O ANO DE 1987, TINHA TUDO PARA SER
MARAVILHOSO
Eu estava eufórico, atlético, muito
feliz com minhas obras, mesmo havendo desistido em 1981 de cursar engenharia
mecânica, pois desde os treze anos de idade, começo ainda da adolescência,
pensava ser projetista de automóveis. Tive excelentes notas no vestibular,
enfatizando as disciplinas de química e matemática, ambas notas acima de sete.
Porém fiquei na suplência por dois lapsos na memória. Jamais foi falta de
capacidade.
Mas, o sonho da fama sem conscientização
o quanto seria mais árduo que naturalmente o nosso cotidiano e sem muita
instrução me dediquei ao sonho de infância: ser escritor. Pensava que
escreveria algo como aquelas lições escolares do curso fundamental e levaria
uma vida sem muito ônus nas minhas tarefas.
Primeiramente, vou contar as coisas
boas. Há um ano 1986, nosso saudoso pai havia reformado nossa casa, construindo
um sobrado, onde tive acesso a um quarto onde havia iluminação natural do sol
pela janela e eu colocaria minha mobília com excelente qualificação, modéstia
parte em marcenaria feito por mim, bem melhor que muitos profissionais. Tudo
confeccionado com compensado ou pinho e apenas um papagaio talhado em cedro, madeira
de elevada qualidade, que ainda possuo com algumas restaurações como marcas que
o tempo e o vento vão levando.
A mobília era uma mesa de cavalete
construído o projeto através do conteúdo de uma das revistas “Criativa” de
minha saudosa irmã Maria Lúcia. Destaquei da revista apenas a foto me
esquecendo de tirar o projeto das medidas para catalogar. Baseado em fotos de
cadeira dobrável, construí uma sem desmontar, pois eu não tinha acessórios mais
profissionais. Eu nessa época ainda não era jornaleiro, comecei como
jornaleiro, em 1991. Quando vi por acaso, um fabricante de “Cigarreiras”, na
avenida nove e trouxe apenas aparelhada, sem a pintura a qual, abençoado por
Deus no geral, pintei de branca, utilizando rolos para pintura. E o piso
coloquei madeirite sobre tijolos abaixo para apoiar.
Pintei com pinces, o nome da banca em
vertical azul e em letras pretas escrito: jornais e revistas a denominando de:
FOX JORNAIS REVISTAS, isso pintado em um dos lados laterais. E na frente o nome
FOX horizontal,
Na porta de rolo a pintura com minha
logomarca Martins, três vezes, uma respectiva sobre outra nas cores: amarela,
vermelha e preta. Na parte de trás, medindo 2,20 m² pintei através de moldes
minha logomarca maior que a parte de trás da banca, pois dava uma pequena
ultrapassagem de espaço complementada no outro lado da lateral. Havia outros
logotipos, mas nunca havia concluído integralmente. Sempre quando podia pintava
uns rabiscos. Me orgulho dessa obra que lamentavelmente começou um pouco de
oxidação e sem conhecer alguém para restaurar com solda e desmotivado, lamentavelmente
fui na conversa de meu saudoso patriarca e a vendi por uma ninharia. Modéstia
parte foi uma grande obra de arte que se possuísse quando ainda fui jornaleiro,
serviria para separar da parte de hemeroteca e de banca, o meu acúmulo de
revistas e livros, a maioria didáticos embora pareça Tsundoku, mas meu acervo
de livros recuperados, não tem preço, é mais primordial até mesmo pesquisar de
modo mais prático pelo GOOGLE. Minha banca não era para ter sido nunca vendida.
O logotipo do nome da banca FOX escrito em vertical ainda tenho num outdoors
tamanho: 2 x 1 m² , mas o molde da minha logomarca Martins, medindo mais de 2
metros, por falta de zelo não tenho essa moldagem amplamente feita a mão.
Confeccionei também, de modo 100% uma
estante feita com duas folhas de compensado e ripas de pinho para manter
suspensa montada na parede. Esse projeto, não é de minha autoria, foi obtido
através de uma revista Quatro Rodas e destaquei as páginas e anexei na minha
saudosa catalogação. Foi no ano de 1984, mas atualmente mais debilitado, não
tenho mais condições de fazer outra.
Fiz através de uma cópia um envelope
de madeira que uma senhora da vizinhança na época me mostrou e eu fiz um igual.
Estava em perfeito estado até poucos anos, em que estava cheio de formigas
gigante e eu pensei ser traça ou que não servia mais, porém foi engano meu. O
envelope em madeira estava em excelente qualidade. Lamentavelmente, o destruí
sem conscientização que estava em bom estado de conservação.
Nenhuma obra de madeira eu não queria
pintar, nem vernizar. Apenas queria tudo de modo natural, exceto uma casinha de
madeira de minha autoria: projeto e execução, resolvi pintar as paredes
brancas, o piso azul e o teto vermelho. Cuja obra, minha sobrinha mais velha a
Paula levou para casa dela no Conjunto Alagamar em Ponta Negra e ficava
servindo de escora para uma porta e não sei qual a destinação.
Tinha feito um modelo de
caminhãozinho sem pintar, todo de pinho medindo 1cm de espessura a madeira, modelo
também da revista “Quatro Rodas”. Há poucos anos tentei fazer 33 trinta e três
idade de Cristo, mas de modo adaptado, sem ampla qualificação pela pressa
cotidiana, feitos em compensado de seis milímetros e o eixo das rodas
substituído por parafusos. Acabei fazendo 34, porque durante uma visita de
um Comunicador Social, amigo meu que ao
ver as cabines acabou querendo comprar
de qualquer jeito, mas minha solução foi doá-lo e tentei substituir a 33 de
modo mais breve e acabou apresentando um pequeno defeito no ângulo do farol.
Acabei doando dez cabines para as
crianças do catecismo da paróquia do Conjunto Candelária brincarem monitoradas
por um familiar, sendo proibido vender nem emprestar. Depois cedi a algumas ao
pessoal da vizinhança após ter dito a muita gente que não as venderia. Nosso
empreendedorismo é apreço educacional, cultural, de artes, desportista e
entretenimento de hobbies e lazer, lúdica, recreação sem fins lucrativos.
Fiz também, um mini gaveteiro de
madeira baseado através de foto das revistas de artesanato de minha saudosa
irmã.
No início dos anos noventa
confeccionei meus outdoors, projeto que
pretendia desde 1987. Então os outdoors ficaram como cenário de minha obra
prima, em 1991: FEIRA DE SÃO MARTINHO escrito as letras amarelas em madeira
numa nuvem branca contornada de azul. E anexado sob a nuvem como fosse semelhante
a uma tábua de plástico onde coloco flores de plástico e revistas da hemeroteca.
Dentro dessa montagem embora feita aleatória me conscientizo de ser um elevado
projeto arquitetônico, pois na parte interna, contém em madeira o desenho de
uma multidão, galera em painel para colocar acervo que resta do mostruário de
camisetas para caminhar com slogans, citações e desenhos impressos em
serigrafia ou terceirizadas de modo digital que está sendo mais acessível. Está
montada na parte interna da hemeroteca e espaço cultural do elefante. Quando eu
podia, montava todo cenário na calçada, já cheguei a passar o dia e a noite
inteira com meu acervo na calçada, mas agora só quando eu conseguir andaimes e
três tendas 6 x 6 m² e poucos amigos para dividir as tarefas. Porém,
recentemente foi feito uma faxina no espaço cultural e percebi que o painel do
mostruário em camisetas, estava a parte de compensado se esfarelando, mas não
era cupim. E portanto, tentei fazer uma restauração não tão eficiente, mas para
manter de modo paliativo.
Ia muito a praia com meu caiaque
Prince vermelho remar pelos litorais do nosso Rio Grande do Norte
transportando-o num Fiat 147 L marrom da nossa saudosa irmã Maria Lúcia,
acontecia vez de ir a praia remar duas vezes durante o horário matutino e
vespertino. O mar é minha grande paixão, embora hoje eu me amedronte e não faço
mais o que fazia mar a dentro, mas a canoagem continua nas minhas veias e tenho
atualmente mais dois caiaques e ainda pretendo comprar um caiaque duplo para um
dia ameno e sereno navegar pelas enseadas da Praia de Camurupim, mas fica para
quando puder, se Deus quiser tudo tem sido tão abençoado, apesar dos pesares.
Essas minhas palavras são de gratidão.
Até março de 1987 eu trabalhava como
balconista, na época, uma farta mercearia. Acordava com meu saudoso pai me
chamando de 7:30 para 8:00 horas, ele saia de casa todas as manhãs, chegava
almoçava e ia dormir até eu acordá-lo por volta das 14 horas. Não fechava para
almoço. E portanto, quando nosso patriarca chegava eu saia para a academia
fazer musculação. Nessa época tinha que pegar ônibus ou ir de automóvel, pois
não era como atualmente todo bairro tem várias academias para exercitar
saudável.
Porém na nossa mercearia começou a
frequentar um sujeito que me causava um mal pressentimento até que um certo dia
quando eu estava só em torno das 13:30 horas ele chegou com dois comparsas num
Fiat da cor do de nossa irmã e solicitaram uma cerveja. Ok tudo bem, atendi.
Conversavam não boas intensões até que quando resolveram pagar, o sujeito que
há tempo vinha frequentando, propositalmente para pagar, arremessou o dinheiro
sobre o chão e fingiu não ser proposital, mas eu nada disse e apanhei do chão o
dinheiro. Suspeito que ele só queria uma farsa, provocação para me fazer algum
mal.
Durante as vésperas do carnaval,
acordei cedo e vi cedinho pela porta interna, dois idosos invejosos que
frequentavam cotidianamente nosso botequim e por inveja sempre difamavam. Porém
ao vê-los suspeitando de alguma trama achei que queriam nos fazer algum mal.
Eu estava pessimista ao ponto de
soltar um eco de dor na minha garganta. Não sabia como contar a imensidão da
minha dor. Telefonei para minha grande amiga Cláudia Patrícia (Tatal) que
cursava na época odontologia na UFRN então em busca de solidariedade, e
perguntei se poderia contar com ela. Ela respondeu que “sim.” E embora na época
ela morava nos apartamentos do Bairro Latino e eu no Conjunto Candelária, não
fomos juntos. Ela sugeriu nos encontrarmos numa loja da Rio Center, na avenida
João pessoa. Então após meu expediente na nossa farta mercearia, enquanto papai
ainda dormia, chamei mamãe para ficar com um mau militar que havia chegado.
Tentei ingerir alguma coisa, mas
vomitei e me arrumei para pegar o ônibus para a cidade. Chegando na Rio Center
fiquei aguardando ela experimentar umas roupas de praia. E enquanto eu a
aguardava, repentinamente me surgiu um delírio de risos e a atendente falou com
ela, não compramos nada e saímos sentamos num assento de banco em torno do
Banco do Brasil, mas eu estava muito desorientado e quando fomos nos despedir,
como um mero cavalheiro a acompanhei até a casa da irmã dela Cristiane que
morava, não sei se ainda mora no Conjunto Ponta Negra onde ela iria ficar alojada
por lá. E eu voltei sozinho de ônibus todo pessimista quando havia descido do
ônibus na BR para vir para o Conjunto Candelária.
Eu havia fraturado as coroas dos meus
dentes superiores, fiquei usando prótese dentária e acabei retirando da boca,
desdentado fui começando tratamento psiquiátrico e também tratamento de saúde
com uma excelente psicóloga Doutora Margareth, mas depois fui ludibriado a
procurar um outro psiquiatra e espirita Dr. Chaguinha Formiga. Foi o pior
médico quase que eu não suportava tanta medicação e tratamento espirita eu
parecia drogado deitado no chão com o corpo todo trêmulo, até que ficou
resolvido em 1987 de me internarem na época uma maternidade e hospital,
localizado na avenida Jaguarari com Pte. Quaresma, ele vinha só uma vez durante
o dia e cobrava uma fortuna. Assim que ele me internou aplicou uma santa
injeção que suspendeu todo meu tremor, mas passei de um segunda-feira até o
sábado internado, sendo todo tratamento do bolso de nosso patriarca. Mas, não
posso comprovar tudo documentado, porque num momento de ódio rasguei e destruí
toda documentação. Quem ficava no apartamento em que fui internado durante uma
semana foi minha irmã primogênita Maurina e minha saudosa matriarca Joana
Sampaio Pinto. Não recebi nenhuma visita de amigos ou amigas.
A estante que eu havia feito do
modelo da “Quatro Rodas”, eu tinha aplicado cera de marceneiro, uma técnica que
havia num livro da Black Deck que utilizava “x” gramas de cera de abelha, cera
de carnaúba, parafina e juntávamos tudo numa vasilha em banho Maria e
posteriormente com os produtos aquecidos, colocávamos com o fogão desligado
todos ingredientes em um litro de aguarrás. E no outro dia a cera de marceneiro estava
corretamente prontinha que parecia obra industrializada.
Eu havia ficado melancolicamente
triste sem motivos mais para encontrar uma companheira e todo meu acervo havia
perdido o apreço pessoal, havia no meio da janela uma cruz simples, em obra de
marcenaria que não havia sido feita por mim, mas era com toda simplicidade uma
grande obra de arte e simbolizava minha fé Cristã, mas quando adoeci um de meus
irmãos que havia se tornado fanático evangélico a roubou de mim, a destruiu e
dizia que minha doença era essa tal cruz. Foi a maior punhalada que recebi,
pois sem a cruz perdi a vontade de viver e apenas vegeto. O que ainda me
enobrece, é a feira cultural de minha autoria e algumas ferramentas que resta e
alguns livros didáticos recuperados através de sebos e outras obras para
orientações e pesquisas pedagógicas. E também uma coleção de vários jogos de
xadrez para realizar torneios. Minha modesta medalha de bronze que eu havia
ganho em 1978 no JERN’s na modalidade de xadrez e após localizar pela internet
o Engenheiro Elétrico e Presidente da Federação de Xadrez: Máximo de Macedo e
contei que não tinha mais a medalha ele solicitou meus dados e forneceu um certificado
substituto eu havia deixado com uma pessoa que sonhava ser minha companheira , tinha
raquetes de frescobol, que eu havia comprado na Lojas brasileiras e era de
elevada qualidade. Tentei comprar outras
raquetes pela internet, mas não são qualificadas como as que eu tinha. Os discos
vinil ou longplays me devolveu alguns e
outros não, mas tudo bem, atualmente tem o youtube.
O centro de tabuleiro e peças de
xadrez que minha saudosa irmã Maria Lúcia havia me presenteado, fabricado pela
Bonato no paraná, na época uma popular fabricante de jogos de xadrez em madeira
qualificada, compramos na Loja do Atleta, ainda possuo a nota fiscal NF e o
jogo contém alguns arranhões, restaurei o tabuleiro no pé do centro com uma
cola resistente. Havia um jogo em miniatura de xadrez que minha irmã Raimunda
havia trago do Rio em torno de 1979 que eu havia deixado com Cláudia que não me
devolveu e talvez não se recorde provavelmente. Mas, esse kit de jogos comprei
pela internet mais quatro jogos dois kit em 14 cm² e dois em 16 cm², acabei
encontrando também, em até 10 cm² e comprei dois porque havia pensado ter
sumido e depois o encontrei. Comprei vários kit de xadrez em polietileno em
cores: preta, branca, bege, verde, azul e vermelha e madeira em várias
proporções e também, comprei pela internet um xadrez gigante em torno com cerca
de dois metros quadrados.
Pois bem. Ter sido destruída minha
pequena cruz de madeira como demonstração simbólica de minha fé Cristã havia me
tirado a alegria de viver. E passei a sobreviver de modo vegetativo sem mais
nenhuma chama no coração.
Era véspera de carnaval, Cláudia
havia telefonado cedinho enquanto eu ainda dormia e havia dito que iria para o
“carnaval de Olinda”.
Alguns dos nossos familiares e o nosso
parente Gaudefran com a companheira dele iriam comemorar em Barra de Tabatinga,
onde a megera, mulher do escandaloso do meu irmão tem casa de praia. Mas,
amedrontado preferi fiquei em casa com meu pessimismo e em tratamento de saúde
pelos médicos da vizinhança. Havia resolvido ir a Praia de Ponta Negra a pé,
Maria Lúcia havia me encontrado, recusei carona, mas me recordo que papai foi
com minha irmã Raimunda me encontrou após um banho de sal e me trouxeram.
Fui um período de 1988 morar no apartamento
com Maurina e Irma para não ver o Chico meu fanático irmão evangélico. No dia
28 de junho, noite de São Pedro Maurina havia viajado e me deixado com o
automóvel dela e quando eu ia na BR encontrei Cláudia (Tatal) na parada de
ônibus que ia para o Conjunto Ponta Negra em direção a casa da irmã Cristiane.
Parei nos falamos e fomos até o apartamento de Maurina e a doei todos os meus
discos vinil e algumas obras em marcenaria, ela me convidou para eu ir à noite
lá, mas eu disse que não, pois eu havia me enganado achando que a noite de São
Pedro era 29 de junho.
Com os problemas familiares meu pai
entrou em contato com o tio André que me convidou para passar uma temporada lá.
Permaneci morando e trabalhando com parentes durante exatos dez meses. Não
assinei carteira porque não quis. Havia muita discórdia, repúdio, sai de lá
brigado com todos, mas se cumprimentando e graças a Deus fiz as pazes com todos
antes de morrer o Raimundo Neto de aneurisma, o Mozaniel também aneurisma, o Zé
foi a cachaça. Minha tia morreu em situação precária após a morte do tio André
que havia retornado pro sertão e era um velho raparigador.
Quando resolvi ir a São Paulo
desmotivado e sem vontade de viver desde o dia que minha cruz de madeira havia
sido destruída, então ofereci a mesa de cavalete a Judyluzia, uma amiga que
quando eu havia certa vez mostrado a ela, então de modo comovente ela falou
“ser bom para estudar”, então eu a presenteei a mesa de cavalete e uma cadeira.
Tudo executado em madeira de pinho conforme o modelo da revista “Criativa”.
Após aprovação num concurso depois
passou um tempo na Bélgica fazendo especializações e quando retornou me
telefonaram da casa dela, não me recordo se foi a mãe dela que disse que a
estante estava com cupim e perguntou se eu ainda queria. Respondi que sim e fui
buscar e coloquei num quarto dos fundos e acabou ficando tudo contaminado de
cupim e acabei jogando a estante fora inteirinha sem retirar nenhum parafuso
nem acessórios.
Como o quarto havia ficado
contaminado então eu tentava em vão durante á noite, combater os cupins com
óleo queimado. Tem umas imagens que saíram do youtube com as paredes todas
manchada do óleo. Eu passava o pincel com óleo, mas logo passava a fileira com
os cupins.
Só combati quando percebi um portal
de madeira onde localizava o foco, então peguei duas talhadeiras e uma marreta
e deu certo. Após a retirada acabou-se cupim, os caibros de maçaranduba da
feira uma vez quando havia uma fileira de cupins eu combati com querosene e
graças a Deus, deu certo.
Em 1990 Judyluzia (Judy) estava
fazendo residência médica especializada em obstetrícia no hospital das clinicas
próximo ao bairro de Iputinga e minha irmã Cássia, tinha na época uma empresa
de licitação, tinha uma pampa e estava construindo uma casa próximo ao Praia
Shopping e ia a Recife comprar material de construção a um preço mais acessível. Aproveitei a carona para ver Judy que estava
no hospital e viria ao meio dia almoçar. Quem estava como companhia era irmã
dela, a Sara.
Sai para comprar uma cerveja, na
época eu bebia e fiquei muito triste ao ver a mesa de cavalete pintada de
marrom num canto da cozinha sem a harmonia de qualificação de uma obra de arte.
Após o almoço, Judy foi para o hospital e eu para a Livro Sete, grande
empreendimento do mercado de livros que eu havia conhecido em 1980 quando minha
irmã Maurina fazia mestrado em antropologia mais Ivanilda, mãe de Cláudia. Chegando
na Livro Sete dez anos depois apresentei algumas obras numa pasta com plásticos
tamanho A3 conversei um pouco e peguei um táxi em direção a loja de construção
para retornarmos para Natal.
Quando eu estava em Sampa, havia
escrito manualmente uma longa carta para Judy contando muita balela de sucesso
com as mulheres de verdadeiro, apenas o conhecimento didático. Gaste meu
salário do mês todinho no envio da postagem por SEDEX e havia dado também
alguns telefonemas.
Quando retornei ela me contou que havia
mando um cartão, mas não recebi porque eu já estava de volta para ficar em
Natal. Segundo meu parente, quem havia ficado de me entregar era o saudoso Tio
André que segundo eles havia sido perdido pelo sítio.
Em 2001 enviei através de uma parente
dela em Brasília, onde fixaram residência, uma obra um pouco mais qualificada seria
se tivesse sido mais simplificada. O pai dela, o saudoso Seu Luiz me entregou
pessoalmente a obra e contendo uma força e apoio moral escrito com caneta
vermelha. Ela casou por lá, talvez já seja avó só nos vimos uma vez quando eu estava
entregando água mineral, ela parece que vem anualmente as festas de Santana na
região do Seridó, mas a gente nunca mais se viu, apenas como cordiais amigos.
O primordial das minhas palavras
estão neste conteúdo, tem mais algumas discórdias familiares que aconteceram, perdoei,
mas não esqueço meu sangue derramado, ódio enfim situações que tiram a harmonia
apaziguada da cruz que carregamos no peito.
Martins Sampaio – Natal, 03 e 04/02/2024;
17:07 horas e 17:46 horas.