ARMA NUM CENÁRIO COM UM
SLOGAN E CITAÇÃO
Em 1978, durante o horário vespertino eu assistia pela Rede
Globo de Televisão, a clássica novela “A Escrava Isaura”, adaptada da Obra de
Bernardo Guimarães, enaltecido, interpretado pela gloriosa atriz Lucélia
Santos.
Os demais colegas adolescentes comentavam de modo pejorativo,
censurando porque eu largava as brincadeiras recreativas no pioneirismo do
bairro onde ainda moro, exclusivamente para minha audiência numa veneração para
ver a novela “A Escrava Isaura”.
Lembro ter visto durante uma cena de algum capitulo da novela
“A Escrava Isaura”, o Capitão do mato colaborando com o capataz ao exibir uma
arma antiga apresentando no cenário colonial, algozes demonstração da força
bruta numa ameaça a servidão com castigos desumanos.
Então, durante o ano de 1983, quando eu fui numa visita a
minha terra natal Pau dos Ferros/RN, num sábado, dia em que acontecia a feira
da cidade, encontrei uma arma artesanal, lembrando semelhante réplica da arma
que eu havia visto pela primeira vez através da respectiva novela. E então, ao
me interessar em comprar a respectiva arma, oriundo de fabricação artesanal, do
sertão Cearense segundo fui informado pelo vendedor e assim comprei, sem nenhum
conhecimento de perigo ao andar na época simploriamente, circulando com a arma,
nas minhas mãos, pois as compras de feira não tinham embrulho.
Lembro que numa certa vez, no bairro onde moro, um sujeito
cobiçador dos meus pertences me pediu emprestado e o mesmo sem querer me
devolver só me entregou após muita insistência minha e percebi quando ele me
entregou a arma conter o cano entupido por socar papéis, supostamente suspeito talvez
como se fosse cobrindo pólvora numa algoz armadilha de retaliação contra mim, e
involuntariamente eu fosse ser vítima das atitudes mordaz do tal sujeito.
Eu tinha escrito no cabo da arma o meu nome com um pirógrafo
como pertence e pretendia expor no cenário cultural com um slogan de minha
autoria e também com uma citação: O bom
de uma arma é nunca necessitar usá-la...
Recordo que eu havia deixado exposto tal arma com minha
citação, num expositor nos tempos em que ainda existia mercearia anexa na minha
atividade como jornaleiro. Mas, tal arma sumiu como alguns demais pertences
meus e também algumas obras de minha histórica dedicação na trajetória do meu
empenho cotidiano.
24/02/2015
Martins Sampaio de Souza
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