LIVROS E CARROS
Quando criança, em torno dos seis a
sete anos de idade, nas primeiras leituras do curso fundamental, na escola
círculo operário, atual Escola Estadual José Guedes do Rêgo, aí começou o
sonho, portanto desde a infância, em um dia ser escritor.
Eu era fora de faixa, aluno não tanto
aplicado, ficava então por último pra
fazer a prova com a professora explicando cada passo como se fosse ensinar um
passarinho a andar.
Mas, tudo bem. A verdade é que nunca
fui estudioso, senão seria acadêmico que é isso o que interessa. Porém, não
vamos lamentar tanto assim né. O destino de ter seguido outro caminho me fez um
vencedor, mesmo sempre fazendo mil e uma atividades no cotidiano, eu poderia
portanto, tanto ser um mero escritor quanto engenheiro mecânico. Fato esse
comparado com o meu hábito de desempenho em várias tarefas. Nada demais.
Resultado de qualquer qualificação quando há uma dedicação construtiva.
Contudo, tudo isso ficou para trás, o
sonho em ser um escritor. Pois, eu que já rabiscava desenhos, havia pensado em
ter personagens como o Walt Disney, mas ao ver em 1978, a Empresa Automotiva
Ford, lançar o Corcel II com uma mera semelhança entre o automóvel Passat,
passava as matinês vespertinas, sonhando ser projetista de automóveis. E então
iria me dedicar, pretendia cursar engenharia mecânica na UFRN, me graduar e ser
um homem de sucesso.
Então, no ano de 1979, estudando o
terceiro ano cientifico no colégio Atheneu, no turno matutino e durante o turno
vespertino, o cursinho no Hipócrates Colégio e Curso, localizado na época na
avenida Jundiaí, onde me sentava na galera da turma de trás, mas éramos
aplicados, apenas palhaçadas, num bom sentido, não havia bullyng nem ninguém
batia em ninguém, mas um humor saudável.
Enquanto no Colégio Atheneu, só fiquei
aplicado e me tornando professor dos colegas de turma da sala de aula 3º ano
“B”, no segundo semestre de 1979, pois na malandragem, o Grande Professor
Washington, veio até a minha carteira quando pretendia “colar” da prova do
colega Fausto, na maior cara de pau, imagina só o acessível assunto de
geometria analítica. E então, o Grande Professor Washington me falou de que:
“não precisaria entregar a prova a ele.”
Então, não me recordo se me retirei
da sala de aula ou se fiquei na carteira ou se sai. Não sei. O que sei, é que
levei um “puxão de orelha” no modo figurativo de dizer, em nenhum momento isso
tem sentido de agressão. Também jamais faltei com o respeito.
Eu não sabia qual a minha nota do
primeiro bimestre, apenas a do segundo bimestre que ele democraticamente havia
dado a todos os alunos. Então, após o ocorrido, temendo ser reprovado como
tinha conhecimento de que maus alunos em disciplinas diferentes em anos
diferentes também, haviam sido reprovados por discutir com professor, assunto
que jamais foi o meu caso.
Pois bem. Eu sem nenhum comentário,
no silêncio do meu coração, não pedi a Deus, mas jurei pra mim mesmo tirar dois
dez no terceiro e quarto bimestre. Por favor, prezado leitor, também não
confundam o modo como expressei as palavras desse parágrafo com blasfêmia.
O assunto do terceiro bimestre era
Conjunto dos Números Complexos, mas o modo didático no colégio lecionado pelo
Grande Professor Washington, era com números decimais e a maioria da turma não
tinha conhecimento fundamental, mas era permitido utilizar calculadora e tábua
de logaritmo durante a prova em sala de aula. Enquanto o método de Conjunto dos
Números Complexos, aplicado no vestibular era de modo algébrico.
Fiquei entre os mais aplicados alunos
em matemática, no segundo semestre. No dia da prova, o Grande Professor
Washington elaborou a prova, de modo fornecendo a cada aluno, um respectivo
pedaço de papel com as questões do conteúdo da prova. O resultado da prova, ele
adicionava a um teste que ocorreu no decorrer do bimestre.
Cada aluno no término das respectivas
provas, entregava ao professor que fazia a correção. Me recordo de ter
ocorrido dois dez. um foi de uma loira
aplicada em todas as disciplinas, chamada Edna. O outro dez foi o meu. Não me
recordo se o Fausto também obteve dez ou não, Não tenho convicção. Mas, lembro
muito bem, do colega nosso sul mato-grossense, o Grande Eliézer, entregou a
prova antes de mim e não teve o resultado de 100%, mas não foi por falta de
conhecimento, ele poderia até ser nota mil, mas a pressa cotidiana acabou
contribuindo para um mero erro de sinal, enfim a nota dele ficou beirando o
dez, quase chega lá. Mas, isso não tira o mérito dele não por que tinha
qualificação, foi apenas falta de cautela. Na verdade, não me recordo das
outras nota dez, apenas dessas que citei.
Tudo que sei da prova que fiz, é que
fiz todos os cálculos aritméticos manualmente e posteriormente comprovava na
calculadora permitida pelo uso em sala de aula. E depois o resultado final
consultava numa tabua de logaritmo do MEC, (a melhor!), os senos e cossenos de
ângulos que a gente não sabia de cor. Mas, os senos, cossenos, tangentes,
etc... que a gente sabia de cor na prova
de matemática da COMPERVE do vestibular continha na página dois esclarecendo
para quem eventualmente não soubesse.
Em dezembro, minha irmã inventou de
me ensinar a dirigir automóvel e eu queria namorar uma jovem da minha idade que
há tempos sonhava, guardava a sete chaves em segredo até que um dia pressionado
pelo meu grande amigo desde o lugar onde nasci, o grande também enxadrista Roberto
Andrade a quem confessei pressionado, enquanto ele arduamente apaixonado por
Esther namorada dele na época e entregou minha paixão por Alda Íris, uma
vizinha minha na época desde 1977, desde os meus quinze anos. Mas, ela havia
vindo morar na vizinhança, em 1976.
Ok. Tudo isso passou. Eu era magrinho
e grande amigo do desportista Emmanuel Gouveia Costa, que atendeu ao comentário
que elas fizeram “ele não tem músculos”, então reprovado no vestibular o Grande
Amigo Emmanuel Gouveia Costa me incentivou a praticar remo no Sport Club De
Natal.
Durante o segundo semestre de 1980,
deixei o remo e fui fazer cursinho incentivo no Cursinho Dinâmico, também
incentivado por Gouveia, onde aprendi literatura de modo lúdico, as aulas nas sextas-feiras,
lecionadas pelo Grande Saudoso paraibano Professor Vieira, irmão do grande
Bosco Batista que o destino nos fez conhecer e sermos amigos aqui no modesto
bairro de Candelária, também ele casado com uma conterrânea minha, que há
conheci através dele.
Fiz novo vestibular em 1981 sem muita
dedicação, ficando na suplência do curso de engenharia mecânica faltando nove
milésimos para ser aprovado. Tudo castigo. Em duas disciplinas de matemática e
língua portuguesa, não por falta de conhecimento, mas por desleixo e dúvida. Eu
elucido a situação nitidamente como não foi falta de capacidade.
Pois, respectivamente, em matemática
o acessível assunto de funções, que já havia ocorrido de eu com 17 anos de
idade pegar ônibus para ensinar o assunto para marmanjo metido a “intelectual”,
elevando o leste europeu, etc... etc... etc... pois bem. Uma questão era função
quadrática que a posição da concavidade é relacionada ao sinal do coeficiente
do quadrado da incógnita que determinava a concavidade para cima ou para baixo e
elaborávamos a reta numérica do conjunto solução dos Números Reais. Mas, nessa
hora “H”, por mais que eu soubesse, me surgiu a dúvida sobre o lado da
concavidade que embora o cálculo todo exato dos dois modos, lamentavelmente fiz
a opção errada.
O outro assunto, foi na prova discursiva
de língua portuguesa, era vozes verbais. Não tive a menor idéia o que seria.
Porém, só há algum tempo, mesmo não ter visto citado assunto em nenhum lugar, é
que consigo recordar de modo explícito quando eu ainda morava na terra onde
nasci, nosso sertão, na modesta e humilde escola Circulo Operário, com oito ou
nove anos de idade, na quarto ano fundamental é que foi o lugar onde me foi
lecionado esse conteúdo gramatical. Me lembro muito bem há mais de cinqüenta
anos, que é: “ativa, passiva e reflexiva”.
Martins Sampaio (Martinho),
30/06/2021; 20:45 horas. E 20:47 horas.
AH! UM MINUTO POR FAVOR. HAVIA
ESQUECIDO DE CITAR E HOMENAGEAR OUTRO DOS MEUS GRANDES PROFESSORES QUE TIVE,
QUE É O MEU SAUDOSO PROFESSOR DE MATEMÁTICA DO CURSO DINÂMICO, EM 1980, O
EVILÁSIO. PARA QUEM QUISER CORRIGIR O MEU PORTUGUÊS DIGA: “FOI”, MAS PARA MIM
QUE TENHO APREÇO PELA NOBREZA E PARTIDA DOS QUE SE VÃO, EU DIGO É. OK. E UM
ABRAÇO. OS QUE AMAMOS NÃO MORREM JAMAIS, POR ISSO NÃO ESCREVO “FOI”, ESCREVO:
“É” PORQUE SEMPRE O TEREI NO PEITO.
21:01 HORAS.
A prova de matemática do quarto
bimestre, confesso que não estava tão preparado, não havia acompanhado bem o
assunto que é equações polinomiais. O dia da prova, exepcionalmente o Grande Professor Washington marcou para um
dia de sábado. Eu havia tomado umas cervejas e estava com uma grande dor de
barriga, aconteceu um imprevisto também que o nosso Grande Professor não havia
chegado e sem pretender utilizar o banheiro público do colégio, me defequei todo
e sai nessa situação, fui com Gouveia para a cidade, todo defecado, mas não
contei para ninguém desse assunto. Tive notícias que nosso Grande Professor
havia chegado naquele respectivo sábado e consciente que havia perdido a prova,
durante a semana, nos corredores do colégio fiz a solicitação para ele aplicar
minha prova em que estive ausente.
Então, ele me disse que não iria
fazer a prova, mas me daria a nota que fosse preciso para “passar” ser
aprovado. Então, eu afirmei que seria nota seis. E sem dúvida, assim Nosso
Professor me deu a tal nota seis para ser aprovado por média.
Gostaria muito de revê-lo Nosso
Grande Professor, lamento sequer não saber o sobrenome, me recordo a última vez
de tê-lo visto, que foi durante a vinda de um carnaval que eu tinha ido passar
no sítio quando nosso sertão ainda era farto e havia vegetação. Então vinha no
ônibus à noite de volta para casa, então coincidentemente nos encontramos eu e
o Nosso eis Grande Professor, que nobremente me saudou, cumprimentando, não sei
de onde vinha, mas eu ainda jovem com umas espinhas no rosto, fiquei
envergonhado e entrei para o ônibus.
Em 1982, adoeci psique, havia largado
tudo pretendia ser um escritor, tipo o romantismo de Vinicius de Moraes, e o humor
de Millôr Fernandes e do poeta barroco Gregório de Matos e Guerra, que mais me influenciaram
do pouco que leio.
Martins Sampaio - 01/07/2021; 05:22 horas – 05:27 horas. Conclusão.
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