FILANTROPIA E
PILANTROPIA
Tenho o hábito na minha dedicação como escritor, em escrever
sobre assuntos pessoais e também sobre outro qualquer assunto variado,
independente do que seja um momento de inspiração ou algo qualquer que pretenda
escrever.
Mas, nessas palavras desse texto, pretendo reunir entre
outras tantas páginas, alguma coisa do que já fiz como boas ações que já
pratiquei, embora não justifique os meus erros do cotidiano, mas também nada
lamento porque de alguma forma me servem como lições de vida na minha
aprendizagem humana.
Pois bem. Então contando o motivo desse texto, foi que hoje
durante o horário vespertino, por volta das 16 horas, enquanto eu de modo mal
educado ou desbocado, ouvia no computador, o áudio no último volume, do repertório
musical variado que venero, quando sentei numa cadeira na calçada do nosso
Espaço Cultural, ia passando na rua, uma senhora cadeirante empurrada por um
moço que a transportava caminhando ambos, respectivamente e óbvio o moço que a
conduzia e a tal senhora numa cadeira de rodas, então eu sentado refletindo
pensei logo que iriam me solicitar ajuda, mas eu não tinha nenhum dinheiro. Então,
lembrei-me de um papel com um débito de R$ 3,00 que eu estava devendo e havia
anotado num papel, para evitar, de eventualmente que eu esquecesse e também
para o meu próprio controle pessoal, não ficar matutando com alguma dúvida
posterior, então passei a mão em cima do meu bolso para sentir se o tal papel
com minha anotação de débito estava então, guardada no meu bolso, mas percebi que estava
sim. E então, nessa minha atitude quando eu havia visto os dois passando, a
cadeirante e o moço a conduzindo, percebi que eles se dirigiram até eu que
apenas os cumprimentei. Aí a tal senhora cadeirante, abordou-me oferecendo-me
um “bilhete pruma rifa”, pra colaborar na compra de um acessório pra cadeira de
rodas dela ou outra cadeira, algo assim. Respondi que não podia, pois eu estava
apenas com algumas moedas que não eram suficientes, apenas 0,35 centavos e era
todo dinheiro que eu tinha naquele momento e, portanto, não podia e que meu
empreendedorismo é apenas uma Hemeroteca e Espaço Cultural. Não comentei dessa
forma, evidente que fui mais breve em dizer que aqui, em minha sede, era apenas
ser um Espaço Cultural. Agradeceram e continuaram ambos a caminhada. Logo
quando saíram refleti q’eu poderia ser útil, doando alguma camiseta com slogan
e estampa educativa de minha autoria das que me restavam guardadas para essas
cordiais práticas, e fui verificar o lugar que eu havia guardado de modo
acessível e então voltei pra calçada e gritei para retornarem, por favor. O
moço então deixou a cadeirante aguardando na esquina da rua e veio até eu
quando chamei e entreguei-lhe para ser pra tal senhora, uma camiseta com uma
estampa educativa que eu mesmo havia estampado sem equipamento profissional de
serigrafia, uma charge de Ivan Cabral sobre o perigo de álcool no volante de
automóveis, na época quando ainda não era nem combatida a pratica irregular de
guiar automóveis embriagado, assunto veiculado pelo jornal Diário de Natal, dos
Diários Associados, aqui em Natal, veiculado, no dia: 18 de março do ano de
1994. E que portando, por motivo de veneração educativa e disciplinar como
exemplo eu havia guardado esse assunto entre as matérias selecionadas de
jornais e que desapareceu essa parte do jornal impresso que eu tinha, mas
graças a Deus eu havia tirado cópia desse tema e mantinha nos meus arquivos
pessoais, etc... e evidente, após ter solicitado para o autor da charge
educativa, o Ivan Cabral, permissão para reproduzi-la simultaneamente com o
slogan educativo de minha autoria contra o modo da utilização da nicotina de
modo abusivo pelos fumantes, portanto veiculado estampados em camiseta com
slogan de minha autoria e charge do Ivan
com vínculos educativo divulgando uma arte sem finalidade lucrativa.
O moço agradeceu pela camiseta então e retornou para conduzir
a tal senhora cadeirante pela rua. Mas, logo, lembrei-me, também de chamá-los
outra vez ainda, pois eu não havia oferecido café preto a eles e levantei a
garrafa apontando que continha café. O moço então, foi logo outra vez, deixando,
a senhora cadeirante na esquina, aí então eu falei que a trouxesse também. E
ambos aceitaram do meu café preto, a senhora com pouco adoçante e o moço com um
pouco mais de adoçante. Depois, o moço perguntou-me qual o caminho para
seguirem em direção a “Avenida Salgado Filho”, falei algo que em volta do
bairro de Candelária, nas proximidades, só havia a estrada marginal da BR e,
portanto com uma cadeirante não dava certo, perguntei então qual o trecho da
Avenida Salgado Filho. Respondeu-me que seria próximo do Natal Shopping.
Apontei então a Praça dos Eucaliptos, localizada na Rua Jerônimo de
Albuquerque, indo em frente e seguindo à direita, portanto, etc...
Não havia nenhuma má língua para testemunhar minha boa ação
entre tantas da minha história porque é mais fácil perceberem, portanto, os
meus erros porque é mais fácil para difamarem meu modo próprio de agir. Mas,
quando eles estavam se despedindo, o moço que havia sentado um instante numa
cadeira do Espaço Cultural e como de passagem chegou o músico João Salinas que nos
cumprimentamos, oferecendo-lhe um café, mas o mesmo sem tempo iria logo para
casa, pois, tinha que lecionar as aulas de música.
Enfim, escrevi esse texto, apenas por motivo como já citei,
escrevo sobre qualquer assunto quando acredito que vale à pena contar,
independente do que seja. Mancada minha ou um gesto nobre e sensato do
cotidiano, etc... Mas, o fato é que sei que quando sou útil, ninguém precisa persuadir,
como madames de instituições filantrópicas telefonando, saturando, porque de
modo natural, espontaneamente, é mais saudável e mais gratificante para todos.
Martins Sampaio – Natal, 25/10/2017.
21:41 horas.
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