava a semana no sitio
com meu pai e eu também, onde possuíamos uma casa com a frente rodeada de
arvores, próxima a estrada, e todos os dias na semana ia a Pau dos Ferros
estudar a sexta série e voltava, durante o final da tarde. Algumas vezes eu
dormia na casa de parentes e no final de semana, as sexta-feira ficávamos na
cidade.
Durante o ano de 1975,
com treze anos de idade, vim com meus pais morar em Natal, onde já desde
criança vinha passear na casa de parentes. Moramos alguns meses no conjunto
Lagoa Nova e durante o segundo semestre viemos morar no conjunto Candelária,
onde fomos uns dos pioneiros no bairro. Meu pai auxiliou com mão de obra na
reforma da nossa casa, em que fora ampliada gradativamente, e nos fundos da
nossa residência construiu uma mercearia onde comecei a trabalhar em 1977, e
fixei como sede de uma Hemeroteca e Feira Cultural, entre outras atividades da
época da juventude. Antes de começar a atividade comercial em Natal, meu pai
auxiliava como mão de obra prestando serviços de pedreiro, com o mestre que
ergueu a reforma da construção da nossa casa e foram prestando serviço para as
pessoas da vizinhança.
Lamento minha situação de dependência de família para manter
ativo o que sobreviveu dos meus sonhos e me sentir ridículo como aposentado em
comentários populares por pessoas vazias que vivem com fanfarrice entre outras situações
de difamações da vida alheia.
Martins Sampaio de Souza. (Martinho).
Natal, 09 de Junho de 2011. 19:38 Horas.
São Zero Horas e trinta minutos, fui dormi logo depois de
ouvir no radio a Voz do Brasil, e acordei ainda a pouco a lembrar de modo
lúdico, mas verídico, apesar de hilariante, para quem tome conhecimento dessas
palavras que conto quando começamos a comercialização na mercearia com produtos
industrializados de mercearia. Pois bem, meu pai comercializava cigarros e
apesar dele ter conhecimentos aritméticos para fazer contas manualmente e tirar
a prova aritmética, além de brevemente fazer conta simples mentalmente,
apreciava uma leitura nos jornais tradicionais de modo impresso e também ainda
lúcido tem alguns conhecimentos de historia política contemporânea, mais do que
eu relacionada a atualidade brasileira. Então, mesmo de forma rude em nossa
origem sertaneja e o conhecimento de algum breve curso primário de quando ele
era moço, é considerado como analfabeto na badalação civilizada da
popularidade. Pois bem, apesar dele, o meu pai saber ler, mas sem um
conhecimento ortográfico das palavras nas embalagens dos produtos de mercearia,
lembro que quando procuravam por cigarros Hollywood, ele sem conhecimento
popular de inglês, simplesmente não sabia identificar porque procurava no setor
de cigarros a grafia escrita pela letra “R” da pronúncia Hollywood.
Isso tudo, não é debochando do meu modesto pai, mas citando
as nossas gafes que eu também tenho as minhas naturalmente e que são mais
intensas, porque exponho sobre meu dia a dia. Mas, no entanto, para lembrar de
forma humorada aos amigos que esclarecidamente e ameno lembrar nossa mercearia
que durante um tempo se transformou num popular botequim e havia os comentários
sobre desempenhos do esporte popular como o futebol e a fórmula um que eu
apreciava muito quando jovem. Pois algumas vezes, eu colocava a TV para
acompanhar alguma modalidade esportiva ou mesmo em alguns comentários populares
sobre os acontecimentos esportivos, meu pai participava em algumas dessas
badalações, citando a equipe Ferrari de formula um em que ele se referia a
equipe ‘’ferrage’’ , quando queria participar do assunto. E no futebol, o gol
de pênalti ele entendia e expressava de modo inocente falando como gol de “pênis”.
Apesar de deixar nessas palavras, citando gafes de meu pai,
minha intenção não é debochar a imagem dele, mas a intenção é que sobreviva o esforço
como patriarca em caminhar com lucidez e esforço auxiliando apesar do modo
simples com esforço em amparar nossa família.
Martinho. 01:30 minutos. Natal, 10 de
Junho de 2011.
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