MULHER COMIGO É PARA
ENFEITAR MINHA CABEÇA E CIÚMES SÓ DO QUE POSSO TER QUANDO COMPRO POR AQUISIÇÃO
NUMA LOJA DO MERCADO
Mulher comigo é solta na buraqueira para enfeitar minha
cabeça, me passar chifre, mas aprendi que meus livros e minhas ferramentas
ficam mais bem guardadas comigo do que quando empresto.
Porque muitas vezes não
me devolvem, pois quando preciso utilizar é mais acessível quando está ao meu
alcance e emprestando, mesmo solicitando que devolvam, muitas vezes é em vão. Raramente
me devolvem, pois defino então que
emprestar foi uma invenção do diabo que até hoje só me fez prejudicar.
De toda maneira eu levava cano emprestando a amigos ou até a
quem eu nem sequer não conhecia e abusavam da minha boa fé e da cordial
gentileza. Portanto, aprendi nisso tudo que não é bom nem aceitar também tantos
favores para não sentir o ônus de ter que dizer muitas vezes sim e concordar
sem poder para depois eu lamentar muito mais se por acaso tiver que retribuir
algum favor.
Para viver bem é preciso perceber que a vida é dura, árdua e
muito mais difícil quando a gente não se sente bem com nossas próprias atitudes.
Sou cordial, cedo muitas vezes e faço doações cordialmente muitas vezes sem
nenhuma solicitação de apelo quando há com uma mão estendida para pedir e
muitas vezes, digo que não, mas quando faço qualquer colaboração ou doação,
faço de coração sem que ninguém tenha que me pedir e também nada quero em troca
senão nada mais que manter uma simples harmonia com uma essência divina.
Já tive minhas ilusões amorosas quando era jovem, mas jamais
tive ciúmes de alguém. Estou com 55 anos de idade, mais sazonado não me
apaixono mais com a ilusão de acreditar que tudo seja “um mar de rosa” porque
flores só encontro no jardim do lar de uma plenitude divina em harmonia com
todos. Não há mais o fervor de quando era jovem com o fogo de abraçar com todo
amplitude do coração cedendo todos os meus sonhos construtivos e não é bem isso
que mantém a felicidade, mas aprendi que para viver bem a dois é cada qual se
manter realizado com o sonho pessoal da dedicação do cotidiano construtivo de
cada um.
Portanto atualmente faço a minha festa, eufórico com tudo e
acreditando que manter os pés no chão e agarrando apenas o que está ao alcance das
mãos, é suficiente e já é o bastante para ser feliz.
Martins Sampaio – Natal, 27/10/2017.
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