TEMPESTADES DE AGOSTO
Foi aos vinte anos de idade,
durante o mês de Agosto de 1982, que fui levado a vários médicos para
tratamentos de saúde, por descontroles emocionais.
E em outras épocas também. A mais
recente tempestade que aconteceu recentemente, neste atual ano de 2010, meu
lúcido Pai, fez o aniversário de 88 anos de idade de modo simples, sem nenhuma
comemoração, exceto reunião de alguns familiares.
Ainda, durante o mês de Agosto,
não recordo o dia, que aconteceu de eu ficar no Espaço Cultural e ter pedido ao
meu pai sempre disposto, para ir a uma farmácia, pagar um boleto meu de uma das
distribuidoras de revistas, da minha Hemeroteca.
O telefone tocou, e fui até a
sala para atender. Perguntaram se era a residência de Sr. Manoel, questionando
se eu era parente. Suspeitando se era algum Tele marketing, para ser breve eu
perguntei: Porque, aconteceu alguma coisa? – Então me disseram: “É que
aconteceu um pequeno acidente com ele, solicitando a presença de alguém da família, mas, antecipou
afirmando de que ele estava bem , quando perguntei mais algum detalhe. Corri,
portanto subindo os degraus da escada para avisar a minha irmã primogênita que
presta assistência mais do que eu, devido as condições, apesar de se ausentar
muito de casa e graças a Deus, com a presença dela, avisei pra gente ir até o
lugar e solicitei a Santana (Micarla), para ficar no Espaço cultural em que eu
havia colocado parcialmente alguns displays, e quando cheguei próximo do
portão, um Senhor que vendia gás de cozinha também veio avisar.
Quando saíamos da garagem, veio
um motoqueiro também avisar para não demorarmos. E de frente ao colégio, ao ver
a multidão, fiquei na dúvida, se era algo mais grave que poderiam ter ocultado.
Minha irmã estacionou o veículo, num local e corri depressa pra verificar o
ocorrido.
Meu Pai, estava caído sobre o
chão, lúcido na frente de uma moto que talvez tenha colidido nele e só me
preocupei com a saúde de meu Pai , com alguns arranhões nas pernas e nos braços
e queixava de dores na região abdominal. Me preocupei se era alguma hemorragia
interna. Sugeriram para não tocar, para evitar alguma possível atitude
incorreta de assistência nossa avisando alguém da multidão de que a SAMU, já haviam solicitado
e ficamos aguardando.
Em tempo breve, a SAMU chegou ao
atendimento, e o motorista e a Doutora colocaram meu Pai na maca. Estacionaram
a ambulância em um local liberando o trânsito do local. Sem entender questionei
e os atendentes disseram que era pros
primeiros socorros. A médica atenuou minha preocupação com a região abdominal,
coração, pulmão, fígado. E disse que havia verificado a pressão e noutros
procedimentos, amenizou minha preocupação com
eventualmente por uma possível gravidade, não havia sido diagnosticada.
Minha irmã retornou até nossa casa para se aprontar enquanto eu segui sentado
num assento dentro da ambulância acompanhando a solicitação da médica e com meu
pai na maca, fomos ao hospital. Perguntei a médica se ela conhecia o
ortopedista primo nosso e ela afirmou positivo e no hospital foi meu primo quem
atendeu, enquanto eu fazia a parte de cadastro de meu Pai no hospital, com uma
recepcionista de urgências. Simultaneamente me disseram que meu pai já estava
sendo atendido pelo Ortopedista e fiquei
aguardando o atendimento. Meu irmão rude quanto eu estava lá, com meu sobrinho.
Pouco depois minhas irmãs chegaram com uma sobrinha minha e dois, dos três
bisnetos de meu Pai.
Voltei para casa com minha
sobrinha e os filhos dela enquanto minhas irmãs permaneceram no hospital e eu
fiquei aguardando notícias. Minha sobrinha ainda estava aqui em casa, quando o
telefone tocou e era do hospital, solicitando falar comigo e me disseram de que
meu pai estava precisando de um acompanhante e falei de que minhas irmãs
estavam no hospital em minha substituição. Sugeri minha sobrinha falar e dar os
telefones celular de minhas irmãs para contato em minha ausência.
Uma das minhas irmãs ligou depois
dizendo notícias, de que estava sendo medicado e aguardariam os exames de
ultrasonografia, para saber se poderia ser liberado o meu Pai.
Por volta das 13 horas,
finalmente chegaram em casa com meu Pai e afirmando que os exames deram tudo
bem.
Meu Pai continuou com o Lazer de
dominó e permanecia durante a manhã vendo televisão e durante a tarde no Espaço
Cultural. E por precaução não queria vê-lo saindo sozinho na rua. Ele não faz
travessa correta e de modo descuidado poderia se precipitar, eu já havia
antecipadamente alertado.
No dia 21 de Setembro, cedinho,
enquanto eu estava na esquina daqui de casa, com o portão aberto e olhando para
a rua em que aguardava o ônibus passar descendo, para percorrer o itinerário eu
sempre depois que via, o ônibus passar seguia com as duas sacolas de revistas,
para a rua e aguardava o ônibus na parada após o retorno da via. Ouvi uns
passos lentos atrás de mim, mas pensei ser alguém pra me pregar um susto ou
mesmo alguém que caminhasse. De repente, surgiu na minha frente um assaltante,
com uma arma escondida e falou para ficar quieto e perguntou o que eu estava
olhando. Falei de que aguardava o ônibus. Surgiu um outro assaltante quando
falaram para ficar quieto, ameaçando e perguntaram pela chave da porta para
entrarmos em casa. Falei
que estava apenas encostada. Um apontou a arma na minha cabeça e questionou por
que eu ficava olhando para a face dele e fez alguns comentários. Os celular
deles tocavam mas eles apenas atendiam em silêncio. Passaram
as mãos sobre os meus bolsos, mas não tiraram nada dos meus bolsos e
perguntaram se eu estava sozinho. Eu disse de que estava com meus idosos
Pais.
Mandaram eu chamar eles no
quarto, e um ficou com uma arma apontada enquanto o outro rapidamente olhava
alguns objetos. Quando eu estava no quarto com meus pais e reféns de um
assaltante, enquanto percebi que havia
também um outro assaltante, fuçando a casa.
O assaltante que estava no quarto com a gente saiu e não lembro o que eles comentaram. Sem saber
se os assaltantes ainda estavam em nossa casa permaneci no quarto enquanto meu
pai foi o primeiro a sair, e eu preocupado se eles ainda estivessem e fazerem
mais maldade na gente.
O computador estava na sala com
apenas alguns fios desconectados e os objetos da minha papelada que estavam
sobre a mesa do computador retirados e misturados com outras papeladas minha
sobre duas mesas que estavam na sala. No quarto que eu dormia, percebi que eles
roubaram uma televisão que não era conectada a cabo e as vezes eu assistia o
Tele jornal da TVU ou via raramente outro canal sobre esportes quando a da sala
que tem uma imagem melhor estava com alguém assistindo. Roubaram também as duas
sacolas com as revistas que eu ia fazer devolução. No outro dia a tarde
procurei o radio e percebi que havia também sido roubado por eles. A televisão
da sala ficou e algum tempo depois quando precisei do pen drive que estava sobre a mesa do computador e tinha nos
arquivos alguns versos e trabalhos em
fotos e também pesquisas de assuntos recorridos na internet. Percebi porque minha sobrinha havia sugerido
para ela colocar um Artigo de Lei de Direitos Autorais que veio num Registro
que havia requerido e eu tinha recebido com a observação da respectiva Lei. Que
eu havia pedido portanto, para ela pesquisar na internet porque eu não dispunha
de um Código de Direitos Autorais de modo tradicional. E assim, salvaria no meu
pen drive para transferir pro meu computador.
Ainda lembro que antes disso tudo
acontecer eu tinha desativado a Hemeroteca por motivos de descontroles
emocionais. E depois disso passei uns dias depressivo.
Quando fui me recuperando meu Pai
ficou com sintomas de dor de cabeça e perdendo a lucidez e com a benção de
Deus, e o possível pelos médicos e
eficiência de minhas duas irmãs mais velhas conseguiram detectar numa
tumorgrafia da cabeça de meu Pai, em conseqüência ainda do atropelamento que
apresentou um coágulo em que foi feito uma drenagem bem sucedida durante as
vésperas do primeiro turno das eleições. Na UTI quando fui visitar ele, temi
alguma emoção e apenas observei na vidraça,
pois eu temia me ocultarem algo mais pessimista.
No Domingo a tarde meu Pai foi
para o apartamento e na segunda-feira voltou lúcido para casa. E graças
a Deus, continua com apreciação por programas de televisão que eu ouço apenas o
áudio, por acaso e durante a tarde vai jogar dominó quando aparece companhia.
Durante o dia, quando posso,
permaneço neste período estiado com o Espaço Cultural aberto quando posso, pois
não molha as revistas dos displays com as revistas. Me preocupa apenas, se haver entrega a
domicilio para fazer que só deixo ele para eu sair se ele estiver acompanhado
de quem eu conheça para companhia durante minha ausência por um breve momento.
Por motivos de teimosia recusando
meu acompanhamento já voltou a sair sozinho para algum exame medico ou mesmo
alguma consulta. E eu não posso fazer nada sobre esse assunto. Ele diz que é
apenas coisa que acontece e pode ser com qualquer pessoa. Mas o idoso eu acho
mais vulnerável.
Recentemente, neste mês de
Novembro fiz 49 anos de idade superando a idade de 48 anos de idade da minha
póstuma irmã.
Alguns dias depois recebi duas
contas, em meu nome que recusei não ter nenhum vínculo comigo , mas o carteiro
sugeriu eu ficar e qualquer coisa o
devolvesse.
Abri portanto, e recebi dois
débitos. Um de celular sem eu nunca ter me interessado ou possuído celular e
outro de internet, também sem eu ter internet, feitos por desconhecidos. Minha sobrinha ligou para a operadora do
celular dela quando comentei
E deu o numero do telefone fixo
daqui de casa para entrarem em contato comigo durante cinco dias úteis.
Meu irmão soube através de
mexericos e ligou para mim fazer B.O.
numa Delegacia e foi a alternativa.
A última tempestade até o momento
foi ontem ter permanecido com as portas do Espaço Cultural fechado para eu
resolver outros assuntos pessoais, tirar umas cópias xérox e eu ter entregado
revistas e água em domicilio.
Só que fui no fusca para a
copiadora aqui mesmo no bairro, apenas para manter o fusca ativo e não causar
problemas na bateria ou mesmo utilizar de modo esporádico.
Fui retornar, com o pisca alerta
ligado, depois de obter as cópias pela mesma rua congestionada e uma Senhora
entrava num veículo da loja de frente
para também sair. Avancei e esperei alguém permitir eu fazer a manobra de macha-ré
para consciente fazer. Mas quando a dita Senhora entrou no carro e a lanterna
da macha-ré do veículo dela acendeu parei o fusca e buzinei, enquanto eu
aguardava alguém ceder espaço para eu voltar. A
dita senhora continuou a macha-ré
no veículo dela até colidir com o fusca. Então eu desci e ela depois.
Pegou a porcaria de um celular mas fiquei em silêncio. Perguntou
algo assim e agora meu senhor, o senhor bateu na traseira do meu carro novo.
Não estava vendo que eu estava saindo.
Eu disse sim, mas tinha buzinado e parado o fusca enquanto alguém
pudesse deixar eu fazer o balão. Ela disse tanto lugar para o Senhor fazer o
balão, e o senhor bater no meu carro
novo, algo assim. Ela perguntou e agora? Eu disse ah! Eu não tenho condições de
pagar, trabalho num Espaço cultural e transporto água mineral numa carrocinha.
Ela disse: - vou ligar pro meu marido. Depois ela disse ele está trabalhando.
E
agora o meu carro novo a franquia é mil e tantos reais de seguro. Um
puxa-saco perguntou para ela se ela queria que chamasse a perícia. Ela disse
que não, ele disse que não pode pagar. Alguém disse não amassou nada senhora,
essa mancha sai no polimento. Ela disse e agora eu tenho que passar no posto
algo assim. Resolveu me liberar de modo ameno. Ainda falou de que queria sair
dali. Eu disse que não podia, pois o
pára-choque do fusca estava preso entre o pneu e sob o paralamas do veículo
dela.
O pessoal da multidão fez um
esforço e se ofereceram em tirar o fusca
com as mãos, suspendendo o fusca. Quando pude fazer a manobra depois de
liberarem, estacionei próximo frente a loja e fui até ela e ainda agradeci pois
evito discutir.
Acrescento ainda, que conclui
ambos de nós estávamos errado, apesar de eu com o pisca alerta ligado, mas em
posição diagonal e eu não podia ceder em marcha ré, sem alguém no volante dos
veículos que passavam me permitissem e também, ela por ter feito marcha ré, sem
aguardar eu poder dar espaço e apenas, por minha posição na rua e veículo mais
modesto, fosse o único culpado.
(Martins Sampaio,
(Martinho) Natal, 23 de Novembro de 2010. 21:28 horas)
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