DUAS AMIGAS QUE ME
MOTIVARAM TENTAR O SUICIDIO UMA VEZ
Na turma do cursinho do Dinâmico
intensivo matutino, turma do segundo semestre de 1980, localizado na época na
Rua Felipe Camarão, na Cidade Alta, havia uma colega muito linda, cabelos lisos
escuros, olhos verdes e com uma franja que lembrava muito a Lady Diana. A
diferença era que a Lady Diana, tinha os cabelos loiros e a nossa colega,
castanhos. Era muito bonita e simpática. Foi aprovada no curso de Nutrição da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), enquanto eu fiquei na
suplência do curso de Engenharia Mecânica.
Ela é da cidade de Várzea, era muito
amiga de uma loirinha, a Rosângela. Durante as tardes do ano de 1981, eu ia todos
os dias pro centro da cidade, eu havia aprendido bem literatura e língua
portuguesa em sala de aula, com o nosso saudoso professor José Vieira, natural
da cidade de Itaporanga, na Paraíba. Mas, fiz uma péssima redação no
vestibular, foi minha pior nota.
A literatura barroca e Millôr
Fernandes me fascinaram em optar por assuntos comediantes, apesar da minha
seriedade. Mas, fiquei hilariante
demasiado a ponto de haver repudio. O nome dela, é Severina. O sobrenome eu não
sei.
Pois bem. Eu havia escrito alguns
primeiros versos e duas fábulas. Uma inspirada num papagaio que havia no
alpendre do sitio dos meus avós paternos e uma outra fábula, na época
intitulada de: O descontentamento desesperado
do diabo pelo temperamento bom. E só alguns anos depois, foi que aprimorei
essa fábula com o titulo: A Alegria do Diabo.
Recordo, que no momento quando eu
estava escrevendo a fábula, A Alegria do
Diabo, no momento da inspiração fui desatencioso com os amigos engenheiro
elétrico e enxadrista da Federação Norteriograndense de xadrez: Máximo Valério
Soares de Macedo, e na época estudante do Curso de Direito na UFRN: João
Batista Ferreira Rabelo Neto, a quem como discípulo, devo o mérito de ter me
lecionado a arte enxadrista, no ano de 1978. Minha irmã Cássia bateu muito na
porta do quarto, chamou-me pela janela, a luz acesa, mas involuntariamente com
tamanha inspiração não os atendi. Eu não sabia suspender uma inspiração no
principio foi esse o motivo, mas por uma nobre causa.
Durante as tardes quando a gente se
via, Eu e Severina, apenas como bons amigos, eu me sentia bem ao lado dela, pois
contava muito o meu sonho em tornar-me escritor, publicar através da indústria
gráfica, o meu primeiro livro, alcançar o êxito e encantar uma companheira como
cavalheiro e manter um lar.
Apesar dela ter um namorado, nenhum
de nós dois deixavam de sermos nobres amigos. Porém ocorreu um dia, um grande
mal entendido. Quando fomos apanhar o ônibus cada qual pra o respectivo lar,
optamos em tomar o mesmo ônibus, então o via Alecrim, que na época, vinha pela
Avenida: Bernardo Vieira e servia para ela. Eu não sabia onde morava. Apenas
tinha o número do telefone dela entre os nossos contatos.
Nessa época, as pessoas quando
chegavam o ônibus, corriam todos desesperados para serem logo os primeiros e
viajarem sentados, bem acomodados, etc... etc... etc... e então quando veio o
nosso ônibus, ela entrou logo com a multidão e enquanto eu aguardava todos
entrarem sem tanta disputa por lugar, etc... etc... e quando fomos pagar as
passagens, ela procurou então a carteira dela na bolsa e havia sido batido a
carteira talvez no exato momento em que ela entrou logo com a multidão. Eu então, abri a minha carteira de
couro cru, moda na época, e ela, ao vê-la toda desorganizada como até hoje ainda
é, minha carteira cheia de papéis, etc... etc... etc... mas ela resolveu descer
e então eu solidariamente desci também.
Encontramos também com Rosangela, ela
disse ter visto o tal namorado e fomos todos, ela lamentou muito e comentou de
um modo tão de ódio, que pensei ela suspeitar que tivesse sido eu quem havia
batido a tal carteira dela, pois ela dizia algo: “como havia sido tola”, “a
gente ver assim, uns santos, mas são um demônio por dentro”, e eu que havia
mostrado as fábulas, comecei então a pensar que ela pensava sido eu o bandido
que havia cometido o delito. Fiquei muito desapontado com o tamanho mau que ela
desejava. E a pensar em ser eu o
suspeito, me afastei dela depois desse tal dia.
Na rua em que ainda moro, havia duas
amigas, bonitas. Eu era apaixonado por Aldaíris desde 1977 que tinha um
namorado. Só que eu nunca contava pra ninguém. Mas, uma vez, durante o ano de
1979, o meu amigo Roberto Andrade, insistiu tanto em saber porque eu era
solitário, então confessei: era apaixonado pela esbelte Aldaíris, que tem a
irmã, a tonta da Rose Núbia. Mas, Roberto não guardou nosso segredo e contou
para Esther namorada dele na época e esposa que nos conhecemos desde
adolescência e Roberto a gente se conhece desde o sertão, quando o pai dele foi
Capitão da Polícia Militar da Cidade de Pau dos Ferros, por volta do ano de
1972 mais ou menos 1971, etc... etc... etc...Reencontramos
também no colégio Atheneu, mas nunca fomos colegas de mesma turma de sala de
aula. Quem foi colega de mesma sala de aula, foi a Márcia, irmã do Roberto,
durante o ano de 1975 na 7ª Série.
E logo Roberto me trouxe um dia, uma
boa notícia que o namoro entre Aldaíris e um tal de “mano” que cursava
engenharia química posteriormente mudou para geologia noutro vestibular, etc...
etc... Roberto havia contado pra mim que quando Aldaíris soube, havia
comentado: “eu não tinha músculos” mas logo com o rompimento entre o namoro
dela e o tal Mano, então convidei para passearmos, eu havia aprendido a
dirigir, cheio de barbeiragem ainda, havia um chevette branco de minha irmã
Raimunda que estava ausente, no Rio de Janeiro, fazendo um curso e eu aprendendo
a dirigir no carro dela, uma vez quando um cachaceiro observava eu entrar na
garagem, fiquei perturbado com bisbilhotice e arrebentei uma porta do chevette
e a lateral e derrubei o muro. Perdi
totalmente o estímulo do preparo pro primeiro vestibular com o contentamento de
carro pra dirigir.
Meu cordial e grande amigo, dos
tempos do Atheneu que nunca fomos colegas de turma, mas nos conhecemos desde
1977 quando eu, que não era um aluno exemplar, não havia comprado o livro de
química, exigido pela professora Enói,
dos autores: Antonio Lembo e Antonio Sardella volume um, toda vez ia tomá-lo
dele, o amigo Emmanuel, o dele emprestado. Minha turma era 1º H, o único primeiro ano no
térreo entre os outros que eram no pavimento acima do colégio Atheneu. Então,
no inicio de 1980 fui incentivado por Emmanuel Gouveia a praticar remo pra ter
êxito e conseguir uma namorada, a primeira.
Mas, a tonta da Rose ficou com uma
imensa frequência noturna em nosso lar numa grande estima com minha saudosa
irmã Maria Lúcia, que logo comecei a me interessar pela Rose e esquecer a
Aldaíris que veneravam homens “bonitos”, eu não contava nada das poucas amigas
de colégio e Rose não era nem minha namorada, mas tentava inutilmente, me
enciumar com um tal galanteador alto, musculoso um tal George, pois eu era
tímido e ao me ver entre tantos amigos, a tonta com notícias fúteis de
feminismo, pois o homem era pra correr atrás de mulher, ser talvez manobrado e
demonstrava ter ciúmes de mim com homens e não com mulheres, insinuava “você
que é assim com os homens” etc... etc... etc... desconfiada e eu com o sonho em
ser escritor, parecia não ter nenhum
interesse por mulheres.
Suspeitando haver uma conspiração
contra mim, liderada por Rose que uma vez ouvi durante a noite em “mandar dar
umas lições”, na época entre 1982 de mandar estranhos me seguirem, soltarem
pilherias, então durante uma vez, a noite ela veio e chamando por minha saudosa
irmã, gritando futilmente: “venha depressa, senão se rouba”. Eu havia retornado
de uma empresa pioneira de informática na época e que nada eu havia aprendido,
ninguém havia me ensinado nada, eu era o único que não entendia nada do curso
de operador de programas de computador, ainda sofri bulliyng e não fui mais. A
tal empresa era a sistema, onde o escandaloso do meu irmão Eloi trabalhava e me
colocou no estágio.
Foi a gota d’água, no meu pessimismo,
senti-me sozinho, abandonado sem ninguém, achando que tudo iria o mundo inteiro
desabar sobre minha cabeça, eu tinha vinte anos, iria fazer 21 em novembro
ainda, era 1982. Havia as suspeita de Severina que tinha me desapontado
pensando que eu havia cometido delito contra ela. Etc,,, etc,,, etc,,, meu medo
de me fazerem algum mau foi maior que minha fé porque eu ainda era jovem. Foi
difícil não suportei a dor imensa da minha descrença num momento de
demonstração a Deus, senti-me sozinho e abandonado tentei uma única vez o
suicídio, mesmo sem querer a morte e é uma agonia tão imensa que não desejo nem
pro meu pior inimigo que se suicide.
Coloquei meus dedos segurando um friso
as duas pontas numas tomada elétrica e sofri um choque imenso, mas escapei.
Lembro que minha língua enrolou, eu havia visto uma luz movimentei todo o meu
corpo, tudo isso debaixo de uma cama no meu quarto. Milagrosamente escapei,
depois parece que fui ao banheiro e parece que aconteceu deu ter com esse
descontrole emocional, fugi de casa durante um sábado à tarde, via a televisão
ligada, mas nada significava mais e caminhei na rodovia até Parnamirim sozinho,
perto de uma linha de trem resolvi retornar e fiz o percurso embora a pé, mas
como se fosse um auto veiculo pela giratória na época e o retorno.
Todos saíram a minha procura durante
tal noite de um sábado, lembro bem, pois na TV, passava o Programa do
Chacrinha, deveria ter sido, talvez após
uma sexta-feira 13 de agosto, eu vi tal data nas margens de jornais e próximo ao Campus Universitário, quando eu
retornava, então desceram do automóvel do chevette branco minhas irmãs Cássia e
Raimunda e Gaudefran, meu primo cheio de álcool durante o final de semana. Me
jogaram no carro e me trouxeram até nosso lar, havia uma multidão, mas não me
deixaram entrar. Saíram comigo pra alguns lugares, talvez espiritas, foram numa
funerária, isso parece balela , mas aconteceu sim, não foi delírio.
Só me trouxeram altas horas da noite,
Rose estava ainda em nossa casa e Ivanilda, mãe de Cláudia Patrícia, uma
cordial amiga cinco anos mais jovem que eu, a Cristina Lúcia, que era um ano
mais velha que eu e a Cristiane Elizabeth e que alojava a gente na casa de
praia delas durante os veraneios. Tenho
uma foto com Cristina e eu, recordando o
veraneio durante as comemorações do natal no exato fim do ano de 1979, em Barra
de Maxaranguape. Respectivo ano que nos conhecemos.
Comecei desde essa época: 1982, meus
primeiros tratamentos psique, no hospital dos pescadores no bairro das Rocas,
com um tal Doutor Marcelo da Previdência Social. Rompi minha amizade então com a tonta da Rose
Núbia, também.
E já estive internado três vezes, mas
não sou nenhum insano. Apenas tenho descontroles emocionais, desde essa época.
Martins
Sampaio de Souza (Martinho), Natal, 19/09/2018;19:21 horas. E 03:40 horas de
20/09/2018.
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