40 POESIAS ENTRE VERSOS DE DOR E SONHOS
DE HARMONIA
Martins Sampaio
(Martinho)
ÍNDICE
Alternativa....................................03
Avaliar........................................04
A
beleza.......................................06
Ainda
existe bondade...........................07
As
flores que regamos..........................08
A lua em
órbita para os românticos e loucos ...10
Algum
tempo na solidão.........................11
Beijo..........................................13
Bocas
para falar, sorrir e beijar..............14
Ciranda
dos mitos..............................16
Conheça........................................18
Destruições
entre mares e céus.................19
Escultura
do amor..............................22
Estações.......................................24
Esse
frio não pode ficar.......................26
Final feliz....................................28
Flores
do dia-a-dia............................30
Levado
pelo vento e a maré.....................31
Lembrando
a juventude..........................33
Meus
dias e minhas noites......................35
Nas
noites frias, escuras sem luar.............37
Nosso
caminho..................................39
Nossos
passos..................................40
Os
espinhos em defesa das flores...............42
O
mundo........................................43
Ouvindo
o silêncio.............................46
O que
penso da nobreza.........................47
Para
iluminar as noites de solidão.............50
Para
onde a gente vai?.........................51
Para
seguir o que resta........................53
Pedaço
de uma história.........................54
Pescador
olhando as ondas......................55
Pitada
de maldade..............................57
Pouco
sei dizer................................58
Presença
divina................................60
Procurando
você................................61
Quando
nós apaixonados.........................62
Tempo
vadio para sol e lua.....................63
Trabalho
e harmonia............................65
ÍNDICE
ALTERNATIVA
Com a
solidão e a melancolia
A melhor
alternativa
Seria um
dia ter uma instituição
E dessa
tristeza
Manter o
sorriso de alguém
Aprecio
a cultura
Acreditando
ser sensatez
E não
vasto conhecimento
Sem
beneficio algum
Talvez
com minhas ilusões
Eu
encontre a solução
E tudo
isso não seja
Apenas
um sonho
(Martinho)
AVALIAR
Somos mutantes
E às vezes,
Nunca deixamos
Alguém satisfeito
Com nosso pouco
De bem e mal
Não é difícil
Avaliar,
Mas a gente
Não compreende
Ao redor dos problemas
Com isso,
Vamos indo
Aborrecidos
Porque, só
Querem a nossa melhor parte
E o quê fazer?
Ainda insisto
Em continuar
Sem optar as sombras.
(Martinho)
A
BELEZA
a beleza
do corpo é efêmera,
a vida é
uma aprendizagem do dia-a-dia
os aborrecimentos são as circunstâncias
que
certos ou não os motivos, é mais racional tolerar
os
nossos erros são naturais da aprendizagem
esclarecer
os motivos, talvez
é uma
necessidade humana
a
compreensão alheia dos erros dos outros,
é um
assunto para uma longa ou breve história
de quem
queira justificativa
a
realidade do mundo ,
é uma
razão de ser assim misto
a
verdadeira beleza,
é o que
vem do nosso saudável interior
(Martinho.
Natal, 26 de Setembro de 2006)
AINDA EXISTE BONDADE
Com descontentamento procuro por meu sorriso perdido
Vejo como é imensa a alegria nas crianças brincando
todo mundo sem preconceitos
Feias e bonitas, negras, pardas e loiras elas são as mesmas
Como um coração radiante das bênçãos divinas
De mãos dadas numa ciranda em que tudo é verdadeiro e
harmonioso
Não existe mentira nem solidão
Tudo são flores e brilho mesmo com dias cinzas
Elas são as mesmas com imensa alegria
E a dor quando aparece logo vai embora.
(Martins Sampaio)
AS FLORES QUE
REGAMOS
me sinto as vezes, um objeto
manipulado pelas pessoas
e a família diante da minha dependência
sem ter minha própria casa
estou me sentindo frágil
nessa realidade em que meu sonho parece distante
cada passo construtivo para correr atrás do meu
sonho parece
que não posso partilhar com as pessoas porque as
divergências humanas
são incompreensíveis quando expomos a própria
direção com métodos
acreditando não espinhar quem possa sentir o
perfume
e harmonia das flores que regamos no dia-a-dia
fica difícil as palavras e o silêncio procura a luz
para nesse momento sombrio que vou caminhando
triste
quando adormecer possa esquecer a dor da angustia
suando no coração pela voz da razão
e que a perfeição da natureza
preserve
também a minha integridade
e os meus erros sejam pela simplicidade
do meu pequeno ser que compõe
um subconjunto na dimensão do imenso habitat.
(Martinho)
Março/2005.
A LUA
EM ÓRBITA PARA OS ROMÂNTICOS E LOUCOS
Você tem a sua
E a minha vida inteira,
Em seus braços ou longe,
Para entender essa minha loucura,
(sempre surpresa)!
Ejaculo todo meu sangue,
Por amor a você!
E despejarei antes do meu fim,
Se abençoada a paternidade,
Também todo meu suor,
Pelos nossos filhos...
Testemunho meu amor e a loucura,
Em todas as fases da lua!
(Martinho)
Escrito,
em 1989, em São Paulo, S.P.
ALGUM
TEMPO NA SOLIDÃO
lentamente,
procuro por alguém
para
viver a dois
sem
pressa alguma
quando
também encontrar
o
lugar para os passos do dia-a-dia
alguns
anos já se passaram,
mas
parece que a juventude
ainda
existe quando acredito
que
outros dias virão e encontrarei
todas
essa coisas ainda
porque
o tempo é longo, claro
apesar
do espaço ser curto
por
enquanto estou só,
mas
com Deus no coração
e
isso me faz feliz
porque
encontrarei companhia
e meu
lugar no tempo certo
mesmo
que se passem mil anos
a
vida é assim
algumas
coisas são mais difíceis,
mas
se tornam mais seguras
as
vezes, a pressa por outras coisas,
é
apenas para ser responsável nas tarefas
ouvindo
o coração no nosso silêncio
seguindo
a própria direção
algum
tempo na solidão
(Martinho)
BEIJO
O beijo
Que emudece os lábios
Não cala o coração
É uma resposta surda
Mergulhada em sorrisos
Concreto no olhar
De duas faces
(Martinho)
BOCAS PARA FALAR, SORRIR E BEIJAR
Não é ser comilão,
Mas usava mais a boca
Para comer do que para falar
Então, a pensar
Que vale à pena tentar dizer,
Conversar sobre a alegria que
existe
Quando esqueço as angústias
Porque não vale à pena gritar
Da nossa dor porque outras bocas
mordem
E devoram a gente
Em vez de beijar
Mas insisto em dizer
Que boca é para sorrir
Porque existem palavras
Para também animar
E com palavras elucido
Que não confunda ser guloso
Quando disse ser mais comilão
Com a boca do que para falar
Mas, também às vezes ficar em
silêncio
E acreditar que nosso esforço não
é em vão
É porque estou certo
De que não serei ouvido nem mesmo em versos
Porque se fossem música
Talvez apenas dançassem
Mas se tudo está bem
Há tanta harmonia
Que tenha voz para cantar
E alguém ouça
E entenda o que tenho a dizer
Em bocas para falar, sorrir e
beijar
(Martinho)
CIRANDA
DOS MITOS
Toda história começou de repente
Ninguém mesmo sabe dizer quando
entrou na roda
Como começou a dançar na glória
Dos seus sorrisos e beijos
Que fascinam a cidade sem mágica
Da ira dos raios de Zeus
Quando muitas nuvens passaram com
bravura
Pela tempestade sobre as ondas
Para as correntes de Netuno
Perdidas na neblina sobre nossos
poros
Toda umidade dos mares que
navegamos
Pelo amor divino que não soubesses
Nas batidas do coração a
desfazerem
O silêncio da solidão
E nessa surpresa que leva a
presença
Desse espanto procurando pelos
sonhos
Nos brados a poetizar esse amor
Nesse pânico
Na lua pelo caos clareada sobre
lights
Para nessa noite se ver dançar
Sob as esferas do universo
(Martinho)
CONHEÇA
Diz que sim ou simplesmente
Sorria
Se discorda
Então me olha e nega
Não fica longe
Seja breve comigo
Esse instante
É todo nosso tempo
Nenhuma palavra me diga
Nem questiona sobre nós
Pois somos amados
Não há conversa,
O quê importa?
Você sabe
Quando unimos os lábios
É impossível sob o mesmo teto
Uma paixão com dúvidas
Como um alguém numa aventura
(Martinho)
DESTRUIÇÕES ENTRE MARES E CÉUS
Por que você quer a caça,
Outro dia a pesca
Está sempre matando?
No céu, um pássaro deixou de
cantar
Na margem do rio
A última onda trouxe boiando essa
destruição
Quê faz sobre um rio
Se o sangue derramou suas últimas
gotas?
Não navegue com este rosto triste
Molhado por suas lágrimas
Feitas por atentados
Poderia se conseguir disso uma
causa para morrer
E quer hoje o amor
Outro dia a paz virá
Estão sempre sonhando?
O outro dia pode ter sido ontem
Quando a chance estava em suas
mãos
Mas, você preferiu segurar a
espada
Quando a chama estava aberta a
fumaça
E o fogo enfrentaria
Todas as suas fontes
Ela chorou por você
Mas você fingiu isto ser mesmo o
fim
Mas, não esperava que fosse o
adeus
Então morrendo você aprendeu
Que deveria ter deixado um amor
Quando acreditou que voltaria com
uma desculpa.
(Martinho)
ESCULTURA
DO AMOR
De quem não tem o que fazer, e portanto, das más
línguas, com tantas notícias
alheias; e quando eu, ainda jovem e
intenso apaixonado, então da imensidão
do meu sonho, futilmente, me disseram, que: de quem tanto, eu amava, era
portanto: “baixinha e gorda”.
Outros pejorativos, dizem por aí, que alguém, dentro no meu
coração, tem portanto, a: “pança grande”.
E ainda mais, de:alguns vocabulários mais desbocados, ouço
então, dizer que: “tem o bucho grande”.
Enquanto eu, não me lembro nunca, apontar ser um tipo de tal pessoa, como sendo a
escultura do amor no coração de alguém.
11 de junho de 2012.
Martinho.
ESTAÇÕES
É verão!
Finalmente, o sol apareceu
Posso sorrir
O quê importa estar só?
Não há frio e todas as portas se
abrem
O mar se sacode em ritmo
N’areia com muita gente em festa
Com todo tempo a favor
E
Se alguém ficar no coração
Depois que tudo for embora
E baixar aquele temporal
Mais tarde contaria:
Gostava de mar...
Era o começo, alguém ouviria
E gostaria
Pouco importaria a situação
Ela enfim, também acabará
São as estações
Isso muda, é bom saber.
(Martinho)
ESSE FRIO NÃO PODE FICAR
Abra a janela e deixa o sol entrar
Esse frio não pode ficar
Não temos mais, o nosso calor,
para combatê-lo
Só podemos pensar, em mudar isso
E saber, como tudo ficou atrás
E apanhar, se valer à pena
continuar
Ou você pensaria em cair fora
Se juntos, houve esse momento, em
que precisamos parar
É possível acreditar que houve um
erro
Mas são questões e se pensarmos em
mudar
Elas não mais haverão, juntos ou
não
Mudarão da mesma forma como é
preciso
Nós precisamos mudar e encontrar a
verdade
Não acreditar que tudo tenha sido
ilusão,
Tudo o que durou, tornaria uma
dúvida
E seria difícil mudar isso.
(Martinho)
FINAL FELIZ
Da lama, muitos porcos vão dançar
Escorregar na casca da banana
E vão querer segurar o seu galho
Para não quedar, oh macacos
Vai ter muita pimenta, cogumelos
Pra sapecar sabão e a espuma
Bolhar na neve
Papai Noel vai dar saco pra todo
mundo dar
Essa resposta, não será difícil
A ironia não será formal
Estarão falando sério na gíria
Quando o pião laçando no seu
cordel
O cavalo que a lua puxou para lá
cavalgar
E ser a mãe das estrelas
Do céu a cada uma do mar
E as perdidas n’areia, as ondas
irão aconchegar
Varrendo o lixo voarão na vassoura
Mágica, mágica
Que ninguém lembrou no faz de conta
A criança o sonho da cantiga
Embalando as noites com as janelas
abertas
(Martinho)
FLORES DO DIA-A-DIA
Sou peão,
Faço versos.
Vivo quase boêmio solitário
Porque faço as coisas
No compasso do coração
Todo dia quando nasce o sol
Faço as mesmas coisas
O corpo cansado
Minha cabeça colhe flores
Nas conclusões do dia-a-dia
Vou assim com as palavras
Para harmonizar o sonho
De ser feliz
(Martinho)
LEVADO PELO VENTO E A MARÉ
com tantos hobbies
me afirmo mais como amador
e profissional medíocre
sem conseguir coordenar
todas as tarefas
com as palavras
tento contar minha história
e o sonho em levar comigo
no coração a luta da vida
que me tornou jornaleiro
no fascínio pela palavra escrita
do que ficou como marceneiro nos hobbies,
apenas alguns projetos de páginas de revistas
e a experiência para produzir outdoors
e uma feira artesanal para apresentar
como publicitário na juventude
de enxadrista razoável tempos atrás
sequer restou minhas partidas anotadas
dos esportes a remo,
a boa lembrança
de enfrentar ventos e marés
não sendo eu estudioso
me restou a noção escolar
em meras lições autodidatas
do que restou do meu acervo
pretendo deixar em boas mãos
e no meu fim, levar comigo apenas minha história no
coração
de dias difíceis para construir
a harmonia que é fácil
feito com o coração
inconstante em dias tanto atarefado
outras vezes ao ócio.
(Martinho)
LEMBRANDO A JUVENTUDE
Recordo saudoso a juventude
Jogos recreativos de xadrez
Raquetes de frescobol pela rua
E nas praias
Remadas nos rios e litorais
Com toda beleza do mar
E no sertão pelo sítio com banhos de açude
No lar muitos hobbies
Construindo com marcenaria
Dando aulas pros colegas de colégio
Sonhando encontrar alguém pra sempre
Ah! Isso há quanto
tempo
No sítio o milharal, frutas, passarinhos e vacas
Leite morno no curral
Ah quanto tempo isso se passou...
Carroça com bois na madrugada
Ah quanto tempo isso não tenho mais...
A passarada na vegetação nativa
Arborizando sombras onde brincávamos
No São João, São Pedro fogueiras
Ganhando medalha nas competições escolares
Nos muros do quintal carneiro e galinhas
Nas tardes ouvindo repertórios no radio
Ah! Quanto tempo se passou, ah! Quanto tempo não tenho mais
Meu harmonioso lazer!
(Martins Sampaio)
MEUS DIAS E MINHAS NOITES
Quando saio toda manhã cedinho
Vejo a cidade crescer
Outdoors colorindo o verão
Aprendi também a apreciar a chuva
Naturalmente como acontece o dia e
a noite
Logo volto com o que fazer
É o meu dia que começa
Gosto do que faço
Sinto muito às vezes
Não encontrar harmonia
Mas, é o nosso mundo...
Fico triste ao meu silêncio
E sigo o caminho
Sem
saber se vou encontrar
As coisas que meu coração procura
E véma noite com o vazio
E o cansaço esperando por outro
dia
Vou dormir logo cedo
Sozinho em direção ao futuro
Que pode mudar o meu pouco espaço
Nos meus dias e minhas noites.
(Martinho)
NAS NOITES FRIAS, ESCURAS SEM LUAR
Me dá uma notícia
Ouça no vento
O amor que está em nós
Nunca será preciso mais nada
Você sabe o amor em volta
Responda um sorriso
Olha e dê seus passos
O silêncio ouvirá o coração
Para resolver o quê fazer
Nas noites frias, escuras sem luar
E se algo der errado
Segurar o que sobrar e ficar de pé
O vento soprará toda poeira
Quando andar e escutar o silêncio
(Martinho)
NOSSO
CAMINHO
Dinheiro,
o necessário para sobreviver, e não para mostrar fortuna.
Amizade,
para companhia, não para perder a ética.
Solidão
, para reflexão e não por falta de amor ao próximo.
Errar,
porque a vida é a escola do dia-a-dia,
E
superar nossos limites, é ser sensato ao nosso raciocínio.
Acreditar,
para construir um caminho, seguindo a eficiência,
Que
vamos aprendendo na conclusão dos nossos defeitos,
Quando
percebemos a conscientização, para a presença de Deus,
Em
nossos passos, na direção onde o futuro vem através de nossos rastros...
E
perceber ser relativo uma situação, quando observar uma circunstância.
Discordar,
por agir diferente e concordar, porque também somos iguais,
Não
apenas, para favorecimento próprio, mas pela satisfação de útil para a
natureza.
(Martinho.
Natal, 12 de março de 2009.)
NOSSOS
PASSOS
os
passos do presente
são uma
conseqüência pro futuro
ficando
a lembrança
as vezes
perdida nos rastros do passado
e na
saudade a vontade de reviver
a
ausência de um sorriso
onde no
coração
resta as
palavras para contar
o
dia-a-dia dos nossos passos
em
longas páginas ao silêncio
em busca
da percepção
do suor,
lágrimas e sorrisos
deixados
na poeira
do que
um dia aconteceu.
(Martinho)
OS
ESPINHOS EM DEFESA
DAS FLORES
Não tenho muita
instrução
. Mas,
vou defender com minhas palavras o meu espaço.
Não tenho
freqüência de cursos de especializações.
Meu
conhecimento foi meus estudos autodidatas.
E mesmo
que me falhe a memória para por em prática
para ter
êxito de aprovação, vou usar tudo como experiência.
É minha
visão do mundo
e
defender meus objetivos,
é
acreditar na potencialidade da sensatez humana,
apesar do
sofrimento que existe na realidade do mundo.
Às vezes
vem a melancolia
e fico ao
silêncio sem entender
porque
todas as minhas tentativas parecem ser em vão,
diante
das pessoas que tentam aos gritos superar a razão.
E tudo o
mais, são os espinhos em defesa das flores.
(Martinho.
Natal 16 de Janeiro de 2005)
O MUNDO
A vida é doce,
É de balas e chocolates
As nuvens são lindas
Lãs de algodão doce
A língua é uma onda
A carregar a chuva
Que é a baba da manada
As calçadas são cocadas
As luzes pirulitos
O sorvete um maracá
O chiclete atola toda essa gente
O luar é um forno
E o orvalho uma poça de mel
As estrelas são abelhas
As flores ninhos
Os pássaros canto
Os amantes pirilampos
As pedras são pipocas
As montanhas montes de açúcar
O vento o odor do fogão
O rio, o pipi da noite
O coração um raio
Sobre as mamadeiras
O sol, as chamas da vida
A terra é uma torta de maçã
Confeitada pela neve
Pro aniversário do dragão
O mar uma garapa
O céu um monte de sabores
O arco-íris pelo cômodo
Não ser o excesso
O terror de quem possui
As jóias são doirados
Dentes de gambá
As lâmpadas cochinhas de galinha
Os lábios brindes
Se os abraços não forem
Nessa vida de amor
Que é assim
O canhão é uma peteca
Espetada pelos espinhos das
flores...
Os cogumelos despertam o poente
Aquecendo nas águas frias da manhã
(Martinho)
OUVINDO O SILÊNCIO
Há horas vazias
A gente não tem papo
Nosso silêncio incomoda
As vezes uma companhia
É uma monotonia
Nos acham aborrecidos
E finalmente nossa mudez
Estoura o saco
E tudo fica mal
É duro suportar
Porque a gente se alucina
Essas horas loucas,
É bom pra se ficar só.
(Martinho)
O QUE
PENSO DA NOBREZA
não é
orgulho
mas é só
satisfação
sentir
ter peito ou disposição
para
saber trabalhar
com:
os braços,
a
cuca e o coração;
enquanto
tanta gente
usa a
cuca ou os seus braços
para
machucar outras pessoas
e é
só o trabalho
que me leva a sonhar
essa
vida que alguns
levam
por aí em folia à-toa
sem sentir
o suor e a lágrima
que
depois me faz sorrir sem ironia
do
que vejo no caminho
rumo
ao futuro
em
que acredito sincero
também
existir alguém
que
me faça feliz...
e
quando páro para pensar
só em
mim mesmo
tem
gente que me perturba
me
acha negligente ainda
porque
não estou
o
tempo inteiro à disposição das pessoas
porque
será que essas pessoas
só
condenam as atitudes alheias
a
própria verdade sub-entendida
quem
ver isso egoismo
eu
sinto muito
não
poder dividir com ninguém
porque
ele é a solidão
de quem
sonha demais
o que
penso da nobreza
e um
beijo e um abraço
para
quem ficou
sem
me entender
o meu
lirismo
e a
gente é quase parece
aquilo
que pensa ser.
(Martinho)
PARA ILUMINAR AS NOITES DE SOLIDÃO
Vou roubar do céu a lua
Para iluminar minhas noites de solidão
E trazer você para perto de mim
E navegar a praia em meus barcos
Depois devolverei ao céu a lua
Quando amanhecer e o sol iluminar
O sorriso para esconder a dor
Que um dia senti sozinho
E ser então a estrela do meu coração
Para os sonhos não serem em vão
Esquecer as lágrimas e suar
Construindo um lar no rumo com as glórias.
(Martins Sampaio)
PARA
ONDE A GENTE VAI?
quando
criança, sonhei primeiro em ser escritor;
na adolescência,
sonhei ser projetista de design de automóveis,
colecionei
revistas sobre automóveis
durante
um tempo,
não lia
sobre o assunto de mecânica,
apenas
observava o desenvolvimento do desenho dos veículos,
ainda
pensando sobre ser projetista de carros,
optei
vestibular para Engenharia Mecânica, sem dedicação integral
tinha na
época um acervo de livros didáticos que eu apreciava
mas, na
ambigüidade sobre o futuro,
uma
breve idéia de literatura,
trouxe
de volta o sonho de infância, em ser escritor
e deixando
a escolaridade para trás
conclui, talvez não ter tanto talento por
desinformação,
mas, me
sinto bem, expressando meu lirismo
que vai
contando em páginas minha história
de
sonhos, euforias e melancolias
(Martinho.
Madrugada de 01 de Maio de 2006)
PARA SEGUIR O QUE RESTA
quando a união, paixão termina
nenhum de nós sai perdendo
de qualquer forma, valeu à pena
a gente ter se visto, à toa pela
vida
e no final, se acaba ganhando
com o que concluímos para si mesmo
o
que aconteceu depois das paredes
será coberto na poeira
se a gente mudou, as coisas
continuam
e fica a opção para seguir o que
resta
enquanto não tem outra pessoa
interessante,
posso até ser feliz sozinho
mas a dois, em boa companhia
essa felicidade é dobrada
porque no coração ainda cabe
alguém
para seguir o que resta
(Martinho)
PEDAÇO DE UMA HISTÓRIA
Faça do amor, um pedaço da
história
De uma vida para o dia de hoje
E deixe o resto
Para uma geração
Agora é nosso o começo
Quanto ao fim, nada sei.
(Martinho)
PESCADOR OLHANDO AS ONDAS
Sei bem agora dessas ondas
Porque rolam nesse mar
Enquanto a gente procura segurar
uma mão
Não é difícil saber
Dessas ondas do mar
Elas são longas histórias
Dos peixes do pescador
Que vem do rio
Navegando sobre seu óleo
Não é uma bela passagem
Quando a gente mergulha
O espelho das águas esconde algum
sonho
Sob a quebra das ondas na praia
Seu segredo é de quem navega
E ver a beleza pelo horizonte
Perdida entre o céu e o mar
Quando pescador olha seu tempo
E peixe não morde íscas
Porque nessa demora, só há um sonho
Do pescador que quer uma mão
Solitário e perdido, olhando as
ondas
(Martinho)
PITADA DE
MALDADE
Tem gente boa demais,
por aqui e
em toda parte,
que sempre quando pode,
bota uma pimentinha a mais
no tempero
do cardápio do pão que o diabo amassa.
(Martinho)
POUCO SEI DIZER
Sem ter muito
O que eu dizer
Pareço vazio
Para quem faça perguntas
Sobre a forma
Como sigo
Pouco sei dizer
Quando tento no meu silêncio
As respostas
Do meu coração
Coisas assim
Pouco interessam
Só serve pra gente mesmo
Resta sorrir
Para amenizar a dor
Que acontecer
(Martinho)
PRESENÇA DIVINA
Felicidade é presença de Deus
Dentro do coração
Refletido no olhar
Em harmonia com a natureza
Numa bênção de plenitude.
Em uma flor do canteiro
Que brota fruto e semente
Germinando o chão com esplendor.
É sol, luar e chuva pra regar o chão
Onde passamos
Em que tudo é verdadeiro
brilhando como estrela.
(Martins Sampaio)
PROCURANDO VOCÊ
eu corria sem esperar
porque te sonhava
agora eu ando
e continuo
apenas procurando você (alguém)
pelos brilhos do sol
ou nos claros da lua
pelos quatro cantos do mundo
nos escuros da solidão.
(Martinho)
QUANDO NÓS APAIXONADOS
Eu sozinho,
Não posso jurar amor
Elas se foram
Garanto das paixões que tive
Na presença o coração
Saltando do peito
Sorrisos e em nós
Um palpite de que seriamos
felizes.
(Martinho)
TEMPO VADIO PARA SOL E LUA
Estrelas, luar, nuvens
Guardadas para noites de verão
Encantos, esconderijos de amantes
Faróis, jangadas, ventos, mares
Longo reino silencioso
De peixes, sereias e sonhos
Ondas, pescas, iscas, chuvas
Tempestades, bóias, naufrágios
Tristezas, desaparecimentos, adeus
Sol, areia, gente no bronze
Drinks, banhos, sorrisos, nados
Muito do que pintar da graça
Tempo vadio para sol e lua
Com felicidade, calma e pânico
Pelas mansas e bravas ondas
Saudades, histórias, emoções
Tudo a volta dos rasos
verdes-mares
Com muitas mãos enlaçadas
Navegantes com cânticos
Sobre correntes sem fim
Sem ilhas, sem solidão, amados
Âncoras livres pelas direções
Já sem faróis, areias, multidões
Dispondo tempo vadio num sonho
Do que ficou pelo céu
Com nuvens, estrelas, luar e sol
Sobre areias e correntes de águas
(Martinho)
TRABALHO E HARMONIA
Apoiado sempre no meu trabalho,
que graças a Deus,
me dá estrutura no peito para segurar o coração
que me faz
fazer as coisas com satisfação, dedicação e esforço.
Para evitar aborrecimentos e seguindo sozinho, não
por opção,
mas, por falta de pessoas certas como boa parceria
para um trabalho conjunto.
Tô assim firme apenas com a nobreza do trabalho,
onde posso ter retorno com a realização
do meu objetivo concretizado.
Dessa forma, apresento em conexão,
meus hobbies e lazer, em produções e propaganda,
executados de forma como amador,
em busca de me firmar
sobrevivendo com um trabalho autônomo.
Subdividindo em Marcas e Patentes, os meus
argumentos
e que bendito seja,
essa loucura atribuída e que adotei.
(Martinho. Natal, 1990)
VOCÊ ME DEIXOU SOZINHO
Fico sozinho,
Às vezes
Por necessidade própria
Para decisões pessoais...
Fico sozinho,
Às vezes
Para me esquivar
De pessoas intoleráveis...
Fico sozinho,
Às vezes
Porque não tenho boa-companhia
E fico então, por falta de boa
opção
Esta reincidência da solidão
Não é tão mal
Porque meu coração tem espaço
Minha consciência reflete no
silêncio
Como estou bem comigo mesmo
Sobre o vazio que possa parecer essa solidão
Durante esse tempo que continua
Com a presença de querer amar
E compreender as coisas
Por esses motivos
Estou sempre circulando
Pelo meu minúsculo e
insignificante espaço.
(Martinho)
Sobre o autor,
por
ele mesmo:
Sou:
Martins Sampaio de Souza, Pseudônimo de Martinho, derivado do santo do dia em
que nasci, Sertanejo, pau-ferrense, nascido em: 11 de novembro de 1961. Iniciei
os estudos no jardim de infância do patronato Alfredo Fernandes, Autodidata,
pensava na adolescência ser projetista de automóveis, sendo suplente do curso
de engenharia mecânica na UFRN , em 1980 e 1981, após uma mal sucedida prova de
língua portuguesa e redação nos vestibulares, em 1980 e 1981.
![Caixa de texto: Fotografia: Diário de Natal, 1993](file:///C:/Users/marti/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image003.gif)
E
sido medalha de bronze nos JERN’s Jogos Escolares do Rio Grande do Norte, em
1978 na modalidade de xadrez. Também desportista na pratica de remo, em 1980 e
1981, respectivamente no Sport Clube de Natal e Centro Náutico Potengi e
praticante de canoagem no litoral potiguar.
Hobbysta
em marcenaria, fiber glass, eletrônica, entre 1983 e 1984, e amador em
publicidade com anúncios gráficos e outdoors e jornaleiro de 1991 a 2016.
Empreendedor autônomo de 1977 até o momento atual com uma síntese histórica do
cotidiano sem fins lucrativos.
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