SERVILHO, QUE DEUS TE ABENÇOE E TE
GUARDE PRA SEMPRE!
Hoje, por
volta das 13 horas e alguns minutos, quando eu estava no nosso Espaço Cultural,
atendi o telefone e era minha irmã Maurina, solicitando pra fazer o café da
tarde. Ia interrompê-la e esclarecer que ainda era cedo, mas ela falou então para
ouvir mais, pois o motivo era porque havia falecido um parente nosso, o
Servilho.
Perguntei
então se quem tivesse nos avisado, havia sido a Itaécia, prima nossa quando
esteve hoje em nossa casa, por volta do meio dia, acompanhada da sua irmã, a
Dolores quando visitaram nossa mãe que é tia delas. Maurina disse que foi a
Itaécia, sim. Mas, através de um telefonema que ela havia recebido, pois não
havíamos conhecimento até por volta do horário em que elas estiveram em visita
no nosso lar. E então, a itaécia iria passar em nossa casa para pegá-la para
comparecerem ao velório que seria num departamento de velório, no bairro do
Alecrim.
Falei então
que iria também se eu pudesse ir na carona do automóvel dela e cerrei as portas
do nosso Espaço Cultural para ir tomar
um banho e fazer então nesse caso, o café da tarde mais cedo, antes das 15
horas.
Chegando no
velório, li lá num lugar, o nome
completo dele: Servilho Costa Pinto e assinei meu nome pela primeira vez num
livro de velório e deixei minha mensagem, pois antes quando das outras raras
vezes em que compareci a velórios aqui em Natal, não tive a nobre sensata
atitude em participar do livro de despedida. Pois, como mensagem eu havia de
modo breve pensado escrever a mesma de minha autoria que desejo a todos os
aniversariantes quando comemoram a data das primaveras da nova idade, então
deixei escrito: Deus te abençoe e proteja sempre. Mas por lá mesmo,
cumprimentando velhas pessoas que conhecia e me recordava por nomes, ainda
comentei refletindo minha gafe que eu havia utilizado a palavra: ...proteja
pra sempre. Em vez das palavras: ... e guarde pra sempre. Então em
vez de: Deus te abençoe e proteja sempre, seria para ter deixado escrito:
Deus te abençoe e te guarde pra sempre.
O
sepultamento, lá ouvi dizer que seria no Cemitério de Bom Pastor, comentei que
não podíamos ficar, pois a mulher que fica aos domingos como cuidadora de nossa
mãe iria embora as 16 horas. Mas seria bom se pudéssemos, pois se eu pudesse,
eu iria também na oportunidade, rever o tumulo de nossa avó materna, a vovó
Chiquinha que está lá num tumulo abandonado, desde a época quando deixei de ir
enquanto papai pode ir comigo para mantermos um zelo pelo tumulo por lá bem
localizada, no inicio do cemitério e sob a sombra de uma árvore.
O saudoso
Servilho era primo de minha mãe. Ele e o irmão João Gualberto, José Sampaio, Adauto
Sampaio, tia Sampaio e outros parentes sempre se revezavam durante noites em claro
em nossa casa durante o final de 1984 pra início de 1985 quando minha avó
materna Francisca Álvares Pinto (vovó Chiquinha) estava debilitada pela idade,
apenas respirando e medicada com um soro, após uma queda que tempos depois após
a cirurgia, ficado gravemente enferma, sem condições mais de andar sem se
locomover mais por nossa casa e assim ficar acamada e a espera da morte.
Servilho era
um militar da aeronáutica da reserva ou eis combatente, não sei com certeza,
mas sempre enquanto pode, nos fez cordiais visitas em nosso lar, acompanhado da
esposa e com a única filha, a Emília. O restante dos filhos são todos homens.
Sei que são alguns, mas não sei por nomes, como se chamam. Nas raras vezes
quando estive pela casa dele foi quando ele morava aqui mais perto, onde eu
sabia sua residência no bairro de Lagoa Seca, numa casa espaçosa próxima do
shopping Midwey Mall.
Nas ultimas
vezes quando nos visitou quando conversamos, havia dito que havia vendido,
dividido o dinheiro entre a família e comprado uma casa no bairro Planalto,
pois era mais próximo da casa de Emília, segundo ele me contou. Falei como
comentando pra ele que não havia sido um bom negócio, pois em Lagoa Seca, era
mais bem localizada, mais acessível e era valorizada. Ele falou então,
reclamando que o povo deixavam muitos automóveis estacionados frente a casa
dele e era sempre difícil pra ele estacionar depois e colocar o modesto
automóvel dele na garagem, um Fiat 147 da cor incarnado Ferrari.
As últimas
notícias que soube dele, após eu comentado em nossa casa de que ele nunca mais
havia aparecido, me falaram algo que estava com Alzheimer, e lamentavelmente
não o vi mais saudável, nem o visitei, mas como retribuição a solidariedade
dele, compareci nesse momento póstumo de pesar e de despedida.
E nesse
momento de dor pra toda sua família, te desejo ainda como mensagem do fundo do
meu coração o que todos te diriam que: vá com Deus! São minhas meras
palavras do sonhador em ser escritor, embora não tenha eu as palavras de um
vocabulário acadêmico, para deixar escrito pra você uma despedida enaltecida
porque onde você estiver, estará numa ascensão maior que o chão modesto e
humilde por onde passaste enquanto vivestes conosco em nossa efêmera vida aqui
na terra. Vá com Deus, Servilho!
Martins Sampaio – Natal, 15/10/2017.
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