AS FLORES QUE REGAMOS
me sinto as vezes, um objeto
manipulado pelas pessoas
e a família diante da minha dependência
sem ter minha própria casa
estou me sentindo frágil
nessa realidade em que meu sonho parece distante
cada passo construtivo para correr atrás do meu
sonho parece
que não posso partilhar com as pessoas porque as
divergências humanas
são incompreensíveis quando expomos a própria
direção com métodos
acreditando não espinhar quem possa sentir o
perfume
e harmonia das flores que regamos no dia-a-dia
fica difícil as palavras e o silêncio procura a luz
para nesse momento sombrio que vou caminhando
triste
quando adormecer possa esquecer a dor da angustia
suando no coração pela voz da razão
e que a
perfeição da natureza preserve
também a minha integridade
e os meus erros sejam pela simplicidade
do meu pequeno ser que compõe
um subconjunto na dimensão do imenso habitat.
(Martinho)
Março/2005.
Nenhum comentário:
Postar um comentário